tag:blogger.com,1999:blog-70803163584161331902024-03-13T13:34:38.679-07:00Vida AmericanaNotas, impressões, informações, dicas, tendências e análises sobre os Estados Unidos a partir de Seattle, na Costa Oeste norte-americana.Pedro Augusto Leite Costahttp://www.blogger.com/profile/05991876460866530132noreply@blogger.comBlogger174125tag:blogger.com,1999:blog-7080316358416133190.post-5321962400414423922024-01-06T15:09:00.000-08:002024-01-06T15:14:53.607-08:00PAPAI ERA O HEROI LA DE CASA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0lw4af-6Skh6map0RND1jXwiuQALFEiEc_QQGZUqn-nfYwvVOqcHswWq94TfSqHlt5wUDTSvVzQ9lUH72tfY1P5S6SyaF6bOqS9zbIL8L18GY_71l5uVF4D660W_SiTNewKWL6N6ltQzzPYs3Lrc3iLRmVDeJi0Xa8L_SGNzie0Ky7GJ7GjRqaceV2Lyw/s1600/20469bec-af8a-4e73-aea8-877783774daa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0lw4af-6Skh6map0RND1jXwiuQALFEiEc_QQGZUqn-nfYwvVOqcHswWq94TfSqHlt5wUDTSvVzQ9lUH72tfY1P5S6SyaF6bOqS9zbIL8L18GY_71l5uVF4D660W_SiTNewKWL6N6ltQzzPYs3Lrc3iLRmVDeJi0Xa8L_SGNzie0Ky7GJ7GjRqaceV2Lyw/s320/20469bec-af8a-4e73-aea8-877783774daa.jpg" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><p><br /></p><span id="docs-internal-guid-bfdb2be1-7fff-d9ef-c89a-e6a9c3dccad4"><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 4.5pt; margin-right: 4.5pt; margin-top: 4.5pt; margin: 4.5pt;"><span face="Tahoma, sans-serif" style="font-size: 14pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">Afundou submarinos alemães, foi cestinha no basquete, namorou uma tal de Lúcia e sempre foi o favorito da vovó Olavina. Nunca o vi olhando para o infinito ou com os olhos a esmo. O jornal, convenientemente, o protegia da realidade da casa, dos filhos, das empregadas, da faxina e de tudo aquilo que não era com ele. Leu tantos livros que, na falta do que ler, leu-os novamente. Nas poucas vezes que entrou na cozinha, parecia um objeto não identificado. Me ensinou a não gostar de qualquer filme que tenha criança ou cachorro, nesta ordem. Me fez assistir a todos os filmes de John Wayne. E de Jerry Lewis também. Me ensinou a eleger Manuel Bandeira o maior poeta brasileiro, muito à frente de Carlos Drummond. Beethoven, ao invés de Mozart. Carlos Lacerda, ao invés de Juscelino. Fluminense, ao invés de qualquer time. Me ensinou também a andar de bicicleta, a marcar gols ("gol do Pelé" foram as minhas primeiras palavras), a ser empresário e não empregado, a tentar a vida na Fazenda mesmo sendo do asfalto, a ter idéias fixas, a pensar num Brasil melhor.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 4.5pt; margin-right: 4.5pt; margin-top: 4.5pt; margin: 4.5pt;"><span face="Tahoma, sans-serif" style="font-size: 14pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">Apesar das aparências, era um homem um pouco indecifrável, formal, complexo, extremamente sensível, mesmo que não se usasse ser sensível à sua época. Advogado, segundo se fala um dos melhores que já existiu, ajudava a todo mundo. Não com o espírito de benemerência, mas porque era bom mesmo, um coração afetuoso que todo mundo apreciava, e que acabou, repentinamente, num espaço de menos de um dia, levando-o desta vida aos 89 anos. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 4.5pt; margin-right: 4.5pt; margin-top: 4.5pt; margin: 4.5pt;"><span face="Tahoma, sans-serif" style="font-size: 14pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">No seu enterro, que cheguei quase no final, vi um homem forte, cara boa, feliz, leve (mas que bonito…) sorriso, dentro do caixão. Sua felicidade, sinal de realização, era tão forte que o enterro transformou-se numa confraternização de quem não se via há muito tempo. Estávamos resignados com o acontecido. Conversamos, agradecemos, choramos e...bebemos. Era chegada a hora. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 4.5pt; margin-right: 4.5pt; margin-top: 4.5pt; margin: 4.5pt;"><span face="Tahoma, sans-serif" style="font-size: 14pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">Papai chorou quando a vovó morreu, quando o médico lhe falou que minha irmã Paula morreria de leucemia em poucas horas, quando me viu chegar no enterro do vovô Homero, seu pai, abraçando-me como se, abraçando-me, garantisse a continuação da espécie. Fora estas ocasiões, nunca o vi chorar, pois, afinal, homem não chora. Tivemos longas e proveitosas conversas, especialmente quando dirigia o carro para a única pessoa que conheço que abriu mão de dirigir. Achava enfadonho. Numa das viagens, disse que amava tanto a mamãe que casaria-se com ela em qualquer circunstância, em qualquer religião, em qualquer país. Mamãe sempre foi a rainha do reino dele, a musa inspiradora, a católica fervorosa que ele aprendeu a respeitar como ateu ("vocês jamais podem duvidar da fé da sua mãe", nos advertia). Era o provedor, o caixa, a referência financeira e, assim, soube conjugar poder e dinheiro em proveito próprio e dos outros.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 4.5pt; margin-right: 4.5pt; margin-top: 4.5pt; margin: 4.5pt;"><span face="Tahoma, sans-serif" style="font-size: 14pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">Me admirava por ser diferente dele, mais alto, mais expansivo, mais atirado, sem saber que eu estava, como sempre estive, meio perdido. Me chamava de Pedro Augusto. Tinha na Paula a antítese do mundo, na Lúcia o reflexo da sua instigante e culta mente, no Paulo a extensão do noticiário, na Tia Creusa a sua ONG, e no Pepê a filha que perdeu covardemente. Era presidente do fã clube de todos nós. Nunca me criticou. Só quando saí de casa para morar sozinho. Num dia também perguntou quando eu ia me casar. Também nunca me elogiou. Só quando tornei-me jornalista e, depois, consul, mesmo que honorário, do Brasil aqui nos Estados Unidos. Quando minhas filhas nasceram, sua primeira pergunta: são normais? Minhas filhas Georgia e Clara não conviveram muito com ele, mas sabiam de sua importância, do trabalho na Fundação, no escritório, na Fazenda. Frieda, minha mulher, até hoje se sente sua alma gêmea, nativa de Peixes. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 4.5pt; margin-right: 4.5pt; margin-top: 4.5pt; margin: 4.5pt;"><span face="Tahoma, sans-serif" style="font-size: 14pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">Papai sempre morou na mesma casa quase 80 anos mais ou menos. Sempre teve o mesmo endereço, o mesmo telefone, a mesma recusa em ter a Carteira de Identidade, já que era veterano de Segunda Guerra e a foto com o uniforme na sua Carteira de Militar da Reserva abria as portas das autoridades. Nunca entrou numa loja. Nunca comprou roupa, comida, eletro eletronicos etc. Aliás, tirando livros, nunca o vi comprando nada. Não porque não tinha dinheiro. Consumir não era com ele. Estava interessado em outras coisas, como política. Carlos Lacerda, sua grande paixão, o fez comprar os direitos da biblioteca, publicar seus livros e ser o maior especialista em lacerdismo, tanto no Céu como na terra. Ao final da vida, excitou-se com a sugestão da Fundamar publicar livros de reconhecidos autores de direita, não somente porque somos de direita, coisa que no Brasil não existe, mas pelo simples prazer de cutucar a esquerda.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 4.5pt; margin-right: 4.5pt; margin-top: 4.5pt; margin: 4.5pt;"><span face="Tahoma, sans-serif" style="font-size: 14pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">A vida de papai não era muita física, de carne e osso. Era um homem que se movia entre as idéias, sempre as mesmas, cada uma adaptada ao tempo em que vivíamos, às circunstâncias do momento. A história é cíclica, vinho bom é muito, a esquerda é burra, o melhor lugar é a casa da gente, exercício físico faz mal, graxa na mão se limpa com terra, coerência é coisa de imbecil, quem faz, erra, que não faz, já errou, viajar só por alguma razão que não seja apenas viajar, lugar de chorar é na cama …..e por aí vai. Jamais foi um radical, entrenhava-se entre direita e esquerda com destreza, e no final da vida chegou até a admirar os amigos comunistas, não pelas idéias, mas pelo debate. Debateu tanto xingando o Juscelino que o Frei Rosário ameaçou-lhe com uma faca (na verdade, estava descascando uma laranja e se exaltou). Embora caseiro, era um homem dado a desastres fora de casa. Quase morreu numa trombada na estrada quando ainda era noivo da mamãe. Perdeu vários dentes. Bateu o carro diversas vezes na estrada para a Fazenda, em acidentes graves, do quais fiquei sabendo dias ou meses depois. Foi atropelado por tudo, até bicicleta. Foi notícia no Jornal Nacional quando um enxame de abelhas quase o matou. Quando fui socorrê-lo de avião, não acreditei que iria sobreviver.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.2; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 4.5pt; margin-right: 4.5pt; margin-top: 4.5pt; margin: 4.5pt;"><span face="Tahoma, sans-serif" style="font-size: 14pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">Era também um homem suave, excelente ouvinte (mais por amar a informação, qualquer informação), que não levantava a voz nem brandia as mãos. Quando indagado, falava a verdade com um extremo cuidado, em capítulos, sempre receando que o interlocutor explodisse em rancor ou desesperança. Tinha, como me disse, tédio a muitas controvérsias, especialmente familiares. Não acreditava muito na palavra, mas sim no exemplo da ação. Foi benevolente, corajoso, futurista em todos o momentos da sua vida. Era um homem de bem. Era o meu pai.</span></p><br /></span>Pedro Augusto Leite Costahttp://www.blogger.com/profile/05991876460866530132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7080316358416133190.post-42016756025648609482024-01-06T11:03:00.000-08:002024-01-06T14:58:00.584-08:00A INTELIGENCIA ARTIFICIAL FOI FEITA PARA NÓS QUE PASSAMOS DOS 50<p><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p><div><div dir="ltr" style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #333333; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size: 16px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; font-variation-settings: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-variation-settings: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: verdana;">Pedro Augusto Costa</span></span></div><div dir="ltr" style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #333333; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size: 16px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; font-variation-settings: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; box-sizing: border-box; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-variation-settings: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></span></div><div dir="ltr" style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #333333; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size: 16px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; font-variation-settings: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: verdana;"><b>Artigo publicado no blog 50&Mais, de Maya Santana.</b></span></div><div dir="ltr" style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #333333; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size: 16px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; font-variation-settings: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="font-family: verdana;"><b><br /></b></span></div><div dir="ltr" style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #333333; font-feature-settings: inherit; font-kerning: inherit; font-optical-sizing: inherit; font-size: 16px; font-stretch: inherit; font-variant-alternates: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; font-variant-position: inherit; font-variation-settings: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"></div><span style="font-family: verdana;"><span><a name='more'></a></span>Tá na cara. A chamada inteligência artificial, ou machine learning, foi feita para nós, que pertencemos a estas gloriosas gerações que já completaram os 50 anos e seguem firmes e resolutas rumo aos 100, como é o meu caso.<br /><br />Eu já estava obcecado por esta enorme revolução que está invadindo a nossa vida, entrevistando gente aqui nos Estados Unidos, testando aplicativos (não sou especialista em nada, só em generalidades) e procurando tudo quanto é jeito de terceirizar a minha mente curiosa e juvenil.<br /><br />Sim, caro leitor e leitora, às vezes não consigo acompanhar o desenrolar dos acontecimentos ou a linha de pensamento de alguns seres humanos. É o que chamam de dissonância cognitiva, doença que primeiro se dá nos trumpistas, depois nos balsonaristas, nos lulistas, nos palmeirenses e depois no restante de nós, seres que ainda teimam em pensar.<br /><br />Pois bem. Eis que chega o tal do ChatGPT, da OpenAI, machine learning, uma espécie de robõ digital que continua escrevendo o que você começou a escrever, tal como os colegas no imortal Nelson Rodrigues, quando ele escrevia as crônicas no Diário Carioca – dizem que quando ele ia ao banheiro o pessoal escrevia alguns parágrafos e depois, quando ele voltava, Nelson continuava escrevendo a crônica como nada tivesse acontecido<br />.<br />O ChatGpt é a cara mais visível desta revolução. Corrige o que você escreveu, sugere as próximas palavras e, se você estiver com sono ou vontade de ir ao banheiro ou sei lá o que – ele continua o trabalho, colocando uma palavra depois da outra e depois um ponto no final. É um parceiro fantástico.<br /><br />Exemplo: estou escrevendo um email para um importador da Tailândia mostrando como o Brasil é fenomenal e os nossos produtos são os melhores do mundo. Já escrevi isto um monte de vezes e não aguento mais repetir a lorota. Basta escrever algumas poucas palavras e um segundo depois o texto está lá, perfeito, profissional, elegante, sem erros de lógica ou erros de portugues ou, no meu caso, inglês.<br /><br /><img src="https://controle.50emais.com.br/wp-content/uploads/2023/01/Pedro-.jpg" />O que a inteligência artificial pode fazer é verdadeiramente espantoso. Foto: Reprodução/Internet<br /><br />Ou também para aquela tia que você não aguenta se desculpando por não ter telefonado pela octogésima pelo seu aniversário, ou uma reclamação sobre como você foi maltratado no balcão de uma determinada loja ou na fila do cinema. Em segundos, vem aquela pérola, cheia de detalhes, argumentos, memórias e outras cositas mas.<br /><br />A inteligência artificial foi feita para nós da mesma forma que foram feitas as cirurgias de catarata, a reposição do quadril, os joelhos artificiais, o marca passo e as palavras cruzadas. Ajudam, protegem, chamam sua atenção, dão uma empurradinha para que você se saia bem. É uma bengala high tech.<br /><br />Muita gente está criticando o ChatGpt, pois tem medo da inteligência artificial substituir a gente. E daí? Olha o que a inteligência chamada natural fez deste mundo que estamos vivendo. Olha como somos seres imperfeitos, que erram (no meu caso mais do que a média dos seres humanos), fazem decisões erradas (como este tal de Putin invadir a Ucrânia)<br />.<br />Alega-se que os alunos passarão de ano sem o professor perceber. Pois hoje é simples escrever um artigo bacana, que na nossa época era redação. E já não percebem? Que milhares de profissões, como a de jornalista, serão varridas do mapa. Mas os jornalistas já não foram substituídos por estes bilhões de loucos nas redes sociais? Que o crime cibernético vai piorar ainda mais. E daí? No meu caso, ladrão que me roubar vai chorar junto comigo.<br /><br />Desde que nasci existe esta recusa de abraçar o novo. As pessoas não pensam duas vezes antes de acatar a novidade, de olhar com otimismo e coragem, aceitando a beleza e dor da vida. É um bando de nhen nhen nhen, alertando para um perigo que não vai se materializar, virar realidade etc etc etc.<br /><br />Na nossa idade a gente já viu de tudo, vivemos num museu de grandes novidades, nas palavras de Cazuza. A inteligência artificial vai nos salvar da nossa (combalida) inteligência natural.</span></div>Pedro Augusto Leite Costahttp://www.blogger.com/profile/05991876460866530132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7080316358416133190.post-26980093763495773442024-01-06T10:42:00.000-08:002024-01-06T10:53:29.785-08:00<p> <img height="468" src="https://lh7-us.googleusercontent.com/T4cGahzOIjavYdPv7YSpNT7QgFlQRzbgQFZpWGUdDLKRB-yam5D6-78nLBPgapspJWunE8a8UWBBTmvEKmfJkYfLXBivQNxaW2aLxTgSCfL7sDnN7s5BZA1oAGwOy1I8uJN67_0_zTJxykZ9_6SnnAI" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 14pt; margin-left: 0px; margin-top: 0px; white-space-collapse: preserve;" width="624" /><span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 14pt; white-space-collapse: preserve;">Por </span></p><p><span face="Verdana, sans-serif"><span style="font-size: 18.6667px; white-space-collapse: preserve;"><b>JENNY: MEU DESTINO É AMAR</b></span></span></p><p><span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 14pt; white-space-collapse: preserve;">Pedro Augusto Costa, de Seattle, nos Estados Unidos</span></p><p><span style="font-size: 18.6667px; white-space-collapse: preserve;">Publicada no blog 50&Mais, de Maya Santana.</span></p><span id="docs-internal-guid-f807597f-7fff-da15-7479-385ea50ef21d"><br /><p dir="ltr" style="line-height: 2.4; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 14pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">Sempre detestei cachorros. Não sei se sofro de algum trauma depois de ter sido mordido, pulado muro quando um pastor alemão quase me esquartejou, ou mesmo ver meu sofá novo comprado a prestações ficar em frangalhos. Cachorros também comem bíblias, fotos de casamento, pés de mesas, tapetes persas e, por onde andam, deixam marcas: babas, cocô, xixi, pêlos - é uma tragédia diária.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 2.4; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 14pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">Até que conheci Jenny, há dez anos. Linda de morrer, uma pequena deusa canina que incorporou-se à minha família americana, Jenny Mary (sim, tem segundo nome) pede para fazer suas necessidades no jardim, dorme boa parte do dia (na nossa cama), vê a vida com sabedoria Zen e, acima de tudo, nao late. </span><span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 14pt; font-style: italic; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">Bassenges</span><span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 14pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">, a raça africana, são tão autolimpantes como os gatos, e sem miar. Daqui sua aversão atávica a água quente, fria ou morna no banho. Preferem fazer o serviço por si mesmo.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 2.4; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 14pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">Jenny está super presente em nossas vidas. Para nossas filhas, é um remédio para os traumas da infância, que no nosso tempo eram nada menos que acidentes de percurso: quedas, brigas com namorados, notas baixas na escola. Para minha mulher, é uma interlocutora: a patroa conversa animados papos com a cachorrinha, pedindo inclusive conselhos. Para mim, Jenny é uma companhia agradabilíssima. Principalmente porque é silenciosa e não tem ego, pelo menos aparentemente. Como Cordélia, a filha do Rei Lear na tragédia de Shakespeare, sua função é amar. Em silêncio. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 2.4; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 14pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">Jenny também tem um imenso fã clube nas redes sociais, especialmente no </span><span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 14pt; font-style: italic; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">Instagram</span><span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 14pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"> e agora no </span><span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 14pt; font-style: italic; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">TikTok</span><span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 14pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">. Suas postagens fazem um tremendo sucesso na Internet, onde dialoga com o público, de mulher para mulher. Recentemente, quando passou uma temporada em Belinghan, mais ao norte, confessou que era hora de voltar para Seattle. Fez um post: "estou me mudando de cidade…preciso dar um tempo nas redes….peço que respeitem minha privacidade". Achei a coisa mais graciosa do mundo.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 2.4; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 14pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">Dizem que os cães não nos amam: apenas olham a gente como ligação entre a fome e uma tigela cheia de comida. Não é o caso da Jenny. Temos uma relação de afeto. Quando me sento no sofá para ler, de preferência em frente à lareira, ela vem devagarzinho, toda humilde, como se pedisse para se aproximar, e encostar na minha perna, onde consegue se retorcer até achar o melhor lugar para descansar deste mundo cruel. Outro dia fiquei sabendo que Ulisses, de Homero, da tragédia grega, recusou todas as belezas do mundo - inclusive a vida eterna -, para voltar a Ítaca, onde nasceu, o lugar onde tinha paz. O quentinho do meu corpo é a Ítaca para a Jenny. Ficamos nós dois lá, em silêncio, um olhando para o outro, como se a vida no mundo dependesse de só nós dois.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 2.4; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 14pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">Estou falando desta relação de amizade e respeito porque cada vez presto mais atenção na relação entre seres humanos e cachorros. Hoje todo mundo tem um </span><span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 14pt; font-style: italic; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">"pet"</span><span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 14pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"> como se diz aqui, mas uma quantidade enorme de gente que </span><span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 14pt; font-style: italic; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">realmente</span><span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 14pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"> precisa de cachorros: cegos, cadeirantes, diabéticos, epiléticos, gente que tem variações corporais que podem levar a alguma lesão, autistas e ex-soldados com síndromes traumáticas - utilizam os chamados "</span><span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 14pt; font-style: italic; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">service dogs</span><span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 14pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">", treinados a um bom preço (alguns até 100 mil dólares) para detectar problemas, guardar ou socorrer o dono em diversas ocasiões. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 2.4; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 14pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">O que me veio à cabeça é que todos nós - gente e cachorros - precisamos, no fundo, é do amor de alguém que cuide de nós, e a recíproca é verdadeira. Estou reparando que a solução para tudo, ou quase tudo, é socializar, conversar, trocar experiências. Desabafar. É próprio do ser humano. </span></p><p dir="ltr" style="line-height: 2.4; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span face="Verdana, sans-serif" style="font-size: 14pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">Cães que dormem ao seu lado, que te acompanham nos passeios no parque, que carregam consigo aquele amor incondicional, aqueles olhinhos de quem está lá só para te fazer feliz, talvez sejam a solução para quem sai com a metralhadora e mata dezessete pessoas, como na semana passada aqui nos Estados Unidos. Ou mesmo para as guerras e desastres naturais que estamos assoberbados assistindo todos os dias. Eles (ou elas) nos reconfortam, trazem calor e companhia, estão lá para o que der e vier. A única coisa que pedem é um pouquinho de comida e água fresca, todos os dias. </span></p><br /></span>Pedro Augusto Leite Costahttp://www.blogger.com/profile/05991876460866530132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7080316358416133190.post-86231268358497293122024-01-06T10:40:00.000-08:002024-01-06T10:40:28.370-08:00<p> <img height="764" src="https://lh7-us.googleusercontent.com/SiEXPXZxlcu_Scz6kenIdQgywhZpDyQEUucFdYe2pr0A3T2YKRcykCTdhdwlTH_gQm1Vwz1B-QiLQhCYpAD6mWekMHu1UtptIFWLThpCoKqO_2xfZQOyND0b6I6j_s60E3nDyPfvlAvPWlG7ASDrElA" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13pt; margin-left: 0px; margin-top: 0px; white-space-collapse: preserve;" width="624" /><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13pt; white-space-collapse: preserve;">O </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-size: large;"><b>MUNDO VOLTA A COMEÇAR</b></span></span></p><span id="docs-internal-guid-d848ff25-7fff-5165-98a9-6fc63022a04e"><br /><p dir="ltr" style="line-height: 2.4; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">Pedro Augusto Costa, de Seattle, Estados Unidos</span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 2.4; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">Quanto chega o frio aqui em Seattle, uma cidade sinônimo de chuva gelada, o pessoal corre a diversos pontos na região para ver os momentos finais dos salmões. É a atração do outono.</span></p><p dir="ltr" style="line-height: 2.4; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">Eles passam uma vida de aventura no mar (uns chegam a cinco anos na água salgada), guiando-se pelo cheiro de suas presas até que, ainda guiados pelas fragrâncias, surgem de volta nos riachos de água doce que lhe deram abrigo ao nascer.</span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 2.4; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">Aqui, lutando contra a corrente água acima, parecem esbugalhados, descoloridos, fraquinhos, quase em decomposição. Estão incapazes de lutar e até de comer. Antes do suspiro final, se é que debaixo d'água dá para suspirar, desovam quase cinco mil minúsculos peixinhos, parecidos com girinos, que, se sobreviverem neste mundo cruel, se tornarão aquelas maravilhosas iguarias que você come sem dó no restaurante, acompanhado de um Chardonay.</span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 2.4; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">De uns tempos para cá eu também ando mergulhado na curta e interessante vida dos salmões. Assistindo seus momentos finais nas geladas águas do Rio Cedro, que banha Seattle, em companhia da minha querida filha Maria Clara, dá para ter uma nesga do que significa as nossas vidas, de onde viemos e para onde vamos. </span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 2.4; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">As pedras aveludadas e roliças servem como uma incubadora a céu aberto. Neste cascalho molhado, estas pequenas criaturas se abastecem de criaturas menores ainda. Em certos pontos do rio, o pessoal do Condado ainda monta uma arapuca n'água para que os salmões sejam transportados até as incubadoras artificiais em caminhões enormes para que, lá, os </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13pt; font-style: italic; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">babies</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"> tenham mais chance neste mundo.</span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 2.4; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">Saem de lá mais fortes e resistentes, capazes de, com um pouco de sorte, se desviarem das baleias e orcas, suas eternas inimigas, quando mesmo não têm o azar de cair na rede dos milhares de barcos que fazem a pesca industrial no verão, especialmente aqui mais acima, no Alasca.</span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 2.4; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">A tragédia é que, com a mudança do clima, as águas estão ficando cada vez mais quentes, com temperaturas insuportáveis, inclusive os salmões. Rios, lagos, cachoeiras, tudo está sendo inundado por agentes químicos empregados na limpeza, especialmente dos carros. </span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 2.4; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">Numa cidade que está no topo da civilização, como Seattle, as piores impurezas são aquelas que a gente não vê. Mas por onde você olha, tem predator demais sobre e sob a linha d’água. Dos milhares de ovos que a mamãe salmão dá à luz, somente três ou quatro pródigos voltam ao Cedro depois de passarem a vida no mar sem fim. Já é um consolo, embora muitas famílias de salmões, como o Salmao Vermelho, estejam em extinção.</span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 2.4; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">Dizem que o velho é um jovem que deu certo. Assim, penso que estes três ou quatro salmões vencedores, que possivelmente já enfrentaram tudo de ruim e de bom neste mundo, em águas doces ou salgadas, calmas ou turbulentas, voltem às suas origens depois de muito amor, desilusões, suor e lágrimas. </span></p><br /><p dir="ltr" style="line-height: 2.4; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;">É como se dissessem, parafraseando o Rei: "eu voltei, aqui para ficar, eu voltei, aqui é o meu lugar". Ali, antes de embarcarem desta para melhor, dao milhares de recados ao mundo. Minúsculos peixinhos que vão gerar filhos, netos, bisnetos e milhares de descendentes através dos milênios. É o ciclo da vida. É o mundo tornando a começar….</span></p><div><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13pt; font-variant-alternates: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-variant-position: normal; vertical-align: baseline; white-space-collapse: preserve;"><br /></span></div></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br />Pedro Augusto Leite Costahttp://www.blogger.com/profile/05991876460866530132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7080316358416133190.post-22399270214954120432015-07-17T11:48:00.001-07:002018-10-11T17:39:23.547-07:00Maconha liberada: Altos lucros, impostos mais altos ainda...<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/b6FhVBjHjJk/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/b6FhVBjHjJk?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br class="Apple-interchange-newline" /><span style="font-family: verdana, sans-serif;">Desde que fizemos a </span><a href="http://marijuana%20seattle%20veja/" style="font-family: verdana, sans-serif;">matéria</a><span style="font-family: verdana, sans-serif;"> sobre a liberação da maconha em Seattle, muita coisa mudou. Especialmente a criminalidade. Calcula-se houve uma redução de 35% na importação ilegal de maconha do México, desestimulado a formação de cartéis no país vizinho. Seattle, agora, dorme em paz.</span>Pedro Augusto Leite Costahttp://www.blogger.com/profile/05991876460866530132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7080316358416133190.post-20455264995541612172015-07-15T09:47:00.001-07:002015-07-15T16:13:46.970-07:00HONORARY CONSUL OF BRAZIL TALKS ABOUT THE COUNTRY/Raimaker TV in Seattle<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="https://www.youtube.com/embed/qF6TQrOzEH8" width="459"></iframe>Pedro Augusto Leite Costahttp://www.blogger.com/profile/05991876460866530132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7080316358416133190.post-79131714593547091322015-07-13T12:06:00.000-07:002015-07-15T16:14:20.846-07:00A GRANDE TACADA<a href="http://veja.abril.com.br/multimidia/video/a-grande-tacada">http://veja.abril.com.br/multimidia/video/a-grande-tacada</a><br />
<br />
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma;">
Se você ainda acha que o golfe é um esporte caro, chato e difícil, seja bem-vindo ao US-Open, uma espécie de copa do mundo do golfe. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma;">
É uma maratona de jogos que unem profissionais, amadores e quase meio milhão de amantes do esporte este ano aqui Chambers Bay, um campo erguido num grande buraco que antes era uma mineradora, às margens do Pacífico e a uma hora de Seattle, nos Estados Unidos. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma;">
Apesar da garotada não ter mais paciência com o taco, a bolinha e andar horas a fio no gramado, e - pior ainda - não poder usar com celular no percurso, o esporte continua vivo como nunca. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma;">
O golfe fatura 70 bilhões de dólares por ano, tem mais de 12 milhões de praticantes só nos Estados Unidos e doa mais para a caridade do que todos os outros esportes, somados: 4 bilhões de dólares. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma;">
Mais do que uma meditação, é um jogo de estratégia, onde o seu grande adversário é….você mesmo. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma;">
<a href="https://www.google.com/search?q=tiger+woods+images&es_sm=91&tbm=isch&imgil=ysYKUkFn4Sth2M%253A%253BEKWqIRdZ1Oh4NM%253Bhttp%25253A%25252F%25252Fwww.sportskeeda.com%25252Fgolf%25252Ftiger-woods-drops-out-of-worlds-top-100&source=iu&pf=m&fir=ysYKUkFn4Sth2M%253A%252CEKWqIRdZ1Oh4NM%252C_&biw=1172&bih=926&usg=__OzH19LqTHYr5o-LQFLx7SKxGxlM%3D&ved=0CDgQyjc&ei=DBiDVarkCY2sogT68JSoDg#imgrc=ysYKUkFn4Sth2M%253A%3BEKWqIRdZ1Oh4NM%3Bhttp%253A%252F%252Fstatic.sportskeeda.com%252Fwp-content%252Fuploads%252F2015%252F04%252Fwoods-1428128649-2353943.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.sportskeeda.com%252Fgolf%252Ftiger-woods-drops-out-of-worlds-top-100%3B2858%3B2083&usg=__OzH19LqTHYr5o-LQFLx7SKxGxlM%3D" style="color: #1155cc; font-family: arial, sans-serif; text-decoration: none;" target="_blank">Tiger Woods</a>, o melhor do mundo durante 683 semanas, não está mais em forma por problemas de saúde e escândalos sexuais. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma;">
Mas o golfe tem gente como <a href="https://www.google.com/search?q=rory+mcilroy&es_sm=91&biw=1172&bih=926&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=LxiDVZzeAYzloATf7Jn4Bg&ved=0CAcQ_AUoAg#imgrc=0cYpYBp2io9pXM%253A%3BJHlABR_2lyftrM%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.thestar.ie%252Fstar%252Fwp-content%252Fuploads%252F2015%252F03%252Frory.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.thestar.ie%252Fstar%252Frory-mcilroy-can-be-a-pop-star-says-louis-walsh-61218%252F%3B610%3B610" style="color: #1155cc; font-family: arial, sans-serif; text-decoration: none;" target="_blank">Rory Mcllroy</a> , <a href="https://www.google.com/search?q=jordan+spleth+images&es_sm=91&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=UhiDVdLTIM_goATU5KH4Bg&ved=0CB4QsAQ&biw=1172&bih=926#imgrc=C5MuFi7gpVWvMM%253A%3Bg_0mP8zepIrMlM%3Bhttp%253A%252F%252Fnews.bbcimg.co.uk%252Fmedia%252Fimages%252F72517000%252Fjpg%252F_72517545_spieth_reuters.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.bbc.com%252Fsport%252F0%252Fgolf%252F25893223%3B624%3B351" style="color: #1155cc; font-family: arial, sans-serif; text-decoration: none;" target="_blank">Jordan Spleth</a> e <a href="https://www.google.com/search?q=Phil+Mickelson+images&es_sm=91&tbm=isch&imgil=51I4HnFjU5H8vM%253A%253BIK7Xc0pzD7ezGM%253Bhttp%25253A%25252F%25252Ftheclassical.org%25252Ftheclog%25252Fphil-mickelson-the-maximalist&source=iu&pf=m&fir=51I4HnFjU5H8vM%253A%252CIK7Xc0pzD7ezGM%252C_&biw=1172&bih=926&usg=__jjAD0ruqJWfqmaGlT8nQC5ihv1c%3D&ved=0CDQQyjc&ei=cBiDVZH9MMLfoATkuIaQDQ#imgrc=51I4HnFjU5H8vM%253A%3BIK7Xc0pzD7ezGM%3Bhttp%253A%252F%252Ftheclassical.org%252Fsites%252Fdefault%252Ffiles%252FPhillyMickels.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Ftheclassical.org%252Ftheclog%252Fphil-mickelson-the-maximalist%3B625%3B375&usg=__jjAD0ruqJWfqmaGlT8nQC5ihv1c%3D" style="color: #1155cc; font-family: arial, sans-serif; text-decoration: none;" target="_blank">Phil Mickelson</a>, gente que continua atraindo legiões de fãs e, melhor ainda, ganhando muito dinheiro. Só Mickelson (imagem) hoje o mais popular golfista, ganhou 77 milhões de dólares.<br />
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma;">
</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma;">
Mas o meu favorito é <a href="https://www.google.com/search?q=arnold+palmer+images&es_sm=91&tbm=isch&imgil=R77NSoQJAL0PQM%253A%253BFfNw-yf0pHbniM%253Bhttp%25253A%25252F%25252Fwww.thefirstteecfl.org%25252F&source=iu&pf=m&fir=R77NSoQJAL0PQM%253A%252CFfNw-yf0pHbniM%252C_&biw=1172&bih=926&usg=__2Grcal3CEhZ1s-5GE-QswCJntOU%3D&ved=0CDkQyjc&ei=mRiDVdGtFsyqogSjUA#imgrc=R77NSoQJAL0PQM%253A%3BFfNw-yf0pHbniM%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.thefirstteecfl.org%252FImages%252FLibrary%252FArnold_Palmer.jpg-7998.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.thefirstteecfl.org%252F%3B265%3B397&usg=__2Grcal3CEhZ1s-5GE-QswCJntOU%3D" style="color: #1155cc; font-family: arial, sans-serif; text-decoration: none;" target="_blank">Arnold Palmer</a>, um senhor de 85 anos considerado o Pelé do golfe, hoje mais conhecido pelo excelente Arnold Palmer, uma mistura de limonada e chá que refresca os verões de boa parte dos norte-americanos. </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma;">
É um esporte caro. As entradas chegam a custar 5000 dólares.<br />
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma;">
Até o voluntários tem de pagar 200 dólares pelo uniforme. É a melhor forma de ficar perto dos ídolos. Há também uma guerra particular para conseguir autógrafos. Brad trouxe a família inteira. </div>
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<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma;">
Apesar de ser um jogo dominado por homens, mulheres são bem-vindas para assistir ou trabalhar, como a massagista sul africana Manita Holtrop<i>.</i></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma;">
Em tempos de terrorismo, o USOpen é extremamente protegido por ar, mar e terra<i>.</i> Só de jornalistas do mundo inteiro, são mais de 2 mil - cada um com seu cubículo separado.</div>
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A festa dura cinco dias e, ao final, neste domingo, saberemos quem será o novo rei da temporada.</div>
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Pedro Augusto Costa, de Seattle, para a TVEJA</div>
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Pedro Augusto Leite Costahttp://www.blogger.com/profile/05991876460866530132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7080316358416133190.post-58521410469009309602015-06-05T14:47:00.002-07:002024-01-06T10:50:20.914-08:00NA PRESENÇA INSIDIOSA DA FINITUDE- Entrevista com Gilberto para à Mesa com o Valor Econômico<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<div class="p1"><br /></div>
<div class="p2"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWhg3L9Zcwznlgib8b9YrOyjVikfF3pDLw6vwWO37SaRY0853bKHUBoYHqTeUr4DpF9H-FWc5Fk7dJwa6GWXJCqqXhRfy0Vx-aOAFfGo7kvjnNrmwKGbIGE2f86uBf-AlWPBUPQMrwe2lgK9xHhC0gS7bLoXhFza-H5vakkQhGreAJDR5ENXDm0LXGNWYA/s296/download.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="197" data-original-width="296" height="395" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWhg3L9Zcwznlgib8b9YrOyjVikfF3pDLw6vwWO37SaRY0853bKHUBoYHqTeUr4DpF9H-FWc5Fk7dJwa6GWXJCqqXhRfy0Vx-aOAFfGo7kvjnNrmwKGbIGE2f86uBf-AlWPBUPQMrwe2lgK9xHhC0gS7bLoXhFza-H5vakkQhGreAJDR5ENXDm0LXGNWYA/w593-h395/download.jpg" width="593" /></a></div>
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<span class="s1" style="font-family: verdana;">Pedro Augusto Leite Costa, de </span><span class="s2" style="font-family: verdana;">Seattle</span><span class="s1" style="font-family: verdana;">.</span></div><div class="p5"><span style="font-family: verdana;"><span class="s1"><br /></span></span></div><div class="p5"><span style="font-family: verdana;"><span class="s1">Basta desembarcar nos Estados Unidos que as luzes e sirenes da imigração se ativam. Gilberto Passos Gil Moreira, um negro senhor de 72 anos, resigna-se e é acompanhado pelos agentes até a salinha do </span><span class="s2">Homeland</span><span class="s1"> </span><span class="s2">Security</span><span class="s1">, onde é revistado, interrogado e, finalmente, humilhado pelas autoridades da imigração até ser liberado.<span class="Apple-converted-space"> </span></span></span></div>
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<span class="s1" style="font-family: verdana;">Fica ali por 30 minutos até descobrirem, nos arquivos computadorizados, que sua prisão por portar uma bituca de maconha aconteceu no longínquo 1976, em Florianópolis, Brasil, quando a ditadura tomou-o como exemplo do combate às drogas. Como concede o guarda da f<br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br />ronteira, “os Estados Unidos vão liberar a sua entrada desta vez”.<span class="Apple-converted-space"> </span></span></div>
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<span style="font-family: verdana;"><span class="s1">Ninguém ali sabe que Gil, o homem que agora está à minha frente no </span><span class="s2">Ray's</span><span class="s1"> </span><span class="s2">BoatHouse</span><span class="s1">, o mais famoso restaurante em </span><span class="s2">Seattle</span><span class="s1">, uma estrutura de madeira que </span><span class="s2">bóia</span><span class="s1"> na confluência entre o canal que une a água doce do </span><span class="s2">Lake</span><span class="s1"> Washington ao oceano Pacífico, é o cantor, compositor, multi instrumentalista, escritor, ambientalista e, nos dias de hoje, uma das poucas unanimidades existentes no Brasil - e em diversos lugares do mundo.</span></span></div>
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<span class="s1" style="font-family: verdana;">A bela mulher que nos acompanha, sua esposa Flora Giordano Gil, dona de passaporte europeu por ser neta de italianos, debate-se, reclama do tratamento dos Estados Unidos, sugere que se lance uma campanha para eliminar o nome Gilberto Gil das chamadas pessoas perigosas que entram no país. Gil olha para a mulher como Da Vinci olharia para Monalisa. Cala-se, espera a tempestade passar e, se ninguém o solicitar, recolhe-se à contemplação da vida.</span></div>
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<span style="font-family: verdana;"><span class="s1">Com mais de 640 músicas, 57 álbuns e 8 </span><span class="s2">Grammys</span><span class="s1">, Gilberto Gil, como em uma das suas últimas canções, não tem medo da morte, mas tem medo de morrer. “Estou diante da presença insidiosa da finitude”, conforma-se. “Estou numa idade onde sei que não haverá tempo suficiente para fazer tudo, onde a humildade bate mais forte, onde as coisas vão se acomodando”.<span class="Apple-converted-space"> </span></span></span></div>
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<span style="font-family: verdana;"><span class="s1">Gil não se vangloria da sua genialidade musical, ou de ter enriquecido a vida de milhões de pessoas com a sua música. Bebe um gole de cerveja </span><span class="s2">Indian</span><span class="s1"> Pale Ale, cujo um simples copo é capaz de deixar muita gente inconveniente, para confessar: “Pouca gente sabe que tudo que fiz foi para mim mesmo, para entender minhas próprias questões e para me deixar feliz”. “Eu sou meu primeiro público”, confessa. “Se muita gente gostou, é lucro”.</span></span></div>
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<span style="font-family: verdana;"><span class="s1">A conversa é tão urgente que o </span><span class="s2">garçon</span><span class="s1"> começa a fazer cara feia esperando o pedido. Sugere-se uma dúzia de ostras frescas e um prato de mexilhões (“vir a </span><span class="s2">Seattle</span><span class="s1"> e não comer peixe é como ir a Roma e não ver o Papa”, comenta-se). Gil, pessoa de fala mansa, espírito generoso e gestos nobres, mesmo consumindo meio copo da cerveja artesanal, não fala sobre os outros e quase nada sobre si mesmo, mas filosofa incessantemente.<span class="Apple-converted-space"> </span></span></span></div>
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<span style="font-family: verdana;"><span class="s1">Magérrimo, bem vestido, cheirando colônia que ninguém conhece, escolhe um linguado, aqui chamado de </span><span class="s2">Halibut</span><span class="s1">, outro prato típico da cidade. Flora, um </span><span class="s2">King</span><span class="s1"> salmão. Gilda Matoso, assessora de imprensa e ex-senhora Vinícius de Moraes, uma sopa de moluscos. O fotógrafo Lorenzo Madrid sugere um </span><span class="s2">Sauvignon</span><span class="s1"> </span><span class="s2">Blanc</span><span class="s1">.</span></span></div>
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<span class="s1" style="font-family: verdana;">A conversa corre solta até quando adiciono pimenta perguntando o que está acontecendo no Brasil. Gil inflama-se, eleva o tom e proclama: “Neste mundo onde a soberania dos países é relativa, o Brasil vai ter que se adaptar à racionalidade global sem perder suas peculiaridades, a alegria, a celebração da vida, a cordialidade, a espiritualidade - o mundo precisa disto e nós precisamos do mundo - o mundo todo, todo o mundo”, diz.<span class="Apple-converted-space"> </span></span></div>
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<span class="s1" style="font-family: verdana;">Gil recorre à geografia para exercer o patriotismo. “O mundo precisa de recolhimento mineiro, da exuberância baiana, da racionalidade paulista e do encanto do Rio, uma porta aberta para a festa”, diz. “A lógica da eficiência, do trabalho e da racionalidade do regime capitalista tem seu limite, precisa se reinventar (...) se as pessoas não olharem para o lado espiritual teremos para sempre pilotos alemães deprimidos levando aviões a bater contra as montanhas”.<span class="Apple-converted-space"> </span></span></div>
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<span style="font-family: verdana;"><span class="s1">“Quando foi o Brasil, o presidente norte-americano </span><span class="s2">Roosevelt</span><span class="s1"> voltou tão impressionado que tentou implantar aqui nos Estados Unidos este </span><span class="s2">melting</span><span class="s1"> </span><span class="s2">pot</span><span class="s1"> doido brasileiro, o amálgama de todas as raças e culturas - e eles estão tentando até hoje, sem conseguir”. </span></span></div>
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<span style="font-family: verdana;"><span class="s1">Gil, como na </span><span class="s2">Refazenda</span><span class="s1">, não fala, despeja poesia, constrói frases hiperbolicamente, brinca com palavras e pensamentos, como num carrossel que deixa todos à mesa em respeitoso silêncio. Gesticula bastante, olha para cima e para os lados à procura da melhor expressão e, quando não consegue se lembrar de alguma coisa, vira-se para Gilda, uma enciclopédia musical ambulante que lembra das datas de shows, encontros e praticamente tudo que aconteceu na vida de Gil.</span></span></div>
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<span style="font-family: verdana;"><span class="s1">Alguém lembra da piada que o Brasil está à beira de um abismo, e que agora finalmente está dando um passo a frente. Gil, sério, diz que “o país precisa sair desta morte diária do excesso de </span><span class="s2">aflouxamento</span><span class="s1"> de tudo, necessita ter a dose diária de apertamento, voltar ao seu eixo, colocar a corrupção - que sempre houve - em níveis aceitáveis, níveis japoneses”, brinca, “mas resolver antigos problemas abre as portas para resolver novos problemas, o fim de um é o começo do outro”, filosofa.</span></span></div>
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<span style="font-family: verdana;"><span class="s1">Gil está nas estradas do Canadá e dos Estados Unidos, percorrendo diversas cidades de avião e ou num ônibus adaptado. A turnê “Gilbertos Samba“, onde apresenta-se no palco à la João Gilberto e ao lado de seu filho, </span><span class="s2">Ben</span><span class="s1">, deixa as casas lotadas, reúne as comunidades brasileiras e, naturalmente, provoca a discussão sobre o Brasil. Já veio aqui dezenas de vezes desde a década de 70, quando estava exilado em Londres. Invariavelmente é barrado na fronteira, mesmo possuindo um apartamento em Nova Iorque.</span></span></div>
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<span style="font-family: verdana;"><span class="s1">Flora, que gerencia da vida pessoal e profissional de Gil, interrompe e sugere que “Pê”, como ela chama o homem com quem está casada há 27 anos, belisque outros pratos, evite qualquer comida à base de lactose e que fale sobre a situação dos direitos autorais no Brasil, especialmente o </span><span class="s2">streaming</span><span class="s1"> do </span><span class="s2">Google</span><span class="s1">, que embora seja a melhor ferramenta de divulgação dos artistas não paga pelos direitos autorais. Gil, que ainda precisa trabalhar para viver, cala-se, admira sua Monalisa, delicia-se com a cerveja e o </span><span class="s2">Halibut</span><span class="s1"> até que pergunto sobre Dilma </span><span class="s2">Rousseff</span><span class="s1">.</span></span></div>
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<span class="s1" style="font-family: verdana;">“Há uma cobrança exagerada da opinião pública em cima dos indivíduos, uma esperança de que um salvador da pátria, com poderes imperiais, virá para nos salvar. É como se sempre tivéssemos adiando o encontro com nós mesmos, o encontro com a dificuldade. Veja o exemplo da Presidente: o que Dilma pode fazer? “ “O problema não está no governo ou nas instituições, está em nós”, diz o ex-ministro da Cultura.</span></div>
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<span style="font-family: verdana;"><span class="s1">Mas precisamos de mudanças, argumento. “Este é o problema da racionalidade, do pragmatismo positivista - a </span><span class="s2">idéia</span><span class="s1"> de que tudo tem de ter uma solução. Toda solução é um problema, se resolve um antigo problema e se cria outro”, ri copiosamente o autor de Retiros Espirituais ("Resolver tê-los é ter, resolver ignorá-los, é ter") “Não temos de ficar obcecados por soluções. Não se vai resolver tudo em uma geração, são as duas coisas ao mesmo tempo, precisamos entender a simultaneidade. Temos dificuldade para entendermos isto, o certo e o errado, aceitar o que </span><span class="s2">Osvald</span><span class="s1"> de Andrade já disse no Manifesto da Poesia Pau Brasil sobre "a contribuição milionária de todos os erros”.<span class="Apple-converted-space"> </span></span></span></div>
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<span class="s1" style="font-family: verdana;">Gil discorda que, no Brasil, “tudo está demorando em ser tão ruim”, como versou uma vez seu amigo Caetano Veloso. ΅É preciso ter paciência, diz. “Precisamos nos perguntar como se vai construir um consenso entre vários interesses políticos, como se supera este parlamentarismo branco, como não ficarmos submetidos aos interesses dos indivíduos - o que temos é um sistema que não funciona, é um sistema já caduco”. </span></div>
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<span style="font-family: verdana;"><span class="s1">Gil fala de política sem citar nomes, e sempre por platitudes. Compara o "presidencialismo de coalização”, onde não se tem a </span><span class="s2">necessá</span><span class="s1">ria flexibilidade para mudar o comando sem traumatismos, como a mãe dos nossos problemas. "O PT é um partido que sucedeu vários outros que passaram pelo menos problema, não importa o personagem lá em cima. No parlamentarismo, a crise vai para dentro do governo e se resolve ali mesmo, não fica esta questão do impeachment de um poder imperial, não fica este problema moral”, diz. </span></span></div>
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<span style="font-family: verdana;"><span class="s1">Na mirabolante fala, muito semelhante ao contorcionismo de sua obra, há sempre a lembrança sobre o caminho de Buda, o caminho do meio. “Não há o certo e o errado, tudo corre ao mesmo tempo, tudo tem dois lados, toda solução é o começo de outro problema, assim é a vida”, repete. Cita o filósofo francês </span><span class="s2">François</span><span class="s1"> </span><span class="s2">Jullien</span><span class="s1">, “que criou uma expressão de que eu gosto muito: O justo meio está na igual possibilidade dos extremos”.</span></span></div>
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<span class="s1" style="font-family: verdana;">Gil vê sua passagem pela política - vereador, ministro da Cultura, ativista ambiental - como resultado “da ilusão de contribuir”. Quando pergunto se voltaria à política, tergiversa, abaixa o queixo, como se procurasse as palavras no chão, até que entrega à decisão ao destino, ao “se for chamado”, deixando a porta aberta para interpretações. Gil, que já foi embaixador da macrobiótica no Brasil e agora parece ter chegado à fase Zen, não incorre em extremismos, sempre está do lado equidistante dos opostos.<span class="Apple-converted-space"> </span></span></div>
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<span style="font-family: verdana;"><span class="s1">O ex-ministro, no entanto, reforça a necessidade do Estado financiar a cultura. Em países avançados, como nos Estados Unidos, onde a iniciativa privada assumiu responsabilidade acima de seus interesses, através de mecenas como </span><span class="s2">Guggeinhein</span><span class="s1">, </span><span class="s2">Ford</span><span class="s1"> e outros incentivando a arte, tudo bem. No caso da Europa e no Brasil, diz, o Estado tem um papel, pois entregamos a ele mais responsabilidades. Quando eu era ministro, financiamos a cultura para regimes desprotegidos, para setores cuja manifestação não interessa ainda ao sistema privado, a única solução é o Estado financiar”<span class="Apple-converted-space"> </span></span></span></div>
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<span style="font-family: verdana;"><span class="s1">O efeito da cerveja IPS começa a ser sentido. Gil fala sobre os festivais da canção, dele cantando Bom Dia (“Acorda, meu amor, é hora de trabalhar”, em companhia da </span><span class="s2">co</span><span class="s1">-autora e então mulher Nana </span><span class="s2">Caymmi</span><span class="s1">, da violência do crime passional de ¨Domingo no Parque”, onde “o espinho da rosa feriu Zé, e o sorvete gelou seu coração”, ou de A Paz, em companhia de João Donato, que chegou em sua casa um dia com a fita com a melodia, dormiu e, ao acordar, uma das mais lindas letras de todos os tempos - feita por Gil - estava pronta. “A paz invadiu o meu coração/como se o vento de um tufão/arrancasse os meus pés do chão/onde eu já não me enterro mais”.<span class="Apple-converted-space"> </span></span></span></div>
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<span style="font-family: verdana;"><span class="s1">Gilberto Gil não sabe explicar de onde sai tanta criatividade. Para ele, as coisas acontecem </span><span class="s2">expontaneamente</span><span class="s1">, sem muita razão ou método. Quando a canção não vem, fica no violão horas e horas até que ela aparece - dá muito trabalho às vezes, muita transpiração quando a inspiração não chega. Com a idade, diz ele, a ânsia da criatividade arrefeceu, a produção diminuiu, mas, ao contrário de muitos de seus contemporâneos, continua distribuindo boas surpresas até hoje.</span></span></div>
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<span style="font-family: verdana;"><span class="s1">Gilberto Gil já morou em Los Angeles um ano, onde deixou amigos como o produtor musical e seu fã, </span><span class="s2">Quincy</span><span class="s1"> Jones. Em companhia da mulher, assiste </span><span class="s2">House</span><span class="s1"> </span><span class="s2">of</span><span class="s1"> </span><span class="s2">Cards</span><span class="s1"> e Escândalo, e se refere a gente como os bilionários </span><span class="s2">Warren</span><span class="s1"> </span><span class="s2">Buffett</span><span class="s1">, </span><span class="s2">Bill</span><span class="s1"> Gates e Jorge Paulo </span><span class="s2">Leman</span><span class="s1">, com quem conversa e divide o palco global. Quando cantou durante a seção da Nações Unidas, pediu o </span><span class="s2">Kofi</span><span class="s1"> </span><span class="s2">Annan</span><span class="s1"> (ex-secretário geral da ONU), que é de Gana, para tocar o tambor na última música. Foram aplaudidos de pé.<span class="Apple-converted-space"> </span></span></span></div>
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<span class="s1" style="font-family: verdana;">Hoje está mais triste com as constantes humilhações na fronteira, embora não deixe de elogiar a exuberância do país. Olha para a janela, escuta que os salmões, todos os anos, vêm do Pacífico para voltar aos rios, desovar e morrer, passando por debaixo</span></div>
<div class="p2">
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<span class="s3" style="font-family: verdana;">(tirei) "O mundo reconhece a qualidade trágica brasileira, a gente quer se livrar da tragédia, temos de absorvê-la dentro da questão trágica, com contradições permanentes a superar, e tudo isto não é fácil. Nada cai do céu, tudo é difícil".</span></div>
<div class="p2">
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<span class="s1" style="font-family: verdana;">Flora pede que Gil fale sobre direito autoral, sobre o não pagamento do streaming na internet. O músico, como sempre, não fala sobre árvores, sempre sobre a floresta. Ao invés de desbancar o Youtube, pede a mobilização de todos para eleger as melhores práticas, discutir se é conveniente manter o privilégio das "elites exploradoras que sempre levaram o barco até agora". Diz que a democracia horizontal, "sem esta baixíssima distribuição de poder e renda", é uma demanda global. "Ou ou planeta faz isto ou vai escafeder-se", conclui.</span></div>
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<span class="s1" style="font-family: verdana;">Gil fala do sucesso da música americana nos Estados Unidos. Para ele, é hora de homenagear João Gilberto, "que concentrou voz e violão", Carlos Lyra, Ronaldo Boscoli, Roberto Menescal e principalmente Tom Jobim, que ajudaram a criar o que se chama hoje de Latin Jazz. Uma coisa bem diferente dos tempos de Carmen Miranda desfilando com a salada de frutas na cabeça, “uma invenção de Dorival Caymmi, que recomendou esta indumentária para Carmen". Se eles não tivessem existido, diz, não estaríamos aqui.<span class="Apple-converted-space"> </span></span></div>
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<span class="s1" style="font-family: verdana;">Fala da influência de Bossa Nova, de Jimmy Hendrix (que é de Seattle), de Bob Dylan e até do seu amigo Quincy Jones (também de Seattle), entre outros compositores americanos. Cada vez mais, diz Gil, o mundo já identifica a música brasileira e os diferentes estilos. “A música tem o poder de unir corações e mentes em todos os lugares, é importante que a nossa música seja reconhecida no mundo, é importante que a diversidade seja garantida”.</span></div>
<div class="p2">
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<span class="s1" style="font-family: verdana;">Já no carro, Gil, já de volta estado contemplativo, admirando o movimento dos barcos no Lake Washington, lembra que há tempos estava deprimido, “envolto em minhas questões”, quando decidiu desistir da música e fazer outras coisas na vida. Para se despedir, escreveu a música Palco (Fogo eterno prá afugentar/O inferno prá outro lugar/Fogo eterno prá consumir/O inferno, fora daqui/Fora daqui) e deixou-a num canto. Foi quando o grupo A Cor do Som visitou-o e pediu para gravar a música, que estourou nas paradas. “Gosto de todas as músicas que fiz, mas Palco é uma espécie de música talismã para mim - a partir dela, tudo mudou”.</span></div>
<div class="p2">
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</span></div>
<span style="font-family: verdana;"><style type="text/css">
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<br />
</span><div class="p5">
<span class="s1" style="font-family: verdana;">Depois da turnê no Hemisfério Norte, Gil se unirá a Caetano Veloso para celebrar 50 anos de carreira ao lado do amigo. Começará pela Europa, em Julho, até chegando ao Brasil em agosto e setembro. Se o pessoal da imigração continuar humilhando-o na fronteira, não voltará mais aos Estados Unidos.<span class="Apple-converted-space"> </span></span></div>
</div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
Pedro Augusto Leite Costahttp://www.blogger.com/profile/05991876460866530132noreply@blogger.com0Seattle, WA, USA47.6062095 -122.332070847.2636815 -122.9775178 47.9487375 -121.68662379999999tag:blogger.com,1999:blog-7080316358416133190.post-48990467917555213232015-04-03T10:13:00.003-07:002024-01-06T10:57:48.953-08:00UMA VIAGEM FANTASTICA<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Tahoma; font-size: 16px; line-height: 1.8; white-space: pre-wrap;"><i><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7cnxxxCtIDrQHMGEy4hPvPABXsbcnrZWZN_ni00KOAHpEoJggCKfXIwdzmWqhNPHPwEqsdBLodOtUP_Y_Lphy-5Ml8IRQHTYh2y2PcH0qpASnPncxZjwtc-aPucL8L9Tid6vcn53Ax_HjWqBn8LUsdusw7CsPsY3BQngrYBwQXbPXCbUhCQskH-bLDBhs/s720/OIP-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="474" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7cnxxxCtIDrQHMGEy4hPvPABXsbcnrZWZN_ni00KOAHpEoJggCKfXIwdzmWqhNPHPwEqsdBLodOtUP_Y_Lphy-5Ml8IRQHTYh2y2PcH0qpASnPncxZjwtc-aPucL8L9Tid6vcn53Ax_HjWqBn8LUsdusw7CsPsY3BQngrYBwQXbPXCbUhCQskH-bLDBhs/s320/OIP-1.jpg" width="211" /></a></div><br />Solitário e excêntrico, o bilionário Paul Allen, co-fundador da Microsoft, está gastando meio bilhão de dólares para descobrir como a mente humana funciona.</i></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Tahoma; font-size: 16px; line-height: 1.8; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Por Pedro Augusto Leite Costa, de Seattle</span></div><div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div><div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Matéria Publicada no jornal Valor Economico. Allen morreu de câncier em Outubro de 2018</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Semana que vem fará 15 anos que Paul Allen, o 51︒ homem mais rico do mundo, reuniu em seu mega-iate Octoplus, aqui na região de Seattle, a fina-flor dos cientistas especializados no cérebro humano, como James Watson, Steven Pinker e David Anderson.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Allen, que há 30 anos sofre do linfoma de não-Hodgkin's, viu sua mãe sucumbir durante décadas ao Alzheimer. Ávido leitor de ficção científica, e fã da utilização do computador na pesquisa científica, queria utilizar seu dinheiro para evitar que a humanidade, cada vez mais longeva, evitasse a decadência cada vez mais comum da degeneração mental.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Chegou-se a conclusão que, para dar uma acelerada às pesquisas que estão sendo feitas há mais de um século, seria necessário mapear tridimensionalmente os 86 bilhões de células que, através de trilhões de conexões, produzem risos, choros, amor, ódio, generosidade, egoísmo, fobias, traumas - e todas as outras reações que fazem de nós os animais mais complexos da Terra. Para apressar o trabalho, este mapa deveria estar disponível para a colaboração de todos os cientistas do mundo que trabalham no setor.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Hoje , Allen e os quase 500 físicos, matemáticos, neurobiologistas, engenheiros e cientistas da computação (pelo menos a metade com PHD) já apresentam vitórias para entendermos este microcomputador inserido em cada um de nós, uma máquina que trabalha 24 horas por dia, 7 dias por semana, e que geralmente depois dos 65 anos começa a degringolar.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Por exemplo, demanda mais tempo para acessar memórias, não controla eficientemente o balanceamento do corpo, demora a reagir quando solicitada, diminui a velocidade das ações, não se surpreende com as novidades e, principalmente,</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">tergiversa em torno de determinados assuntos - algo que, na linguagem dos computadores, é semelhante ao buffering.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Meio bilhão de dólares depois - Allen ainda tem mais 17 bilhões de dólares para gastar - o Allen Institute for Brain Science agora está nos estágios iniciais dos exames das conexões celebrais que ditam a vida e o nosso comportamento. "É um trabalho de extrema complexidade", diz Amy Bernard, diretora do Allen Institute, em entrevista ao Valor. "Se você está vendo uma pessoa limpar a janela externa do prédio", exemplifica, "é bem provável que você esteja prestando atenção na limpeza do vidro, enquanto a pessoa que limpa está prestando atenção em não cair do andaime - cada fato provoca diferente reações nos seres humanos".</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Mas o mais interessante do Allen Institute é que trata-se de uma organização que, em caráter inédito, trabalha colaborativamente, e sem propósito financeiro (mais sem compromisso com o prejuízo, segundo seu presidente, David Poston) com 30 mil cientistas de todo o mundo para, quem sabe, tornar as doenças do cérebro - Parkinson, Alzheimer, autismo e, por conseguinte, a morte - reversível no futuro.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O esforço de Paul Allen e sua turma também gerou nos Estados Unidos - e em todo o mundo - uma corrida para desvendar os mistérios do cérebro. Logo depois de anunciar a meta de geral um catálogo completo de todos os tipos de células neurais nos ratos e no córtex cerebral humano, a União Europeia comprometeu-se com sua própria iniciativa no setor, enquanto o presidente Barack Obama anunciou o Brain Iniciative, um conjunto de investimentos entre os diversos institutos que estudam o cérebro, como o National Institute of Health, o Food and Drug Administration, o Howard Hughes Medical Institute e o próprio Allen Institute.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Colaboração universal aumenta velocidade da pesquisa.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Estudar e mapear o cérebro é uma paixão antiga dos cientistas. No início de década passada, por exemplo, o espanhol Santiago Ramón y Cajal, prêmio Nobel de Medicina de 1906, já desenhava células celebrais. Seu trabalho, reunido em mais de 100 artigos científicos, serve até hoje de base para pesquisas.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O que mudou no esforço para desvendar o cérebro foi a utilização desta máquina análoga, menos potente e burra, o computador, que com sua capacidade de</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">armazenamento de dados nas nuvens, o bigdata, foi capaz de reunir todo o gigantesco acervo de dados, distribuindo-o gratuitamente na rede.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Este avanço permitiu que o Allen Institute, por exemplo, reunisse até hoje cinco peta bytes de dados, ou o equivalente a 50 anos ininterruptas de vídeos de alta definição. Estes dados são baixados 20 mil a 180 mil vezes mensalmente por instituições que colaboram oficialmente com o Instituto (seis no Canadá, 24 nos Estados Unidos, cinco no Reino Unido e duas na Holanda), além de acessos remotos em países como o Brasil (que ocupa o 14 lugar no número de downloads) ou a Coréia do Sul.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Em menos de dois anos, já poderemos apresentar à comunidade científica resultados extraordinários, diz Bernard. Segundo ela, o mapeamento do cérebro aumentou exponencialmente a qualidade, a quantidade e a velocidade das pesquisas que tentam descobrir, atualmente, como se processam as conexões entre os quase 100 bilhões de células que compõem o cérebro humano. Veja aqui os resultados do Allen Institute:</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Ratos: O Allen Mouse Brian Atlas, completado em 2006, é um mapa dos genomas do cérebro adulto do rato. O propósito é ajudar no desenvolvimento da pesquisa da neurociência, guiando os cientistas no entendimento doenças do cérebro e anomalias como autismo e depressão.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Seres Humanos: O Atlas Human Brain Atlas foi revelado em 2010. Foi o primeiro atlas a revelar anatômica e genômicamente, em três dimensões, o cérebro humano. O atlas foi criado para ajudar na pesquisa de várias áreas da neurociência, como as imagens do cérebro humano, genética, neuroanatomia e várias outras. O atlas gerou informações básicas para a cura do Alzheimer, autismo, esquizofrenia e vícios em geral, especialmente drogas.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Desenvolvimento do Cérebro do Rato: O Allen Developing Mouse Brain Atlas acompanha do desenvolvimento genético dos céRebros dos ratos, desde o nascimento até a vida adulta, através de imagens de ressonância magnética, medindo crescimento, espaços brancos e conectividade. O atlas auxilia os neurocientistas a estudar como os poluentes e mutações genéticas interferem no desenvolvimento do cérebro. Assim, os pesquisadores descobrem como as toxinas interferem na saúde das crianças e das mulheres grávidas.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Conectividade do Cérebro do Rato: Lançado em 2011, este atlas foca na identificação de circuitos neurais que governam o comportamento e as funções celebrais. Estes circuitos são responsáveis por funções como comportamento e percepção. Futuramente, ajudará no entendimento de como o cérebro trabalha e qual é a causa da doença de Parkinson e depressão.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Medula espinhal do Rato: Trata-se do primeiro mapa da espinha do rato jamais feita.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O objetivo deste atlas é curar danos na medula espinhal, doenças como Lou Gehring (autor e cientistas Stephen Hawking) e atrofias musculares. O projeto tem também doadores de associações de veteranos de guerra e fundações que ajudam na luta com a esclerose múltipla, uma das doenças mais comuns no Noroeste do Pacífico, onde está Seattle.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Compreender o cérebro é compreender a beleza da vida (Amy Bernard)</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">SOLITÁRIO, TRISTE, SOBREVIVENTE</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Pessoas ricas, como dizia F. Scott Fitzgerald em o Grande Gatsby, são diferentes de você e de mim. Entre os bilionários mundiais, Paul Gardner Allen consegue ser mais diferente e enigmático. Colega de ginásio de Bill Gates, abandonou a Universidade de Washington e um emprego na Honeywell para fundar a Microsoft.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Sete anos depois, foi diagnosticado com linfoma. Saiu da empresa e, da noite para o dia, tornou-se um dos maiores bilionários do mundo - sétimo lugar na década passada, embora hoje esteja na 51 posição - não porque perdeu dinheiro, mas porque surgiram outros bilionários, especialmente na Ásia.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Embora tenha três mega iates, uma frota de Boeing 757, uma empresa de investimentos na construção civil - a Vulcan - que está praticamente reconstruindo Seattle, sua cidade natal, Allen vive sozinho enfurnado no computador, onde sofre como todos nós resolvendo problemas do Windows, que ele próprio criou.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Quando sai, é para torcer por um de seus três times que é proprietário, o Portland Trail Blazers (basquete), e o Seahawks (futebol americano), que comprou por US$ 288 milhões em 1997 e que hoje vale mais de US$ 1.33 bilhão, e ainda o Seattle Sounders (futebol). Quem assistiu ao Super Bowl em janeiro neste ano o viu sozinho, absorto e triste, na tribuna de honra do estádio.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Tamanho é ou não é documento?</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Se tamanho do celebro fosse documento, uma vaca estaria hoje comendo a gente, e não o contrário, sugere a cientista Suzana Herculano-Houzel, do Instituto de Ciências Biomédicas do Rio de Janeiro. Nosso cérebro é três vezes menor do que os dos elefantes e nove vezes menor que os das baleias, mas, inexplicavelmente, três vezes maior do que os dos chipanzés (que chegam a ter um corpo três vezes maiores que o nosso),</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O que nos diferencia efetivamente dos outros animais é que, dos quase 100 bilhões de neurônios que temos, pelo menos 16 bilhões estão localizados no córtex cerebral. Por isto, e ao contrário dos nossos vizinhos na Terra, temos a capacidade de planejar o futuro, aprender com os nossos erros e vasculhar o passado. Um elefante, por exemplo, só tem 4.6 bilhões de neurônios na mesma região. Um rato, 30 milhões.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Mas esta capacidade tem um preço. Embora o cérebro humano represente apenas dois por cento do corpo, consome 25% das 2 mil calorias que, em média, precisamos para sobreviver diariamente. Se não tivéssemos tal capacidade cognitiva, gastaríamos de oito a nove horas diárias caçando ou procurando alimentos cru para comermos.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Para Suzana, a utilização do fogo para pré-digerir os alimentos, em outras palavras cozinhar, nos liberou para termos mais tempo para pensar, agir e mudar o mundo. Mais ainda, pesquisar e descobrir como o nosso cérebro funciona.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Fotos/Ilustrações. Todas as imagens devem ser creditadas ao Allen Institute for Brain Science.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Here is a Dropbox link to 5 quality images.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">1) Cerebelo humano - Fatia colorizada do cerebelo humano. O cerebelo, que em latim significa "pequeno cérebro", é uma região que desempenha um papel importante no controle motor.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">2) Do cérebro do rato Conectividade - Visão em terceira dimensão das ligações originadas a partir de múltiplas áreas corticais distintas, visualizada com a utilização de software Allen Explorer.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">3) Slides Cérebro Humano - Uma fatia do cérebro humano montada sobre uma lâmina de vidro para digitalização.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">4) Conexões do cérebro do rato- Uma imagem fluorescente, mostrando conexões no cérebro do rato na área que registra o sentido do tato, antes da informação ser enviada para ser integrada e compreendida por outras regiões do cérebro.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">5) Slides do cérebro do rato- A secção coronal de todo um cérebro do rato, que foi colorizado para delinear os limites anatômicos das diferentes regiões.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Robinson, também tiramos algums fotos da entrevista com a Amy.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Veja https://drive.google.com/folderview?id=0B9Xvw-pY_MRqfjZxSWp6V1ZJXzViVjZReGhIa3psUWlfRy1IUXRnajZCakJQN1N4OHFPNWM&usp=sharing_eid</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Repare na foto do cerebelo......</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">VIAGEM FANTÁSTICA</span></div>
<b id="docs-internal-guid-81e92af4-8043-5b2b-aaae-b63eeb719818" style="font-weight: normal;"><br /></b>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Solitário e excêntrico, o bilionário Paul Allen, co-fundador da Microsoft, está gastando meio bilhão de dólares para descobrir como a mente humana funciona.</span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Por </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Pedro Augusto Leite Costa, de Seattle</span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Semana que vem fará 15 anos que Paul Allen, o 51︒ homem mais rico do mundo, reuniu em seu mega-iate Octoplus, aqui na região de Seattle, a fina-flor dos cientistas especializados no cérebro humano, como James Watson, Steven Pinker e David Anderson.</span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Allen, que há 30 anos sofre do linfoma de </span><span style="background-color: white; color: #262626; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">não-Hodgkin's, viu sua mãe sucumbir durante décadas ao Alziemer. Ávido leitor de ficção científica, queria utilizar seu dinheiro para evitar que a humanidade, cada vez mais longeva, evitasse a decadência cada vez mais comum da degeneração mental.</span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Chegou-se a conclusão que, para dar uma acelerada às pesquisas que estão sendo feitas há mais de um século, seria necessário mapear tridimensionamente os 86 bilhões de células que, através de trilhões de conexões, produzem risos, choros, amor, ódio, generosidade, egoísmo, fobias, traumas - e todas as outras reações que fazem de nós os animais mais complexos da Terra. Mais ainda, este mapa deveria estar disponível para a colaboração de todos os cientistas do mundo que trabalham no setor.</span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Hoje , Allen e os quase 500 físicos, matemáticos, neubiologistas, engenheiros e cientistas da computação (pelo menos a metade com PHD) já apresentam vitórias para entendermos este micro-computador inserido em cada um de nós, uma máquina que trabalha 24 horas por dia, 7 dias por semana, e que geralmente depois dos 65 anos começa a desgringolar.</span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Por exemplo, demanda mais tempo para acessar memórias, não controla eficientemente o balanceamento do corpo, demora a reagir quando solicitada, diminui a velocidade das ações, não se surpreende com o novo e, principalmente, tigiversa em torno de determinados assuntos - algo que, na linguagem dos computadores, é semelhante ao </span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">buffering.</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Meio bilhão de dólares depois - Allen ainda tem mais 17 bilhões de dólares para gastar - o Allen Institute for Brain Science agora está nos estágios iniciais dos exames das conexões celebrais que ditam a vida. "É um trabalho de extrema complexidade", diz Amy Bernard, diretora do Allen Institute, em entrevista ao Valor. "Se você está vendo uma pessoa limpar a janela externa do prédio", exemplifica, "é bem provável que você esteja prestando atenção na limpeza, enquanto a pessoa que limpa está prestando atenção em não cair do andaime - cada fato provoca diferente reações nos seres humanos". </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Mas o mais interessante do Allen Institute é que trata-se de uma organização que, em caráter inédito, trabalha colaborativamente, e sem propósito financeiro (mais sem compromisso com o prejuízio, segundo seu presidente, David Poston) com 30 mil cientistas de todo o mundo para, quem sabe, tornar as doenças do cérebro - parkinson, alzheimer, autismo e, por conseguinte, a morte - reversível no futuro.</span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O esforço de Paul Allen e sua turma também gerou nos Estados Unidos - e em todo o mundo - uma corrida para desvendar os mistérios do célebro. Logo depois de anunciar a meta de geral um catálogo completo de todos os tipos de células neurais nos ratos e no cortex cerebral humano, a União Européia comprometeu-se com sua própria iniciativa no setor, enquanto o presidente Barack Obama anunciou o </span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Brain Iniciative</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, um conjunto de investimentos entre os diversos institutos que estudam o cérebro, como o </span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">National Institute of Health</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, o </span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Food and Drug Administration</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, o </span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Howard Hughes Medical Institute</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> e o próprio </span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Allen Institute. </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Colaboração universal aumenta velocidade da pesquisa.</span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Estudar e mapear o célebro é uma paixão antiga dos cientistas. No início de década passada, por exemplo, o espanhol Santiago Ramón y Cajal, prêmio Nobel de Medicina de 1906, já desenhava células celebrais. Seu trabalho, reunido em mais de 100 artigos científicos, serve até hoje de base para pesquisas. </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O que mudou no esforço para desvendar o célebro foi a utilização desta máquina análoga, menos potente e burra, o computador, que com sua capacidade de armazenamento de dados nas nuvens, o </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">bigdata</span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, foi capaz de reunir todo o gigantesco acervo de dados, distribuindo-o gratuitamente na rede.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 6pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Este avanço permitiu que o Allen Institute, por exemplo, reunisse até hoje cinco </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">petabytes </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">de dados, ou o equivalente a 50 anos initerruptas de vídeos de alta definição. Estes dados são baixados 20 mil a 180 mil vezes mensalmente por instituições que colaboram oficialmente com o Instituto (seis no Canadá, 24 nos Estados Unidos, cinco no Reino Unido e duas na Holanda), além de acessos remotos em países como o Brasil (que ocupa o 14 lugar no número de downloads) ou a Coréia do Sul.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Em menos de dois anos, já poderemos apresentar à comunidade científica resultados extraordinarios, diz Bernard. Segundo ela, o mapeamento do célebro aumentou exponencialmente a qualidade, a quantidade e a velocidade das pesquisas que tentem descobrir, atualmente, como se processam as conexões entre os quase 100 bilhões de células que compõem o célebro humano. Veja aqui os resultados do Allen Institute:</span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Ratos</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">: O </span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Allen Mouse Brian Atlas</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, completado em 2006, é um mapa dos genomas do célebro adulto do rato. O propósito é ajudar no desenvolvimento da pesquisa da neurociência, guiando os cientistas no entendimento doenças do célebro e anomalias como autismo e depressão.</span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Seres Humanos</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">: O </span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Atlas Human Brain Atlas </span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">foi revelado em 2010. Foi o primeiro atlas a revelar anatômica e genômicamente, em três dimensões, o célebro humano. O atlas foi criado para ajudar na pesquisa de várias áreas da neurociência, como as imagens do célebro humano, genética, neuroanatomia e várias outras. O atlas gerou informações básicas para a cura do Alzheimer, autismo, esquisofrenia e vícios em geral, especialmente drogas.</span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Desenvolvimento do Célebro do Rato</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">: O </span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Allen Developing Mouse Brain Atlas</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> acompanha do desenvolvimento genético dos célebros dos ratos, desde o nascimento até a vida adulta, através de imagens de ressonância magnética, medindo crescimento, espaços brancos e conectividade. O atlas auxilia os neurocientistas a estudar como os poluentes e mutações genéticas interferem no desenvolvimento do célebro. Assim, os pesquisadores descobrem como as toxinas interferem na saúde das crianças e das mulheres grávidas.</span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Coneticvidade do Cérebro do Rato:</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Lançado em 2011, este atlas foca na identificação de circuitos neurais que governam o comportamento e as funções celebrais. Estes circuitos são responsaveis por funções como comportamento e percepção. Futuramente, ajudará no entendimento de como o célebro trabalha e qual é a causa da doença de Parkinson e depressão. </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Medula espinhal do Rato:</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Trata-se do primeiro mapa da espinha do rato jamais feita. </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O objetivo deste atlas é curar danos na medula espinhal, doenças como Lou Gehring ( do autor e cientistas </span><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Stephen_Hawking" style="text-decoration: none;"><span style="background-color: white; color: #0b0080; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Stephen Hawking</span></a><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">) e atrofias musculares. O projeto tem também doadores de associações de veteranos de guerra e fundações que ajudam na luta com a esclerose múltipla, uma das doenças mais comuns no Noroeste do Pacífico, onde está Seattle.</span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Compreender o cérebro é compreender a beleza da vid</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">a.</span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Solitário, triste, e sobrevivente.</span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: white; color: #3c3c3c; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Pessoas ricas, como dizia F. Scott Fitzgerald em o Grande Gatsby, são diferentes de você e de mim. Entre os bilionários mundiais, Paul Gardner Allen consegue ser mais diferente e enigmatico. Colega de ginásio de Bill Gates, abandonou a Universidade de Washington e um emprego na Honeywell para fundar a Microsoft. </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: white; color: #3c3c3c; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Sete anos depois, foi diagnosticado com linfoma. Saiu da empresa e, da noite para o dia, tornou-se um dos maiores bilionários do mundo - sétimo lugar na década passada, embora hoje esteja na 51 posição - não porque perdeu dinheiro, mas porque surgiram outros bilionários, especialmente na Asia.</span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: white; color: #3c3c3c; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Embora tenha três mega iates, uma frota de Boeings 757, uma empresa de investimentos na construção civil - a Vulcan - que está praticamente reconstruindo Seattle, sua cidade natal, Allen vive sozinho enfurnado no computador, onde sofre como todos nós resolvendo problemas do Windows, que ele próprio criou. </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: white; color: #3c3c3c; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Quando sai, é para torcer por um de seus três times que é proprietário, o Portland Trail Blazers (basquete), e o Seahawks (futebol americano), que comprou por US$ 288 milhões em 1997 e que hoje vale mais de US$ 1.33 bilhão, e ainda o Seattle Sounders (futebol). Quem assistiu ao </span><span style="background-color: white; color: #3c3c3c; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Super Bowl</span><span style="background-color: white; color: #3c3c3c; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> em janeiro neste ano o viu sozinho, absorto e triste, na tribuna de honra do estádio. </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: white; color: #3c3c3c; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Tamanho é ou não é documento?</span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: white; color: #3c3c3c; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Se tamanho do celebro fosse documento, uma vaca estaria hoje comendo a gente, e não o contrário, sugere a cientista Suzana Herculano-Houzel, do Instituto de Ciências Biomédicas do Rio de Janeiro. Nosso célebro é três vezes menor do que os dos elefantes e nove vezes menor que os das baleias, mas, inexplicavelmente, três vezes maior do que os dos chipanzés (que chegam a ter um corpo três vezes maiores que o nosso), </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: white; color: #3c3c3c; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O que nos diferencia efetivamente dos outros animais é que, dos quase 100 bilhões de neurônios que temos, pelo menos 16 bilhões estão localizados no cortex cerebral. Por isto, e ao contrário dos nossos vizinhos na Terra, temos a capacidade de planejar o futuro, aprender com os nossos erros e vasculhar o passado. Um elefante, por exemplo, só tem 4.6 bilhões de neurônios na mesma região. Um rato, 30 milhões.</span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: white; color: #3c3c3c; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Mas esta capacidade tem um preço. Embora o célebro humano represente apenas dois por cento do corpo, consome 25% das 2 mil calorias que, em média, precisamos para sobreviver diariamente. Se não tivéssemos tal capacidade cognitiva, gastaríamos de oito a nove horas diárias caçando ou procurando alimentos cru para comermos. </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: white; color: #3c3c3c; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Para Suzana, a utilização do fogo para pre-digerir os alimentos, em outras palavras cozinhar, nos liberou para termos mais tempo para pensar, agir e mudar o mundo. Mais ainda, pesquisar e descobrir como o nosso célebro funciona.</span></div>
<b style="font-weight: normal;"><i><br /></i></b>
<b style="font-weight: normal;"><i>Publicado Originalmente no jornal Valor Econômico.</i></b><br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.8; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<br /></div>
<br />
<br />Pedro Augusto Leite Costahttp://www.blogger.com/profile/05991876460866530132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7080316358416133190.post-48010020090179211152015-03-09T14:21:00.000-07:002015-03-09T14:21:08.734-07:00TRANQUILO E INFALÍVEL<div dir="ltr" style="line-height: 2.4; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<img class="irc_mi" height="463" src="http://warriorfitness.org/wp-content/uploads/2013/02/Bruce-Lee.jpg" style="line-height: 2.4; margin-top: 101px;" width="755" /></div>
<b id="docs-internal-guid-dffe51eb-0067-884c-0db3-cc295df362a2" style="font-weight: normal;"><br /></b>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 2.4; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span>
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A lenda de Bruce Lee continua viva - e faturando como nunca.</span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 2.4; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><i>Por Pedro Augusto Leite Costa, de Seattle (Originalmente publicado na Veja.com)</i></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 2.4; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 2.4; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<div dir="ltr" style="line-height: 2.4; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Seattle - 42 anos depois da sua morte, vítima de aneurisma celebral, o lutador-filósoro--escritor e ator Bruce Lee ainda fatura quase 7 milhões de dólares anuais em direitos autorais: está entre as 20 falecidas celebridades que mais faturam no mundo, perdendo para ídolos como Michael Jackson, Elvis Presley e Marilyn Monroe. Tornou-se tema de game na Apple, motivo de culto dos cinéfilos em mais de 17 filmes e documentários, atração turística em Seattle (seu túmulo é visitado por mais de 10 mil turistas, todos os anos) e, agora, o centro de uma magnífica exposição que começou a itinerância no Wing Luke Museu, na parte asiática da cidade, e que vai visitar diversos países do mundo, inclusive o Brasil.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 2.4; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Filho de cantor de ópera de antiga colônia britânica de Hong Kong, Lee - nascido Jun-fan - nasceu em San Francisco mas mudou-se para Seattle, onde teve dois filhos, um dos quais - Brandon - morto por um tiro acidental dentro de um estúdio de gravação. Sua mulher, Linda, e a filha, Shannon vivem aqui e trabalham na Fundação que leva o seu nome. Bruce, que nos filmes costumava lutar contra 30 oponentes de uma só vez, foi o responsável por trazer as artes marciais para o Ocidente, quebrando preconceitos contra os asiáticos perante a sociedade norte-americana e, mais ainda, tornando-se um dos maiores ícones da cultura mundial na década de 60. </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 2.4; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Nos filmes, Lee é apresentando como vingador, purista, ao estilo do cowboy que volta para destruir o mal e, melhor ainda, conquistar a garota dos seus sonhos. Como muita gente, ele tornou-se um dos maiores lutadores de artes marciais para sobreviver à luta de gangs em Hong Kong, onde passou boa parte da sua infância e adolescência. Com o tempo, reuniu 25 estilos e criou sua própria escola, Jee Kune Do. Passou então, a ensinar artes marciais para quem quisesse - homens, mulheres e crianças, tornando-se um dos maiores divulgadores da arte, até iniciar seu próprio negócio através de franchising. </span></div>
<span id="docs-internal-guid-dffe51eb-0068-799a-9847-d509ac29c282"></span><br />
<div dir="ltr" style="line-height: 2.4; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Franzino, pouco mais de um metro e meio e 64 quilos, Lee também é o resultado de intensa disciplina e aplicação aos treinamentos. Chegava fazer mais de mil flexões todas as manhãs, algumas com apenas o polegar como sustentáculo. Foi também o inventor </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">one inch punch</span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Tahoma; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, o soco com o polegar da mão direita que abatia o inimigo, e também com o qual se apoiava também para fazer flexões. </span></div>
</div>
Pedro Augusto Leite Costahttp://www.blogger.com/profile/05991876460866530132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7080316358416133190.post-65513562362354606592015-03-09T14:17:00.001-07:002018-10-12T09:59:27.120-07:00NO MEIO DO DESERTO, UM OASIS VIRTUAL<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; font-family: Verdana, sans-serif; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><i>NO MEIO DO DESERTO, UM OASIS VIRTUAL</i></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/hKUqoY-FOws/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/hKUqoY-FOws?feature=player_embedded" width="320"></iframe></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: transparent; clear: right; color: black; float: right; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; clear: right; color: black; float: right; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-style: italic; line-height: 28.7999992370605px;">Bem-vindos a Ephrata - população 7.663 habitantes, uma cidade no meio do deserto norte-americano que navega na internet mais rápida do mundo a 44 dólares mensais.</span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Por Pedro Augusto Leite Costa, de Ephrata (originalmente publicado no Valor Econômico)</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A última vez, e talvez a única, que o mundo percebeu que Ephrata existia foi quando um aposentado da Boeing chamado Jim Mccullar ganhou o segundo maior prêmio da loteria nos dos Estados Unidos: 380 milhões de dólares, em 2011, depois de comprar um tíquete no Safeway, na Basin Street, a única rua movimentada aqui. De lá para cá, esta modorrenta cidade, encravada no deserto que vai da Cordilheira do Pacífico até o Estado de Idaho, basicamente proporciona duas alegrias aos visitantes: quando eles chegam e quando eles saem.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Mas agora Ephrata, cujo nome é sinônimo de oásis, está virando celebridade. Segundo uma pesquisa da Gizmodo, os habitantes de Ephrata tem a internet mais rápida do mundo, 101,6 mbps, enquanto o resto dos Estados Unidos se conforma com 18.2 mbps, em média. Orgulhosa do seu clima seco e frio, além da proximidade do rio Columbia, que proporciona energia barata, qualidades essenciais para refrigeração de servidores, a cidade está abrigando </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">datacenters </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">gigantes (mais de nove), entre eles da Microsoft, Yahoo e Intuit e, acima, de tudo, a alegria da internet veloz para seus felizardos moradores e empresários.</span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">É um mundo diferente, onde a vida passa devagar nas poucas ruas da cidade, mas incrivelmente rápida dentro das casas e escritórios. Os filmes são baixados instantaneamente no Netflix, os e-mails chegam e saem em centésimos de segundos, games são jogados sem interrupções e os canais a cabo deixam de fazer sentido. Segundo a pesquisa, Ephrata chega a ser mais rápida que a celebrada internet do Google, o Google Fiber, já em operação em Kansas City, Missouri, e outras cidades norte-americanas. “Não era nossa intenção de termos a internet mais rápida dos Estados Unidos”, diz Chuck Allen, do Grant County Public Utilitity District, uma espécie de Eletropaulo privada da região, “apenas oferecer honestamente uma internet rápida para moradores e pequenas empresas daqui”.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Ephrata, assim, está fazendo história num país onde os cidadãos são vítimas da quase monopolização de provedores de internet. Basicamente, apenas os gigantes Comcast e Time Warner Cable provêm conexões decentes da chamada </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">broadband,</span><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> mas é um serviço caro e recordista de reclamações, além de sofrer críticas constantes do presidente Barack Obama por não levar a rede aos grotões norte-americanos.</span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A situação faz com que o país fique atrás de lugares com Singapura, Hong Kong e Coreia do Sul, que por algum tempo detiveram o título de internet mais rápida do mundo. Em lugares remotos no Arizona, onde há grande população indígena, a velocidade média da internet chega a ridículos 1,5 mbps, ainda pior do que o Brasil (velocidade média de 2,9 mbps).</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Mas Ephrata, que tem seis escolas, uma estação de trem e um matutino, o </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Grant County Journal</span><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, é um oásis no mundo virtual. Aproveitando uma lei estadual que em 2.000 liberava os distribuidores de eletricidade a distribuírem também conexão rápida, a Eletropaulo do condado começou a construir por conta própria uma infra-estrutura ao custo de US$ 147 milhões. </span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O projeto, que exigiu dos usuários de eletricidade uma suplementação única de 100 dólares na conta mensal, gerou brigas e ranger de dentes, mas quando os internautas da cidade descobriram as maravilhas da internet de fibra ótica, esqueceram-se da antiga conexão discada, DSL, uma modalidade com velocidade de tartaruga que não deixará saudade entre os orgulhosos habitantes daqui.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O provedor de internet turbinada do condado, a iFiber, tem apenas 12 funcionários e oferece um serviço melhor do que gigantes como </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">AT&T e Century Link</span><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> e mais 14 outras que também disputam o mesmo mercado de conexões, mas com velocidade inferior. O mais antigo funcionário da IFiber, Alan Troupe, que já atravessou os 60 anos, é uma espécie de ligação entre Ephrata e o mundo. Além de ser o embaixador do </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Internet Service Provider (ISP)</span><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, como eles chamam aqui, Troupe é também o porta voz do que acontece na cidade, coisa que, digamos, não absorve muito o seu tempo.</span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">INTERNET É TUDO - Ainda não se avaliou cientificamente o efeito de uma internet super rápida em Ephrata (que custa 44 dólares por mês), mas basta dar uma chegada na cidade para constatar como a conexão turbinada trouxe melhor educação, melhores empregos e melhor renda. Além da explosão de </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">datacenters</span><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, a região da cidade, o condado de Grant, foi também escolhida pela SGL (que faz peças de fibra de carbono para a BMW), a Red Silicon e muitas outras empresas cansadas de pagar pela ineficiência das empresas de internet.</span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Tal desenvolvimento, que espera-se não tire a paz do município, levou os empresários locais a investir no Porto (seco) de Ephrata, uma espécie de parque industrial junto ao campo de aviação da cidade, uma imensa área que foi utilizada pela Força Aérea como centro de treinamento durante a Segunda Guerra. Guardadas as proporções, é o mesmo conceito do </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">aerotrópolis</span><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, o aeroporto industrial para exportação concebido em países como Singapura e os Emirados Árabes, e agora em construção em Belo Horizonte.</span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A cidade, que agora está se acostumando a ser celebridade, tornou-se também o pivô de uma antiga discussão entre democratas e republicanos nos Estados Unidos: deveria a internet ser provida e administrada pelas corporações, ou a rede mundial deveria ser uma utilidade pública, como água, esgoto e eletricidade, a exemplo do que a candidata Marta Suplicy apostou em sua reeleição para prefeita de São Paulo?</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Para o vereador Kevin Danby, que também é do grupo de pressão Fiberactive, que tenta mostrar e defender os benefícios da internet rápida, a razão do sucesso de Ephrata é a união da comunidade em torno do projeto e, melhor ainda, a não interferência do governo. “Aqui não existe almoço grátis, todos se uniram em torno do projeto e pagam pela conexão - a última coisa que precisamos aqui é o governo cuidando da internet”, disse ele ao Valor.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O ex-professor Wes Crago, o administrador da cidade (sim, o prefeito eleito "terceirizou" a prefeitura), diz já estar se habituando a ser o centro do noticiário. O povo de Ephrata, diz ele, já enfrentou com sucesso outras experiências semelhantes para resolver seus próprios problemas, como por exemplo da construção da Coulee Dam nos anos 30, a maior barragem americana, no rio Columbia (uma espécie de São Francisco dos Estados Unidos) que hoje fornece eletricidade e água para irrigação de mais de 2.700 quilômetros.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Do ponto de vista do governo, comenta Wes (diminutivo de Wesley), "tivemos grande ganhos de produtividade. Trabalhamos mais rápido, transferindo arquivos gigantescos e nos comunicando instantaneamente com vários departamentos, dentro dos nossos próprios servidores. O melhor foi a redução de funcionários públicos aqui na Prefeitura, já que nos tornamos mais eficientes. No futuro, certamente não seremos um novo Vale do Silício, mas estamos plantando as bases para que possamos atrair mais negócios"</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Continua Wes: Parece que o mundo está caminhando hoje para a interconexão, e as cidades que não se ajustarem à esta nova realidade ficarão para trás. É mesmo fenômeno que a região viu nos anos 30 com a distribuição de eletricidade. "Uma das coisas que mais me chama a atenção é que a internet rápida proporciona a criação de negócios que jamais teríamos aqui, como a produção de noticiário local distribuído pela internet, diz ele.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Foi o que fez Kelly Ryan, que junto 64 pequenos investidores locais criou a Ifiber. Para aproveitar a capacidade instalada ("um dia vamos chegar a milhares de mbps", promete), Ryan criou nada menos do que um canal de televisão, o Channel 1, que já tem 230 mil telespectadores na TV e na Internet. "Falamos basicamente do que acontece aqui: pequenos crimes, esportes - minha paixão - e previsão do tempo", explica.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Ryan, que além de presidente e CEO é uma espécie de pau para toda obra na Ifiber, quer ficar longe de governo e, principalmente, dos reguladores. Seu inimigo número 1 é a Comcast, a maior empresa de broadband dos Estados Unidos, que utiliza as antigos fios de cobre da telefonia para levar internet e, ainda, faz intenso lobby do Congresso para evitar que empresas com a Ifiber - que utilizam fibra ótica - proliferarem e, pela excelência da transmissão, tornem-se concorrentes.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Ephrata é o melhor exemplo do que a Federal Communications Agency, a agência reguladora dos Estados Unidos, quer proporcionar nos Estados Unidos: uma internet semelhante à rede elétrica, ou à rede de água e esgotos, que chega igualmente a todos os cidadãos, independentemente da utilização final. Foi o que declarou esta semana seu presidente, Tom Wheeler, que tem uma visão semelhante à de Casa Branca de Barak Obama. </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">INTERNET TURBINADA É TUDO DE BOM</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A chegada da super internet à Ephrata High School, no início do milênio, transformou esta escola pública de 743 alunos em uma das melhores escolas públicas dos Estados Unidos. Este colégio de segundo grau de cidade já era famoso no futebol norte-americano, através Tigers, mas a conexão rápida mudou a vida de administradores, professores e principalmente dos alunos, que já chegam a utilizar 20% do tempo em frente ao computador.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Bem administrada, a escola acaba de comprar 457 </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">chromebooks</span><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, o </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">laptop </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">de baixo custo (e sem disco rígido) para tornar o trabalho mais rápido. O fenômeno proporcionou aulas mais eficientes, deveres de casa mais rápidos e, principalmente, a experiência da colaboração. Através de aplicativos de trabalho conjunto, como o Google Docs, os alunos dividem as tarefas, fazem redações com dezenas de sugestões e, acima de tudo, aprendem a colaborar, diz a professora </span><span style="background-color: white; color: #222222; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Sheila Massey, Teacher-Librarian/Media Specialist.</span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O trabalho mais difícil, segundo o diretor da escola, Daniel Martell, é fazer os alunos ficarem cientes do perigo dos </span><span style="background-color: white; color: #222222; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">cyber attacks</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> e dos predadores e, mais ainda, aprenderem que a tecnologia foi criada para colaborar, e não apenas para proveito próprio, ‘assim como de resto todas as atividades da sociedade."</span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #222222; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O que a internet rápida proporciona, denota o professor de Tecnologia Dane Lewman, é a agilidade de fazer as tarefas instantaneamente e ainda poder fazer a avaliação dos estudantes da mesma forma. Lewman, que deixou de ser diretor de uma </span><span style="background-color: white; color: #222222; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">startup</span><span style="background-color: white; color: #222222; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> para lecionar, diz que a Ephrata Hight School funciona na velocidade da iniciativa privada: "O caminho entre uma idéia e o resultado desta idéia, tanto na parte da aplicativos como na área de games, é cada vez mais curto", explica.</span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">“O mais engraçado é que os estudantes não notam que a internet é fantástica, diz ele. Eles já nasceram com ela”</span></div>
<b id="docs-internal-guid-447d25a4-0064-7771-9573-b29e0b1d01f4" style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 12pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">TÃO ESSENCIAL QUANTO O AR QUE RESPIRAMOS</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A experiência de Ephrata mostra que a internet não chega a ser tão essencial quanto o oxigênio, mas está quase lá. Além do crescimento econômico e da geração de empregos, conexões rápidas permitem, por exemplo, que os sistemas de saúde transmitam instantaneamente imagens complexas, liguem pacientes e médicos via </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">skype</span><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> e, assim, remova barreiras geográficas para onde a medicina pode chegar.</span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Mas é na educação, o maior nivelador de oportunidades para todos que já existiu, é que a internet rápida multiplica infinitamente as possibilidades de aprendizado da população do século 21, desde o jardim de infância à pós graduação. É uma espécie de socialismo eletrônico. Hoje, milhões de estudantes norte-americanos em diferentes níveis estudam boa parte do tempo longe do campus das universidades. Unir professores e alunos em experiências cada vez mais virtuais exigirá a banda larga que cresça exponencialmente.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">As pessoas hoje vivem cada vez mais. A internet também é fundamental para os aposentados terem uma vida independente, estando sempre em contato com médicos e familiares. Eliminando a necessidade de deslocamentos, a banda larga também tem um impacto tremendo no gasto de energia e na proteção do meio ambiente, pois as pessoas deixam de utilizar carros ou transportes públicos para trabalhar.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Nos Estados Unidos, a grande sensação da banda larga é o governo eletrônico e a participação cívica. Prefeituras de Nova York e San Francisco, por exemplo, estão fazendo sucesso com os serviços 311, especialmente via web, de contato direto com a população. Haverá um dia em que a democracia vai se tornar totalmente eletrônica, extinguindo-se o voto tradicional como conhecemos hoje e indo em direção a um “like” do Facebook.</span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b style="font-weight: normal;"><br /></b>
</span><br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.7999999999999998; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">########</span></div>
<br />Pedro Augusto Leite Costahttp://www.blogger.com/profile/05991876460866530132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7080316358416133190.post-28609510661008137102015-01-07T09:30:00.003-08:002018-10-12T09:54:18.746-07:00CELEBRATING TOM JOBIM IN SEATTLE<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<div dir="ltr" style="clear: right; float: right; line-height: 1.5; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">FOR IMMEDIATE RELEASE</span><img height="100px;" src="https://lh5.googleusercontent.com/fs94zxtbFmw47hcxsxY5jz8ELb42aSq2Ab1X5fW3wBDmifRdb9RR-OMJM4uLGgzbTXaMTgIRthIy1xDqhjORgkquu7Zo1YuQcx55yhS3HiRIhPZqzN3Jk0eV6wzF75gju35HSC4CL34" style="-webkit-transform: rotate(0rad); border: none; transform: rotate(0rad);" width="88px;" /></span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Pedro A. L. Costa</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<a href="http://brazilianconsulateinseattle.com/" style="text-decoration: none;"><span style="background-color: transparent; color: #1155cc; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: underline; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Honorary Brazilian Consulate in Seattle</span></a></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"># 253 218 9542</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">pedroalcosta@live.com </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b id="docs-internal-guid-7beef1e4-c572-7777-4d2d-ab76abc73a8a" style="font-weight: normal;"><br /></b> </span><br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;">
<span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 24px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: bold; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">CELEBRATING TOM JOBIM IN SEATTLE</span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b style="font-weight: normal;"><br /></b> </span><br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.4833333333333334; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: bold; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Life and Music of the </span><a href="http://www.thetripledoor.net/Calendar/Events/January-2015/Brazilian-Nights!-Tribute-to-Tom-Jobim-With-Jovino.aspx" style="text-decoration: none;"><span style="background-color: transparent; color: #1155cc; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: bold; text-decoration: underline; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Bossa Nova's creator </span></a><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: bold; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">will be shown in Seattle </span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.4833333333333334; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: bold; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">this January, 23</span><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 10px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; text-decoration: none; vertical-align: super; white-space: pre-wrap;">rd</span></span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b style="font-weight: normal;"><br /></b> </span><br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span></span><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">SEATTLE, January 7</span><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 10px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; text-decoration: none; vertical-align: super; white-space: pre-wrap;">th</span><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, 2015 </span><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">– </span><a href="http://brazilianconsulateinseattle.com/" style="text-decoration: none;"><span style="background-color: transparent; color: navy; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: underline; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Honorary Brazilian Consulate in Seattle</span></a><span style="background-color: transparent; color: navy; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: underline; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">,</span><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Giordano Productions and Morningsong Productions have reserved the main stage at </span><a href="http://thetripledoor.net/" style="text-decoration: none;"><span style="background-color: transparent; color: navy; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: underline; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">The T</span><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: underline; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">riple Door</span></a><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, in downtown Seattle, this January 23</span><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 10px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: super; white-space: pre-wrap;">rd </span><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">at 7:30pm for the kickoff of this year’s </span><span style="background-color: transparent; color: navy; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: underline; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Brazilian Nights Pacific Northwest</span><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> series with a celebration of the life and music of Antonio Carlos Jobim. Seattle’s adopted Brazilian Jazz Piano great Jovino Santos Neto has put together an evening dedicated to Brazil’s best-loved composer. Joining him will be vocalist </span><a href="http://www.thetripledoor.net/Calendar/Events/January-2015/Brazilian-Nights!-Tribute-to-Tom-Jobim-With-Jovino.aspx" style="text-decoration: none;"><span style="background-color: transparent; color: #1155cc; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: underline; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Maucha Adnet</span></a><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, </span><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">who performed with Jobim for 10 years, and legendary Brazilian guitarist </span><a href="http://www.romerolubambo.com/" style="text-decoration: none;"><span style="background-color: transparent; color: #1155cc; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: underline; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Romero Lubambo</span></a><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, </span><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">best known in the U.S. for his work with Kenny Barron and Diana Krall.</span></span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b style="font-weight: normal;"><br /></b> </span><br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Brazilian Nights PNW is dedicated to introducing Seattle to Brazilian artists who represent the best traditions of a culture drenched in rhythm and melody. Local Seattle musicians rooted in those same traditions will team up for evenings of music guaranteed to delight and astonish. “We want to showcase artists who are pushing Brazilian music forward while staying true to their roots, and who may not get a lot of airplay outside of Brazil. We want to see what beautiful things evolve from the cultural exchange this makes possible.” said co-producer Adriana Giordano</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Brazilian Nights PNW kicked off a successful first year last August 8</span><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 10px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: super; white-space: pre-wrap;">th</span><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, with the pyrotechnic </span><a href="http://alessandropenezzi.com/wp/" style="text-decoration: none;"><span style="background-color: transparent; color: navy; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: underline; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Alessandro Penezzi</span></a><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Trio. The audience that night had perhaps a once-in-a-lifetime chance to see three passionate players and composers working together at the height of their powers. Local musicians had a chance to learn one-on-one in workshops with these generous artists.</span></span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b style="font-weight: normal;"><br /></b> </span><br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Last September 12, the Triple Door audience was transported to the wild and mysterious natural landscapes of Brazil by soulful vocalist </span><a href="http://www.paulasantoro.com.br/" style="text-decoration: none;"><span style="background-color: transparent; color: navy; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: underline; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Paula Santoro</span></a><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">. Accompanied by pianist </span><a href="https://www.facebook.com/pages/Rafael-Vernet/122940284583797" style="text-decoration: none;"><span style="background-color: transparent; color: navy; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: underline; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Rafael Vernet</span></a><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, MS. Santoro sang out to the best in each of us, and we couldn’t help but sing back.</span></span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b style="font-weight: normal;"><br /></b> </span><br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">In October, the project closed with </span><a href="http://www.filomachado.com.br/" style="text-decoration: none;"><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Filo Machado</span></a><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, revered composer, arranger, singer, and multi-instrumentalist. Filo was joined on stage by his 11-year-old grandson Felipe, who charmed us all with his beautiful voice and left no doubt that Filo’s royal musical line will endure for generations.</span><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b style="font-weight: normal;"><br /></b> </span><br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Opening for these three shows were local artists </span><a href="http://www.encantobrazil.com/" style="text-decoration: none;"><span style="background-color: transparent; color: navy; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: underline; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">En Canto</span></a><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, </span><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Brazilian Orchestra, known for its lively and exotic melodies, Brazilian jazz and soul combo </span><a href="http://afernandez45.wix.com/entremundos" style="text-decoration: none;"><span style="background-color: transparent; color: navy; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: underline; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">EntreMundos Quarteto</span></a><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, and, of course, Seattle’s godfather of Brazilian music, pianist and composer </span><a href="http://www.jovisan.net/" style="text-decoration: none;"><span style="background-color: transparent; color: navy; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: underline; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Jovino Santos Neto</span></a><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">. </span></span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b style="font-weight: normal;"><br /></b> </span><br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Brazilian Nights PNW counts on donations from music lovers to support the project. “Every donation is used to realize the Brazilian Nights PNW project and its musical workshops”, said Pedro Augusto Leite Costa, Honorary Consul of Brazil in Seattle and one of its producers. Donations can be made to the fiscal sponsor </span><a href="http://www.jazznightschool.org/" style="text-decoration: none;"><span style="background-color: transparent; color: navy; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: underline; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Jazz Night School</span></a><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> at 206-722-6061.</span></span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b style="font-weight: normal;"><br /></b> </span><br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span></span><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Tickets are available at </span><a href="http://thetripledoor.net/" style="text-decoration: none;"><span style="background-color: transparent; color: navy; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: underline; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">thetripledoor.net</span></a><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> and 206-838-4333.</span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span></span><span style="background-color: transparent; color: #00000a; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">For further information:</span></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: transparent; color: navy; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span></span><a href="http://www.thetripledoor.net/Calendar/Events/January-2015/Brazilian-Nights!-Tribute-to-Tom-Jobim-With-Jovino.aspx" style="text-decoration: none;"><span style="background-color: transparent; color: navy; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: underline; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">thetripledoor.net</span></a></span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.5; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: navy; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span class="Apple-tab-span" style="font-family: Verdana, sans-serif; white-space: pre;"> </span></span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<br />Pedro Augusto Leite Costahttp://www.blogger.com/profile/05991876460866530132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7080316358416133190.post-54874791108804241792014-10-31T09:47:00.001-07:002024-01-06T11:06:00.284-08:00 AS MÃOS INVISÍVEIS<div class="n-header" style="font-size: 13px; line-height: 14.3px; margin-bottom: 15px;">
<span style="font-family: verdana;"><span class="date submitted">24/10/2014 às 05h00</span></span></div><div class="n-header" style="font-size: 13px; line-height: 14.3px; margin-bottom: 15px;"><span style="font-family: verdana;"><br />
</span><h1 class="title1" style="color: #333333; font-size: 30px; font-weight: normal; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; word-wrap: break-word;"><span style="font-family: verdana;">
As mãos invisíveis</span></h1>
</div>
<div class="node-author node-author-valor-share" style="border-color: rgb(209, 209, 209); border-style: solid; border-width: 4px 0px 1px; color: #333333; font-size: 12px; margin: 0px 0px 20px; overflow: hidden; padding: 9px 0px;">
<div class="valor-share-social-links-small-wrapper" style="margin-top: -8px; position: absolute; right: 0px; top: 527px; width: 176px;">
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<ul class="inline-list list-social-small left" style="float: left; margin: 0px; overflow: hidden; padding: 0px;">
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</ul>
</div>
</div>
</div>
<div class="node-author-inner"><span style="font-family: verdana;">
Por <strong>Pedro Augusto Leite Costa | Para o Valor, de Seattle</strong></span></div>
</div>
<div class="n-content" id="node-body" style="clear: both; font-size: 15px; line-height: 25px;">
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;"><span style="font-family: verdana;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO_4_q1yV9kJrvs9kZaL9YKlMkqcOTE9pSe0wgWVpcz8xlGlVvZF4mMSJCNfk8BzXyrJ3N9maAmL1J65LhOmnmhFNRYHDhv7PzZplMyC_2xHe1DuLHePXMSCgIWq83q7dgVh5BHM4TzvaNroOPOZhzrj462NNoZ327VeynM9n_t2w2rEhyfGv-67HRszAr/s474/OIP-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="474" data-original-width="474" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO_4_q1yV9kJrvs9kZaL9YKlMkqcOTE9pSe0wgWVpcz8xlGlVvZF4mMSJCNfk8BzXyrJ3N9maAmL1J65LhOmnmhFNRYHDhv7PzZplMyC_2xHe1DuLHePXMSCgIWq83q7dgVh5BHM4TzvaNroOPOZhzrj462NNoZ327VeynM9n_t2w2rEhyfGv-67HRszAr/s320/OIP-2.jpg" width="320" /></a></div><br />Incomodado com a quantidade de dinheiro despejado nas eleições brasileiras? Bem-vindo aos Estados Unidos da América. Aqui, frustrados com o blá-blá-blá inerente à democracia, bilionários estão fazendo justiça - ou o que pensam que é certo - com o próprio bolso. Desde 2010, quando a Suprema Corte liberou doações anônimas ilimitadas para candidatos ou causas, gente como os irmãos Koch, do Kansas, estão despejando bilhões de dólares para o bem ou para o mal, tentando reduzir o tamanho do governo, "de forma que ele caiba numa privada", como defende o ativista anti-impostos Grover Norquist, ou lutando pelo direito dos gays ao casamento, causa financiada pelo dono da Amazon, Jeff Bezos, ou pressionando para que o copo de Coca-Cola fique menor, como quer o ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg.</span></div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;"><span style="font-family: verdana;">
Os 492 bilionários americanos, com fortuna conjunta de US$ 2 trilhões, 100% mais do que há dez anos, estão ativos como nunca. Tom Steyer, um deles, garante que, do alto do sucesso, enxergam deficiências dos mercados (inclusive o político) e, por que pagam milhões de dólares em impostos, estão habilitados a ter mais representatividade na democracia. O best-seller "Billionaires - Reflections of the Upper Crust", do pesquisador Darrel M. West, da Brookings Institution, dá um mergulho no universo de quem não tem onde mais gastar dinheiro. Noventa e nove porcento deles votam, 84% fazem doações para candidatos, 68% contribuem para causas sociais e dois terços financiam causas republicanas ou pró-mercado.</span></div>
<div class="ml-image mdl mblue mdl-img tabela-liberar-proporcao left ml-image-preset-media_library_small_horizontal media-library-image" style="border-top-color: rgb(16, 124, 183); border-top-style: solid; border-top-width: 4px; border-top: 4px solid rgb(16, 124, 183); color: #333333; float: left; line-height: 1.2; margin-right: 20px; max-width: 240px; position: relative;">
<span style="font-family: verdana;"><a absolute="1" href="http://www.valor.com.br/sites/default/files/gn/14/10/arte24cul-701-pedro-d16.jpg" rel="colorbox-image" style="color: #388b9f; text-decoration: none;"></a><br />
</span><div class="hdr-right" style="position: absolute; right: 0px; top: 0px; z-index: 10000;">
<div class="button zoom" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: #107cb7; background-origin: initial; background-position: 9px 8px; background-repeat: no-repeat; background-size: initial; background: url(http://www.valor.com.br/sites/all/themes/basic/css/img/icons/zoom.png) 9px 8px no-repeat rgb(16, 124, 183); border: 0px; cursor: pointer; height: 31px; overflow: hidden; text-indent: -4000px; width: 31px; zoom: 1;">
</div>
</div>
<a absolute="1" href="http://www.valor.com.br/sites/default/files/gn/14/10/arte24cul-701-pedro-d16.jpg" rel="colorbox-image" style="color: #388b9f; text-decoration: none;"><span style="font-family: verdana;">
<img src="http://www.valor.com.br/sites/default/files/crop/imagecache/media_library_small_horizontal/396/0/331/216/sites/default/files/gn/14/10/arte24cul-701-pedro-d16.jpg" style="border: none; display: block;" /></span></a></div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;"><span style="font-family: verdana;">
E estão se multiplicando a um ritmo que parece sempre mais acelerado, tanto aqui como no mundo. Formam, atualmente, um time de quase 1,7 mil indivíduos (veja quadro na próxima página). Em 12 países, como a Ucrânia, são candidatos a presidente. Se continuar a festa, interesses bons ou ruins mudarão a vida do povo, aqui chamado de 99%.</span></div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;"><span style="font-family: verdana;">
Nem sempre os bilionários têm sucesso quando se metem em política. Demonizado por boa parte deles, Barack Obama foi reeleito em 2012. A reforma do sistema de saúde, vista como de natureza socialista pela direita americana, está caindo nas graças da população. A defesa do meio ambiente, como a barreira à construção do oleoduto do Canadá ao Golfo do México, está funcionando. Washington e Colorado liberalizaram a maconha, enquanto o casamento gay, que, segundo os radicais, pode destruir a humanidade, foi oficializado em vários Estados.</span></div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;"><span style="font-family: verdana;">
Essa desgulamentarização do processo político tem idas e vindas. Depois de Watergate, na década de 70, foram criados diversos mecanismos para conter a influência do poder econômico, mas, com o tempo, as coisas foram se afrouxando.</span></div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;"><span style="font-family: verdana;">
Com abastados democratas e republicanos batendo de frente, a radicalização do processo político foi às alturas, afastando principalmente os jovens. O Congresso só trabalhou oito dias desde julho e perde-se na discussão de infindáveis obsessões, como o terno marrom-claro que o presidente Obama usou recentemente em uma entrevista coletiva.</span></div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
<strong><cite dir="ltr" style="border-bottom-color: rgb(51, 51, 51); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 2px; border-bottom: 2px solid rgb(51, 51, 51); border-top-color: rgb(51, 51, 51); border-top-style: solid; border-top-width: 2px; border-top: 2px solid rgb(51, 51, 51); display: block; float: left; margin-right: 20px; margin-top: 5px; padding: 10px 0px; width: 240px;"><span style="font-family: verdana;">"Se continuarmos na trajetória de muito dinheiro e grande sigilo, as pessoas vão continuar a ser cínicas sobre política", diz West</span></cite></strong></div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;"><span style="font-family: verdana;">
O presidente reclama que, por causa disso, não consegue nomear ninguém para trabalhar no governo, pois depende da aprovação da Câmara dos Deputados, nas mãos do Partido Republicano. Também precisa se curvar anualmente aos congressistas para aumentar o teto da dívida de US$ 17 trilhões. Deixar o governo à míngua é a estratégia para diminuir sua influência, mas, como diz o ditado aqui, "você odeia o governo até precisar dele".</span></div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;"><span style="font-family: verdana;">
Para solucionar esse problema, West sugere limites de contribuição (que, oficialmente, pularam de US$ 5,8 milhões para US$ 310 milhões na última eleição, somente aquelas com dedução fiscal), transparência nas doações, governabilidade no processo e, mais ainda, oportunidade para todos, por meio da melhora da educação.</span></div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;"><span style="font-family: verdana;">
A seguir, os principais trechos de entrevista com West, vice-presidente e diretor do Center for Technology Innovation da Brookings Institution.</span></div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
<span style="font-family: verdana;"><strong>Valor:</strong> <em>Qual é o problema com os bilionários?</em></span></div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
<span style="font-family: verdana;"><strong>Darrel M. West:</strong> O problema é a combinação de concentração de riqueza, ativismo político e sigilo. Os Estados Unidos voltaram a uma era pré-Watergate, do "big money" e sigilo excessivo, o que sempre cria problemas para as democracias.</span></div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
<span style="font-family: verdana;"><strong>Valor:</strong> <em>O senhor acha que bilionários deveriam ser proibidos de participar da política e do lobby em geral, ou mesmo terem suas ações limitadas?</em></span></div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
<span style="font-family: verdana;"><strong>West:</strong> Não devemos restringir a participação de bilionários na política, mas devemos insistir em maior transparência. É importante para as pessoas comuns saber quem está financiando esforços de mudanças de políticas públicas, pois o mensageiro é tão importante quanto a mensagem no discurso político.</span></div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
<span style="font-family: verdana;"><strong>Valor:</strong> <em>Qual é a diferença dos chamados bilionários maus e bons na influência do processo eleitoral?</em></span></div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
<span style="font-family: verdana;"><strong>West:</strong> Estamos vendo o ativismo político considerável de bilionários liberais, conservadores e libertários. Muitos tentam influenciar as eleições e garantir que suas questões particulares sejam resolvidas. Um lado não é pior que o outro. Há motivos de preocupação em todo o espectro político.</span></div>
<div class="ml-image mdl mblue mdl-img tabela-liberar-proporcao left ml-image-preset-media_library_small_horizontal media-library-image" style="border-top-color: rgb(16, 124, 183); border-top-style: solid; border-top-width: 4px; border-top: 4px solid rgb(16, 124, 183); color: #333333; float: left; line-height: 1.2; margin-right: 20px; max-width: 240px; position: relative;">
<span style="font-family: verdana;"><a absolute="1" href="http://www.valor.com.br/sites/default/files/gn/14/10/arte24cul-702-pedro-d16.jpg" rel="colorbox-image" style="color: #388b9f; text-decoration: none;"></a><br />
</span><div class="hdr-right" style="position: absolute; right: 0px; top: 0px; z-index: 10000;">
<div class="button zoom" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: #107cb7; background-origin: initial; background-position: 9px 8px; background-repeat: no-repeat; background-size: initial; background: url(http://www.valor.com.br/sites/all/themes/basic/css/img/icons/zoom.png) 9px 8px no-repeat rgb(16, 124, 183); border: 0px; cursor: pointer; height: 31px; overflow: hidden; text-indent: -4000px; width: 31px; zoom: 1;">
</div>
</div>
<a absolute="1" href="http://www.valor.com.br/sites/default/files/gn/14/10/arte24cul-702-pedro-d16.jpg" rel="colorbox-image" style="color: #388b9f; text-decoration: none;"><span style="font-family: verdana;">
<img src="http://www.valor.com.br/sites/default/files/crop/imagecache/media_library_small_horizontal/0/0/302/197/sites/default/files/gn/14/10/arte24cul-702-pedro-d16.jpg" style="border: none; display: block;" /></span></a></div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
<span style="font-family: verdana;"><strong>Valor:</strong> <em>O financiamento de campanha é um problema em todos os lugares, mesmo com transparência, governança e educação. Se as pessoas normais sabem que os irmãos Koch estão atrás de algum candidato, eles vão necessariamente mudar sua opinião?</em></span></div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
<span style="font-family: verdana;"><strong>West:</strong> O mensageiro é de suma importância para os eleitores. Pessoas avaliam a fonte de informação, e isso afeta a forma como julgam o material que lhes é apresentado. Alguns eleitores liberais vão reagir negativamente se acharem que os irmãos Koch estão financiando determinadas causas, enquanto alguns eleitores conservadores vão se sentir da mesma forma sobre os candidatos apoiados por George Soros ou outros bilionários liberais.</span></div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
<span style="font-family: verdana;"><strong>Valor:</strong> <em>Por que bilionários compram jornais tradicionais, mesmo sabendo que não têm a mesma influência política que costumavam ter e estão com problemas financeiros?</em></span></div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
<span style="font-family: verdana;"><strong>West:</strong> Bilionários estão comprando jornais porque pensam que isso os ajuda a influenciar o debate público. Rupert Murdoch tem o "The Wall Street Journal" e a Fox News. Michael Bloomberg adquiriu a "BusinessWeek". E Jeff Bezos comprou o "Washington Post".</span></div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
<span style="font-family: verdana;"><strong>Valor:</strong> <em>Se o senhor tivesse apenas uma oportunidade, o que mudaria no processo político para devolver o poder às pessoas comuns?</em></span></div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
<span style="font-family: verdana;"><strong>West:</strong> A melhor mudança seria instituir maior divulgação sobre dinheiro e política. As pessoas precisam saber quem está por trás de candidatos e causas. Isso faz uma grande diferença para o eleitor médio.</span></div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
<span style="font-family: verdana;"><strong>Valor:</strong> <em>Se não fizermos nada para melhorar o processo político, o que vai acontecer com a democracia?</em></span></div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
<span style="font-family: verdana;"><strong>West:</strong> Se continuarmos na trajetória de muito dinheiro e grande sigilo, que são tóxicos para os sistemas democráticos, as pessoas vão continuar a ser cínicas sobre política. Hoje em dia, acredito que a maioria dos benefícios estão indo para grandes jogadores.</span></div>
<div class="txtcad" style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
<strong><span style="font-family: verdana;">“Billionaires - Reflections of the Upper Crust”</span></strong></div>
<div class="txtcad" style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;"><span style="font-family: verdana;">
De Darrel M. West. Brookings Institution Press, 269 págs, US$ 19,93</span></div>
</div>
<span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: 13px; line-height: 14.3px;"><br /></span>
</span><div style="font-size: 12px; font-weight: bold; line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em;"><span style="font-family: verdana;">
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<br />
Leia mais em:</span></div>
<span style="font-family: verdana; font-size: 13px; line-height: 14.3px;"><a href="http://www.valor.com.br/cultura/3746628/maos-invisiveis#ixzz3Hk3oqFQv" style="color: #003399; text-decoration: none;">http://www.valor.com.br/cultura/3746628/maos-invisiveis#ixzz3Hk3oqFQv</a></span>Pedro Augusto Leite Costahttp://www.blogger.com/profile/05991876460866530132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7080316358416133190.post-85068273599374554902014-10-06T08:12:00.002-07:002018-10-12T09:50:14.826-07:00CONTEÚDO QUE TRANSFORMA<blockquote class="olho" style="background-color: white; color: #313030; font-size: 14px; margin: 10px 0px 20px 80px; padding: 0px 0px 0px 10px; text-align: justify;">
<div id="olho" style="margin: 0px; padding: 0px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Reproduzido do <em style="margin: 0px; padding: 0px;">Valor Econômico</em>, 19/9/2014</span></div>
</blockquote>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por Pedro Augusto Leite Costa, de Seattle.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<div id="ffont" style="background-color: white; font-size: 14px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ainda não é imprensa do povo, pelo povo ou para o povo, como o presidente americano Abraham Lincoln se referiu à democracia no discurso de Gettysburg, ante um país destroçado pela Guerra Civil. Ou nem tão radical quanto o mundo idealizado por Karl Marx, para quem a primeira liberdade de imprensa consiste em não ser uma indústria. Mas o “ProPublica”, jornal eletrônico sem fins lucrativos que dá poder (e dinheiro) a duas dúzias de repórteres, não só incomoda governos, corporações e lobistas, como também revigora a própria mídia.</span></div>
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Desde 2008, quando começou a operar em Nova York com uma dotação inicial de US$ 10 milhões da Sandler Foundation, já ganhou dezenas de prêmios, inclusive dois Pulitzers, fez os leitores se arrepiarem com as histórias do furacão Katrina, estancou a prática de corromper médicos com presentes na indústria farmacêutica e pôs gente na cadeia com revelações sobre Wall Street. Foram os primeiros prêmios dessa importância a ser dados a um jornal que, como se diz aqui, não corta árvores para informar pessoas. Recentemente, o “ProPublica” anunciou que chegou a 90 parcerias na imprensa tradicional, a começar pelo maior de todos os jornais, o “New York Times”.</span></div>
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/JooFUGITWg8/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/JooFUGITWg8?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Segredo do sucesso? “Dar poder aos repórteres para decidir quanto tempo [e outros recursos] será necessário para investigar uma boa história”, diz Stephen Engelberg, o editor-chefe que fez carreira como repórter investigativo do “Times” (veja entrevista na pág. 26). “Mas o fundamental é que os nossos parâmetros de sucesso não são medidos pela audiência ou pela lucratividade e, sim, pelas transformações na sociedade que ajudamos a promover por meio da informação”, ressalta.</span></div>
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A onda do chamado conteúdo transformador, ou consequente, como se dizia nos anos 70, longe das celebridades e outras aberrações, já atinge pelo menos 170 jornais sem fins lucrativos nos Estados Unidos, geralmente financiados por organizações que não querem deixar o jornalismo morrer: o Centro Knight para o Jornalismo nas Américas, a MacArthur Foundation, o Pew Research Center, a Ford Foundation e a Carnegie Corporation of New York, entre outras. “Não somos a solução para o futuro do jornalismo tradicional, que está sobre um tremendo estresse, mas apenas uma parte do que se tornará esse setor no futuro”, afirma Engelberg.</span></div>
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Explosão de negócios</span></strong></div>
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Organizações sem fins lucrativos na mídia americana remontam a 1846, quando foi fundada uma das maiores agências de notícias do mundo, a Associated Press, hoje com 3 mil jornalistas e 243 escritórios em 96 países. Há também outros exemplos de sucesso, como um dos melhores jornais americanos, “The Christian Science Monitor” ou a revista “Consumer Reports”, a bíblia da defesa do consumidor, o jornal de esquerda “Mother Jones” ou a PBS ou a NPR, as emissoras públicas de TV e rádio dos Estados Unidos, que funcionam basicamente com as doações da audiência. Apesar de sucesso, o jornalismo filantrópico ainda representa apenas 1% do faturamento da mídia no país.</span></div>
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O que se discute agora, no entanto, é se esse formato acabará se tornando majoritário no jornalismo americano, em que a publicidade caiu 49% nos últimos cinco anos, o que motivou a demissão de boa parte dos quase 100 mil jornalistas que atuavam no país, segundo a Newspaper Association of America. Um levantamento do Pew Research Center analisou as finanças, o tráfego on-line e a audiência entre 18 jornais sem fins lucrativos e descobriu que o faturamento está aumentando, os modelos de negócio estão se diversificando e a audiência está começando a crescer.</span></div>
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A receita com a publicidade nos jornais americanos é apenas 46% do que era há sete anos (embora o faturamento on-line esteja aumentando exponencialmente, com ênfase em mobilidade), os 150 mil jornalistas americanos foram reduzidos a 53 mil – o menor nível desde 1978 – e, segundo o Pew, os jornais estão perdendo leitores não somente por causa das redes sociais, mas pela baixa qualidade. A publicidade é ainda a grande fonte de receita (69%), enquanto crescem os meios pagos pela própria audiência (24%) e os meios filantrópicos ou investimentos de capitalistas de risco (1%).</span></div>
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mais de 15% dos adultos americanos hoje consultam mídia sociais para se informar sobre praticamente tudo. E, mais ainda, segundo o American Press Institute, 69% acessam notícias em celular ou tablet. Ou seja, a solução (até agora, pois pode ainda mudar) é misturar a geração de notícias, mídias sociais e mobilidade em uma só plataforma, como tenta o jornal “The New York Times” em seu novo serviço, o NYT Now. Como compara o articulista da revista “Wired” Frank Rose, os smartphones estão trazendo uma era dourada para o jornalismo. “Se você andasse de metrô em Nova York há alguns anos, veria que os passageiros competiam na arte de dobrar os jornais várias vezes, de forma que não incomodassem outros passageiros. O jornal ficava do tamanho de um tablet – é o que estamos vendo hoje com a leitura de notícias nos celulares.”</span></div>
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como indústria, a produção de notícias nos Estados Unidos gera US$ 65 bilhões por ano, segundo uma pesquisa do Pew Research Center. O mesmo instituto chama a atenção para a escala: só o Google, que afetou boa parte indústria jornalística com o Google News, gera US$ 58 bilhões ao ano. O setor tecnológico hoje tem tanto dinheiro que praticamente está transformando o meio (tablets, celulares e games, por exemplo) em mensagem. Daí a explosão de negócios, como a compra do “Washington Post” pelo bilionário Jeff Bezos, da Amazon, ou dos investimentos de outro bilionário, Pierre Omidyar, fundador da Ebay, no First Look Media, ou ainda a compra do “News Republic” por um terceiro bilionário, Chris Hughes, cofundador do Facebook.</span></div>
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">***</span></div>
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os melhores serão os escolhidos</span></strong></div>
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista com Stephen Engelberg, editor-chefe do “ProPublica”, jornal eletrônico sem fins lucrativos.</span></div>
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<em style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Qual é o segredo para ganhar tantos prêmios em tão poucos anos de vida?</span></em></div>
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Stephen Engelberg</strong> – Dar tempo, dinheiro e poder aos repórteres para decidir sobre os assuntos que querem investigar. Sabemos que boas reportagens exigem tempo de investigação, e isso pode demorar dias, meses ou anos. Um dos nossos Pulitzers foi ganho com a reportagem de Sheri Fink, que, também sendo médica com Ph.D., utilizou seus conhecimentos e contatos durante mais de um ano para investigar a história [“Escolhas mortais no Hospital Memorial”, sobre as decisões que muitos médicos tiveram que tomar sobre quem viveria ou não durante o furacão Katrina em 2009].</span></div>
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<em style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Qual é o salário dos seus jornalistas?</span></em></div>
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">S.E.</strong> –Temos diferentes níveis, desde US$ 40 mil, US$ 50 mil por ano, até US$ 180 mil, US$ 190 mil para os profissionais mais experientes.</span></div>
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<em style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como funciona o modelo de negócio?</span></em></div>
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">S.E.</strong> –Basicamente, temos cerca de três mil doadores, que pagam desde US$ 5 até milhões de dólares anualmente. No início, recebemos US$ 10 milhões anuais da Sandler Foundation, mas agora estamos diminuindo essa dependência. Arrecadar dinheiro demanda muito tempo e muito esforço, mas o nosso sucesso ajuda nessa arrecadação. Temos também de tomar cuidado com as doações, pois não aceitamos que os doadores interfiram no nosso conteúdo. O certo é que gastamos US$ 0,85 do que recebemos naquilo que interessa: jornalismo de qualidade. Empresas tradicionais de mídia gastam somente US$ 0,15 em jornalismo.</span></div>
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<em style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O jornalismo do futuro será uma atividade sem fins lucrativos?</span></em></div>
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">S.E.</strong> –Acho que estamos caminhando para um futuro no qual haverá uma mistura de jornalismo pago pela publicidade, e nesse ponto espero que o “The New York Times” continue fazendo o sucesso que sempre fez, e modelos como o nosso e ainda muitos outros. A competição é muito maior hoje do que quando comecei no jornalismo. E isso é ótimo. Vencerá quem tiver o melhor conteúdo.</span></div>
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<em style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas as redes sociais não estão matando o jornalismo?</span></em></div>
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">S.E.</strong> –Veja o exemplo do Buzz Feed, que está fazendo um tremendo sucesso com a sua audiência on-line e está utilizando este dinheiro para investir em reportagens investigativas. Veja também o exemplo da Al-Jazeera, que está investindo milhões de dólares para conquistar a audiência americana. O futuro vai ser um pouco disso tudo, e isso é ótimo para a nossa democracia.</span></div>
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<em style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como o senhor mede o sucesso do “ProPublica”?</span></em></div>
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">S.E.</strong> –Sem dúvida não é pelo dinheiro que ganhamos ou pelo tamanho da nossa audiência, mas sim pelas mudanças que ajudamos a promover na sociedade. É o chamado jornalismo comprometido com as mudanças. No entanto, não fazemos campanhas, apenas reportagens. Temos leitores de todos os tipos, mas principalmente gente educada que exige maior nível de aprofundamento nas questões que levantamos.</span></div>
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<em style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Qual é a sua reportagem favorita no “ProPublica”?</span></em></div>
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">S.E.</strong> –Não tenho favoritismo entre os filhos gerados aqui, mas tenho orgulho que muitos deles ajudaram a corrigir falhas no sistema americano de saúde, como nos casos de pagamentos das empresas farmacêuticas aos médicos ou na reportagem sobre os riscos associados ao remédio Tylenol.</span></div>
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<em style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Parte do sucesso de vocês se deve à intensa utilização de bancos de dados.</span></em></div>
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">S.E.</strong> –Sim, utilizamos parte da nossa equipe para coletar dados que hoje em dia estão disponíveis na internet, mas pouca gente tem paciência de coletá-los e ordená-los em uma forma que seja palatável para o grande público.</span></div>
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<em style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Vocês estariam reinventando o jornalismo?</span></em></div>
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">S.E.</strong> –Não temos a pretensão de reinventar o jornalismo, mas humildemente dizemos que, sem dúvida, somos parte dessa resposta.</span></div>
<div style="color: #313030; font-size: 11pt; line-height: 16pt; margin-bottom: 20px; padding: 0px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">***</span></div>
<div id="rdpe" style="margin: 0px; padding: 0px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pedro Augusto Leite Costa, para <em style="margin: 0px; padding: 0px;">Valor Econômico</em>, em Seattle</span></div>
</div>
Pedro Augusto Leite Costahttp://www.blogger.com/profile/05991876460866530132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7080316358416133190.post-10129610754144059582014-04-03T10:03:00.001-07:002015-07-15T09:50:32.406-07:00COMO O SEAHAWKS GANHOU O SUPER BOWL<div dir="ltr" style="line-height: 1.428571; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-family: Verdana; font-size: 15px; line-height: 1.428571; white-space: pre-wrap;">Por Pedro Augusto Costa, de Seattle</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.428571; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.428571; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Seattle -</span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Quase um milhão de fãs, a maioria com o "12" no peito, ou o décimo-segundo jogador - festejaram a vitória do Seahawks no Super Bowl numa manhã gelada da cidade onde chove ou chuvisca, em média, 184 dias por ano. Nenhuma ocorrência policial foi registrada. A vitória de 43 a 8 sobre os Broncos, de Denver, foi resultado de uma rara combinação de tecnologia, meditação, a torcida mais barulhenta da história da NFL, a liga do futebol americano e, mais ainda, um estádio futurista em forma que concha que funcionou como uma fonte energética para os jogadores durante boa parte da temporada.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.428571; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A cidade que popularizou o computador pessoal, o varejo eletrônico, os cafés de 4 dólares e a filantropia bombar a performance dos jogadores - como medidores de stress nos iPads ou de batimentos cardíacos nos iPhones. Foi também a terra em que se utilizou um artifício inusitado num esporte de brutamontes, alvo de escândalos de</span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 15px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> dopping,</span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> suicídios e corrupção: a meditação zen (não obrigatória), a yoga (obrigatória) a comida natural e local (não tem outra no centro de treinamento) e, porque não, o tradicional divã.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.428571; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Pete Carroll, o californiano que liderou o time de Paul Allen, o co-fundador da Microsoft, reinventou o treinamento deste esporte depois que foi demitido do Patriots, quando presenciou ex-jogadores ficarem inutilizados pelo bate-cabeça dos jogos e, gota dágua da transformação, viu um jogador do Kansas matar a esposa no gramado e em seguida dar um tiro na cabeça.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.428571; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Daí para frente, reavaliou seu espírito ultra competitivo, contratou psicólogos, nutricionistas e </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 15px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">geeks </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">para ajudá-lo a, segundo ele, "vencer de outras maneiras". Em poucos meses, a sede dos Seahawks às margens do Lago Washington, em Renton, cidade dormitório perto de Seattle, transformou-se num mosteiro, onde se comem preferencialmente vegetais, medita-se pelo menos meia hora por dia e, acima de tudo, escuta-se o que gente como o quarterback Russell Wilson, 1,80 e 96 quilos, tem a dizer sobre o relacionamento com a mulher, a educação dos filhos e até a saúde do cachorrinho.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.428571; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A conclusão é que o mundo dos esportes está mudando, e com eles também os jogadores de futebol americano. O Seahawks, que hoje vale 1,1 bilhão de dólares, bem mais dos 196 bilhões que Alen investiu em 1996, sempre foi um time de importância inversamente proporcional ao tamanho de sua torcida, algo como o América mineiro ter um legião de fãs tão grande e apaixonada quanto à do Flamengo. A única saída seria fazer algo diferente, como entender o que se passa por dentro de jogadores alçados à fama repentinamente, muitos deles expelidos de lares violentos, sem a figura paterna, em bairros de cidades americanas onde, como se diz, filho chora e a mãe não escuta.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.428571; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: bold; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Máquina de dinheiro -</span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> O Seahawks está liderando a mudança no futebol americano porque o esporte, um jogo de estratégia de conquista de espaços, mesmo que ínfimos, está sob intensa pressão do público, inclusive de Barack Obama ("eu não deixaria meus filhos jogarem") diante dos repetidos casos de </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 15px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Encefalopatia Traumática Crônica</span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.428571; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-N9lHetDAARI/Uz2TuQ_DT1I/AAAAAAAAOac/f1b_fIzTfbA/s1600/a839be01e8ede7f7bb4bdd3dd92d63aa.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="180" src="http://2.bp.blogspot.com/-N9lHetDAARI/Uz2TuQ_DT1I/AAAAAAAAOac/f1b_fIzTfbA/s1600/a839be01e8ede7f7bb4bdd3dd92d63aa.jpeg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="line-height: 21.428564071655273px; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: x-small;">Russell Wilson, Quarter Back</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A CET, como é conhecida, é uma doença degerativa do cérebro advinda de constantes concussões, a mesma que ocorre com os jogadores de boxe, e que gera dificuldade de fala, falhas de memória e perda do controle motor. Muhammed Ali, o genial Cassius Clay, é o maior exemplo que acontece com o ser humano depois de levar infindáveis pancadas na cabeça.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.428571; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Um acordo judicial para pagar indenização a ex-jogadores vítimas da "demência pugilistica", como a doença é conhecida, chegou a mais de 700 milhões de dólares, mas ao invés de extinguir ou mesmo reduzir a violência do esporte que gera quase 70 bilhões de dólares anuais (em média 30 dólares por cada fã dos 32 times), e 12,7 bilhões de contratos com a NBC, Fox e ESPN - os dirigentes tentam medidas mais humanas em relação ao centro do espetáculo, o jogador. </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.428571; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O objetivo é não tratar os jogadores como objetos, ou máquinas de </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 15px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">touch downs</span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, o gol do futebol norte-americano, e sim entendê-los para, entendendo-os, fazê-los visualizarem vitórias, disse o terapeuta familiar Jimmy Stwart à ESPN.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.428571; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">"Fazemos um trabalho imaginário sobre o princípio de sermos especiais" diz Mike Gervais, o psicólogo líder, sobre seu trabalho com Wilson, que sendo o </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 15px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">quarterback</span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> é cabeça do time, o início de todas as jogadas, o que Gerson fazia em 1970. 'Falamos sobre viver o momento e, também, aumentar o caos através da prática - assim quando ele (Russell) entra em campo ele está mais relaxado".</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.428571; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Todos os jogadores do time - e são 91, um plantão de mais 105 milhões de dólares anuais - ouvem diariamente mantras como "acalmem suas mentes", "foquem sua atenção para o interior", ou "visualizem o sucesso", "faça seu trabalho melhor do que você sempre fez" etc. Algo bem diferente dos tempos onde técnicos como Bear Bryant bania os intervalos para o pessoal tomar água, Mike Rice atirava bolas de basquete na cabeça dos jogadores, Vince Lombardi gritava e ameaçava seus comandados ou Nick Saban conseguia reduzir a zero a estima dos jogadores na beira do gramado.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.428571; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O futebol americano, tão complexo e estratégico quanto um jogo de xadrez, só existe nos Estados Unidos. Lembra o ambiente militar, com super-homens de capacete, ombreiras e malhas que realçam os músculos dos jogadores. É uma espécie de clube do Bolinha, um jogo de machos para machos, onde mulher não entra.</span></div>
<span id="docs-internal-guid-3aa27c5c-2886-9178-3395-039c53b07edc"></span><br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.428571; margin-bottom: 8pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Nos jogos a bandeira americana é espalhada por todo o gramado por militares. Mostra-se sempre ao vivo na TV soldados que estão em alguma guerra, como no Afeganistão, o hino nacional é cantado por celebridades, com toda a audiência com a mão no coração, tornando-se um espetáculo de patriotismo assistido no Super Bowl por 112 milhões de fãs nos Estados Unidos, quase metade da população, e cerca de 1 bilhão em todo mundo. Daí o anúncio de 30 segundos na TV ser o mais caro de todos: US$ 3,5 milhões por 30 segundos.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Verdana; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
</div>
Pedro Augusto Leite Costahttp://www.blogger.com/profile/05991876460866530132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7080316358416133190.post-5689571560832237162013-05-08T15:08:00.004-07:002024-01-06T11:07:43.775-08:00O HOMEM QUE FEZ DA FOX NEWS UMA CAMPEÃ DE AUDIÊNCIA<br />
<div class="n-header" style="font-family: Georgia, "Times New Roman", Times, serif; font-size: 13px; line-height: 14px; margin-bottom: 15px;">
<h1 class="title1" style="color: #333333; font-family: "coranto bold", georgia, "times new roman", times; font-size: 30px; font-weight: normal; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; word-wrap: break-word;">
<span face="Arial, Helvetica, sans-serif" style="font-size: 12px;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVRg9yU5a5_veAXS2E1A3lkYzTTQoIeWiVvWHCjvB__kbivT1AwhkZqJwWUmvOqr-j95c57D4HmnsiyPgtPJB59QrzCbeisbxE1rootIPqLy1O9gGmaWY9ksixyRqe6GIElt2gv7SAQBoRZH-Id6-GBeQrQuFvICAUHOGYlrKIDM-7oSm9PtM-nKSHVv4F/s180/OIP-3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="180" data-original-width="128" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVRg9yU5a5_veAXS2E1A3lkYzTTQoIeWiVvWHCjvB__kbivT1AwhkZqJwWUmvOqr-j95c57D4HmnsiyPgtPJB59QrzCbeisbxE1rootIPqLy1O9gGmaWY9ksixyRqe6GIElt2gv7SAQBoRZH-Id6-GBeQrQuFvICAUHOGYlrKIDM-7oSm9PtM-nKSHVv4F/s1600/OIP-3.jpg" width="128" /></a></div><br />Por</span><span face="Arial, Helvetica, sans-serif" style="font-size: 12px;"> </span><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Pedro Augusto Leite Costa | Para o Valor, de Seattle</strong></h1>
</div>
<div class="n-content" id="node-body" style="clear: both; font-family: Georgia, "Times New Roman", Times, serif; font-size: 15px; line-height: 25px;">
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
</div>
<div class="node-body">
<div class="node-body">
<div class="ml-image mdl mblue mdl-img right ml-image-preset-media_library_small_horizontal media-library-image" style="border-top-color: rgb(16, 124, 183); border-top-style: solid; border-top-width: 4px; border-top: 4px solid rgb(16, 124, 183); color: #333333; float: right; line-height: 1.2; margin-left: 20px; max-width: 240px; position: relative;">
<a absolute="1" href="http://www.valor.com.br/sites/default/files/gn/13/04/foto30cul-111-pedro-d3.jpg" rel="colorbox-image" style="color: #388b9f; text-decoration: none;"></a><br />
<div class="hdr-right" style="position: absolute; right: 0px; top: 0px; z-index: 10000;">
<div class="button zoom" style="background-color: #107cb7; background-image: url(http://www.valor.com.br/sites/all/themes/basic/css/img/icons/zoom.png); background-position: 9px 8px; background-repeat: no-repeat; border: 0px; cursor: pointer; height: 31px; overflow: hidden; text-indent: -4000px; width: 31px; zoom: 1;">
</div>
</div>
<span class="ml-caption" face="Arial, Helvetica, sans-serif" style="font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 1.2;">Ailes deu voz aos conservadores, até então órfãos de uma TV que os representasse</span></div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
Quer arrancar US$ 1 bilhão de Rupert Murdoch, o magnata mundial da mídia? Fale com Roger Ailes, o homem mais poderoso dos Estados Unidos, na opinião do presidente Barack Obama. Ailes revolucionou o jornalismo americano com uma fórmula simples: dar voz aos conservadores republicanos, metade da população do país, até então órfãos de uma TV que os representasse.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
Em 1996, ainda no comando do canal de finanças CNBC, Ailes foi chorar as pitangas com Murdoch. Ambos, almas gêmeas conservadoras, lamentavam a falta de uma TV que não seguisse a retórica da esquerda democrata, mas que glorificasse o patriotismo, os conservadores, a "verdadeira América" e, acima de tudo, não desse a mínima para a onda do "politicamente correto" que ocupou o país no início da década de 1990. A resposta seria a Fox News.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
- Quanto isso vai me custar?, indagou Murdoch.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
- De US$ 900 a US$ 1 bilhão..... e você ainda poderá perder tudo, chutou Ailes.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
- Pode fazer isso?, replicou.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
- Sim.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
- Então vá em frente e faça, comandou Murdoch.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
Hoje, a Fox News é a sede do império do magnata. Criticada por ser tudo, menos "justa e equilibrada", como diz seu slogan - a audiência da Fox é maior que todos os outros canais a cabo somados. Além da máquina de fazer dinheiro, e de ter ambiente tão hostil para a esquerda quanto Teerã é para os infiéis, o canal é o filho favorito de Ailes, que anualmente ganha US$ 21 milhões (metade em bônus por performance), e recentemente virou tema de biografia do jornalista Zev Chafets, com o título "Off Camera".</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
Ailes, que já foi comparado pelo concorrente Ted Turner da CNN a Joseph Goebbels, o gênio da propaganda de Adolf Hitler (no caso, Murdoch), não é chegado a jornalistas, embora seja afável no trato pessoal. É o que se chama nos EUA de "operador" político. Baixo, calvo, barriga saliente, é o instrumento dos republicanos para, segundo eles, calar os democratas e trazer de volta a América idealizada pelos "pais fundadores": governo limitado (se possível, sem poder nenhum), império da iniciativa privada, nada de almoço grátis para os pobres (senão eles acostumam), redução drástica dos impostos e todo mundo armado até os dentes, pois os inimigos da América estão na próxima esquina.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
Embora homem de bastidores, é herói entre os republicanos. Recuperou Richard Nixon da derrota para John F. Kennedy em 1960 com anúncios que devastaram Michael Dukakis, seu oponente democrata em 1968. Estimulou Ronald Reagan a não dar a mínima para os detalhes e fixar-se nas grandes ideias e, por fim, também ajudou George Bush (pai) a se eleger presidente, também com propaganda devastadora. Ensina os candidatos a bater nos oponentes e, em seguida, alisar o coração da audiência falando de crianças perdidas, aborto, serviços de saúde.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
Um de seus melhores conselhos foi na eleição de Reagan. Já estava com 74 anos, tinha lapsos de memória e não conhecia detalhes de muitos assuntos, especialmente os que envolvessem números. Ailes é autor da frase pronunciada por Reagan quanto debatia com Walter Mondale, o candidato democrata bem mais novo: "Não vou fazer da idade um assunto para esta campanha - não vou explorar para fins políticos a juventude e a falta de experiência do meu oponente." Todo mundo riu, inclusive Mondale. Reagan ganhou a eleição e, radicalmente, trouxe de volta a América aos trilhos republicanos.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
Para manter seu público cativo, os conservadores, a direita evangélica e os chamados falcões - gente que prefere a guerra à diplomacia -, a Fox News vende o medo: dos terroristas, dos homossexuais, dos estrangeiros, das bombas atômicas (de outros países) e dos liberais. O ataque às Torres Gêmeas foi o gatilho para a Fox revelar a que veio para dominar o mercado. Radicais foram convidados a dar entrevistas, a bandeira americana permaneceu tremulando no canto direito do vídeo, e sinais de "alerta ao terror" graduados por cor foram fixados na tela 24 h por dia. A audiência chega a cerca de 125 milhões de lares americanos num país de 311 milhões de habitantes.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
Acima de tudo, Ailes colocou expoentes do jornalismo reacionário no ar, como Bill O'Reilly, leão de chácara que diariamente, às 20h - o horário nobre - caça e ameaça os "inimigos da América", manda os entrevistados se calarem e quase já foi às vias de fato com dezenas. O'Reilly, assim como Ailes e a Fox News, já estão há quase duas décadas no ar e seu sucesso ainda não foi entendido pelo resto da mídia, dominada pelos liberais. Criou-se até um canal para combatê-los, a MSNBC, que tem baixa audiência e faz o mesmo papel da Fox, só do que lado contrário.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
A quem o acusa de destruir o jornalismo, Ailes diz que a Fox trouxe de volta a objetividade à profissão: "Não favorecemos os conservadores", diz, "apenas não eliminamos seus pontos de vista".</div>
<h2 style="font-size: 15px; margin: 0px;">
"Off Camera"</h2>
<div class="txtcad" style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
De Zev Chafets. Sentinel Books, 272 págs., US$ 26,95</div>
</div>
</div>
</div>
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 13px; line-height: 14px;"><br /></span>
<div style="font-size: 12px; font-weight: bold; line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 13px; line-height: 14px;">© 2000 – 2012. Todos os direitos reservados ao Valor Econômico S.A. . Verifique nossos Termos de Uso em <a href="http://www.valor.com.br/termos-de-uso" style="color: #388b9f; text-decoration: none;">http://www.valor.com.br/termos-de-uso</a>. Este material não pode ser publicado, reescrito, redistribuído ou transmitido por broadcast sem autorização do Valor Econômico.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 13px; line-height: 14px;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 13px; line-height: 14px;">Leia mais em:</span></div>
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 13px; line-height: 14px;">
<a href="http://www.valor.com.br/cultura/3105408/o-homem-que-fez-fox-news-ser-campea-de-audiencia#ixzz2Sk2PN2aJ" style="color: #003399; text-decoration: none;">http://www.valor.com.br/cultura/3105408/o-homem-que-fez-fox-news-ser-campea-de-audiencia#ixzz2Sk2PN2aJ</a></span>Pedro Augusto Leite Costahttp://www.blogger.com/profile/05991876460866530132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7080316358416133190.post-32951747576196839562013-05-08T14:54:00.004-07:002013-05-08T14:54:47.316-07:00Why Seattle loves Brazil? <br />
<div class="OutlineElement Ltr SCX148092660" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 8px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="Paragraph SCX148092660" paraid="1741739336" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-size: 6pt; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-wrap: break-word;">
<br /></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX148092660" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 8px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="Paragraph SCX148092660" paraid="954420365" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-size: 6pt; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-wrap: break-word;">
<span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; font-style: italic; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">Article written for the Rotary Club of Seattle.</span></div>
<div class="Paragraph SCX148092660" paraid="954420365" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-size: 6pt; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-wrap: break-word;">
<span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; font-style: italic; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"><br /></span></div>
<div class="Paragraph SCX148092660" paraid="954420365" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-size: 6pt; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-wrap: break-word;">
<span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; font-style: italic; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"><br /></span></div>
<div class="Paragraph SCX148092660" paraid="954420365" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-size: 6pt; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-wrap: break-word;">
<span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; font-style: italic; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">Although we are more than</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; font-style: italic; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; font-style: italic; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">seven </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; font-style: italic; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">thousand miles from the South American giant, </span><span class="EOP SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX148092660" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 8px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="Paragraph SCX148092660" paraid="1757543568" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-size: 6pt; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-wrap: break-word;">
<span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; font-style: italic; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">Seattle </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; font-style: italic; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">is </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; font-style: italic; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">as </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; font-style: italic; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">present </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; font-style: italic; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">as ever</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; font-style: italic; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; font-style: italic; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">in the Brazilian economy. </span><span class="EOP SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX148092660" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 8px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="Paragraph SCX148092660" paraid="1643587779" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-size: 6pt; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-wrap: break-word;">
<span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; font-style: italic; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">Now it's time for small and medium entrepreneurs.</span><span class="EOP SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX148092660" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 8px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="Paragraph SCX148092660" paraid="531696814" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-size: 6pt; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-wrap: break-word;">
<br /></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX148092660" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 8px; margin: 0px; padding: 0px; text-indent: 221px;">
<div class="Paragraph SCX148092660" paraid="1528128830" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-size: 6pt; padding: 0px; text-align: right; vertical-align: baseline; word-wrap: break-word;">
<span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; font-weight: bold; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">* Pedro Augusto </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; font-weight: bold; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"><span class="SpellingError SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; background-image: url(data:image/gif; background-position: 0% 100%; background-repeat: repeat no-repeat; border-bottom-color: transparent; border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; margin: 0px; padding: 0px;">Leite</span></span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; font-weight: bold; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> Costa</span><span class="EOP SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX148092660" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 8px; margin: 0px; padding: 0px; text-indent: 221px;">
<div class="Paragraph SCX148092660" paraid="165775430" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-size: 6pt; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-wrap: break-word;">
<br /></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX148092660" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 8px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="Paragraph SCX148092660" paraid="1934186766" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-size: 6pt; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-wrap: break-word;">
<span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">You, who </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">lives</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> in Washington State, might be aware of some of </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">the </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">Seattle businesses invested in the economy of the sixth economic power in the world. But here </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">it </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">is worth recalling:</span><span class="EOP SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX148092660" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 8px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="Paragraph SCX148092660" paraid="86208134" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-size: 6pt; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-wrap: break-word;">
<span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">- Boeing deals with Brazil as one of its priority markets, not only for having two large customers, TAM and GOL, but also because the Brazilian government urgently needs to renew its Air Force. Recently, the company has established a research center in the yard of </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">Embraer</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">, the Brazilian Boeing.</span><span class="EOP SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX148092660" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 8px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="Paragraph SCX148092660" paraid="1886867962" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-size: 6pt; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-wrap: break-word;">
<span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">- Amazon is already present in Brazil with </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">its</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">web</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">-</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">service</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">s</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">, but is now increasing </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">its</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> business</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">in the country</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> with the retail division and Kindle. After all, the company name was fished from the world's largest river by volume of water, which by the way is bordered by the world's largest rainforest, the lungs of the planet.</span><span class="EOP SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX148092660" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 8px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="Paragraph SCX148092660" paraid="1292968613" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-size: 6pt; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-wrap: break-word;">
<span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">- Starbucks started in 2007 in Brazil, the largest coffee producer in the world, with only 30 stores. </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">D</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">oing very well</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">,</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> especially in Rio and São Paulo</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">, </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">Starbucks fell</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> in love with Brazilians</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">.</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> The s</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">ame store </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">in </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">Seattle is reproduced exactly in Brazilian cities, but with the addition of </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">“</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"><span class="SpellingError SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; background-image: url(data:image/gif; background-position: 0% 100%; background-repeat: repeat no-repeat; border-bottom-color: transparent; border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; margin: 0px; padding: 0px;">Pao</span></span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> de </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"><span class="SpellingError SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; background-image: url(data:image/gif; background-position: 0% 100%; background-repeat: repeat no-repeat; border-bottom-color: transparent; border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; margin: 0px; padding: 0px;">Quejo</span></span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">”</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">, the famous cheese bread </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">is a hit</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> there.</span><span class="EOP SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX148092660" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 8px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="Paragraph SCX148092660" paraid="531939564" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-size: 6pt; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-wrap: break-word;">
<span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">- </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"><span class="SpellingError SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; background-image: url(data:image/gif; background-position: 0% 100%; background-repeat: repeat no-repeat; border-bottom-color: transparent; border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; margin: 0px; padding: 0px;">Livemocha</span></span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">, the largest social network of language teaching in the world, </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">has had</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> tremendous success in Brazil, which has more than four million of the 14 million users. Recently, the operation was sold </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">in Brazil to</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> the group Education in April, the country's largest</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> publishing house</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">, for a few million dollars. Rosetta Stone </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">has </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">now just bought </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"><span class="SpellingError SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; background-image: url(data:image/gif; background-position: 0% 100%; background-repeat: repeat no-repeat; border-bottom-color: transparent; border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; margin: 0px; padding: 0px;">Livemocha</span></span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> in </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">order </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> to</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> invest tremendously in Brazil.</span><span class="EOP SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX148092660" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 8px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="Paragraph SCX148092660" paraid="227137655" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-size: 6pt; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-wrap: break-word;">
<span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">F5, </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"><span class="SpellingError SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; background-image: url(data:image/gif; background-position: 0% 100%; background-repeat: repeat no-repeat; border-bottom-color: transparent; border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; margin: 0px; padding: 0px;">Inrix</span></span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">, </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"><span class="SpellingError SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; background-image: url(data:image/gif; background-position: 0% 100%; background-repeat: repeat no-repeat; border-bottom-color: transparent; border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; margin: 0px; padding: 0px;">BigFish</span></span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> and hundreds of other companies based in Seattle </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">are </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">also part of this gold rush to Brazil. Seattle, which until recently only paid attention to China and other Asian countries, now loves Brazil.</span><span class="EOP SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX148092660" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 8px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="Paragraph SCX148092660" paraid="565574178" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-size: 6pt; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-wrap: break-word;">
<span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">And vice versa.</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> More than Miami or New York</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">, </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> where</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">much of the 1.2 million Brazilians living in the United States</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> are centralized</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">, Seattle is a favorite destination for Brazilians in the United States. There is a natural enchantment with the sea, the mountains and, </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">I dare to</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> say, the rain that falls here and in Brazil.</span><span class="EOP SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX148092660" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 8px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="Paragraph SCX148092660" paraid="243329252" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-size: 6pt; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-wrap: break-word;">
<span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">Brazil has finally arrived onto </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">the </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">world stage, and this fact brings a lot of opportunities for </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; font-style: italic; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">Washingtonians</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">, especially in the areas of airspace, biotechnology and Internet related businesses. Furthermore, to celebrate our culture and what a recent CNN's pool announced as Brazilians being </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">" the</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> most friendly and nicest people on earth", the Seattle Art Museum is planning a huge exhibition of Brazilian Modern Art, spanning from the sixties till the present.</span><span class="EOP SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX148092660" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 8px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="Paragraph SCX148092660" paraid="354743420" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-size: 6pt; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-wrap: break-word;">
<span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">On the economical side, Brazil's main indicators demonstrate that the country is riding out of the present financial crisis much faster than many of the developed countries. Last year, after decades dogged by its boom-and-bust economy, it got to the top of the league table when Moody’s upgraded it to investment grade status. </span><span class="EOP SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX148092660" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 8px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="Paragraph SCX148092660" paraid="942545066" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-size: 6pt; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-wrap: break-word;">
<span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">Figures released recently show Brazil´s economy is growing fast, annually. We now have a "middle class" market of 140 million people, avid to buy products and services, especially from the USA, our favorite country in the World. </span><span class="EOP SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX148092660" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 8px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="Paragraph SCX148092660" paraid="1237019228" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-size: 6pt; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-wrap: break-word;">
<span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">Brazilians are the third large</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">st</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> spender in the United States, </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">notably</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> in Florida real estate. They are spending US$ 5.918,00 per capita every visit they make to the U.S., an increment of 250% since 2003, following only behind the British and the Japanese. </span><span class="EOP SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX148092660" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 8px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="Paragraph SCX148092660" paraid="875324302" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-size: 6pt; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-wrap: break-word;">
<span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">In the business sector, Brazilians own companies such as Anheuser-Busch, Burger King, Swift and several steel mills in this country. </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">Embraer</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> (our Boeing) is the third largest aircraft manufacturer in the world and there have been in talks over Boeing working together. </span><span class="EOP SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX148092660" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 8px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="Paragraph SCX148092660" paraid="224940710" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-size: 6pt; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-wrap: break-word;">
<span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">In the past years, Brazil has discovered the largest oil deposits in the country's history and the World’s most promising fields since the discoveries made in Kazakhstan, in 2000. </span><span class="EOP SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX148092660" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 8px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="Paragraph SCX148092660" paraid="424002431" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-size: 6pt; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-wrap: break-word;">
<span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">It expects to go from production of between 2 and 2.4 million barrels of petroleum daily to 5.7 million in 2020. The discoveries in the pre-salt layer, first announced in late 2007, could eventually lead to a nearly </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">to a </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">six-fold increase in Brazil’s current proven reserves of 14 billion barrels and transform the leading </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"><span class="SpellingError SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; background-image: url(data:image/gif; background-position: 0% 100%; background-repeat: repeat no-repeat; border-bottom-color: transparent; border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; margin: 0px; padding: 0px;">Mercosul</span></span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> (Common Market of the South) member in a major oil exporter.</span><span class="LineBreakBlob BlobObject SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;"><span class="SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">Brazil is also one of the leading nations when it comes to clean fuel. About a third of the fuel Brazilians use in their vehicles is ethanol, known as 'alcohol.' That compares with three percent in the United States. </span><span class="EOP SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
</div>
<div class="OutlineElement Ltr SCX148092660" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 8px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="Paragraph SCX148092660" paraid="1748297410" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-size: 6pt; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-wrap: break-word;">
<span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">All gasoline sold in Brazil contains at least 26% ethanol and motorists driving flexible-fuel cars have the option of filling up with pure ethanol. To add to that, the country has a flourishing industry of biodiesel made of native grasses.</span><span class="EOP SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
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<div class="OutlineElement Ltr SCX148092660" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 8px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="Paragraph SCX148092660" paraid="1135732568" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-size: 6pt; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-wrap: break-word;">
<span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">With nearly 200 million inhabitants, Brazil today is the fifth most populous country. It has been among the World's leading recipients of foreign direct investment (FDI) in recent years. The total stock of foreign direct investment in Brazil more than tripled in the five years through the end of 2010 to $660.5 billion. The figure is equal to 30.8% of gross domestic product. A study by the United Nations Conference on Trade and Development shows that Brazil is among the five top destinations for FDI besides China, India, the U.S. and Russia.</span><span class="LineBreakBlob BlobObject SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;"><span class="SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">One of the main achievements of Brazil in the last few years was to have brought more than 40 million of the poor into the consumer market. The country still has a long way to go to socially change one of the most unequal societies in the world. On the other hand, with more than 100 </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">million</span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> voters, Brazil is a vigorous and vibrant democracy, which differs from its BRIC partners – Russia, India and China –, making its international economic ascension more relevant. </span><span class="EOP SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
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<div class="OutlineElement Ltr SCX148092660" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 8px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="Paragraph SCX148092660" paraid="38066033" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-size: 6pt; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-wrap: break-word;">
<span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">But the numbers of its economy don´t excite Brazilians as much as the fact that, in the next year, the country will be hosting two of the major international sports events. When </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"><span class="SpellingError SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; background-image: url(data:image/gif; background-position: 0% 100%; background-repeat: repeat no-repeat; border-bottom-color: transparent; border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; margin: 0px; padding: 0px;">Fifa´s</span></span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"> executive committee announced that Brazil would host the world Cup in 2014, there was a frisson in the country. </span><span class="EOP SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
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<div class="OutlineElement Ltr SCX148092660" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 8px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="Paragraph SCX148092660" paraid="1936282913" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-size: 6pt; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-wrap: break-word;">
<span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">The last time Brazil hosted the tournament was in 1950, when it lost the final match to Uruguay, in the </span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US"><span class="SpellingError SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; background-image: url(data:image/gif; background-position: 0% 100%; background-repeat: repeat no-repeat; border-bottom-color: transparent; border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; margin: 0px; padding: 0px;">Maracanã</span></span><span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">, in Rio. Thus, Brazilians thought it was time to host it again. What they weren´t expecting was that they would get the 2016 Olympics as well. </span><span class="EOP SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;"> </span></div>
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<div class="OutlineElement Ltr SCX148092660" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 8px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="Paragraph SCX148092660" paraid="1772531894" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-size: 6pt; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline; word-wrap: break-word;">
<span class="TextRun SCX148092660" style="-webkit-nbsp-mode: normal !important; color: windowtext; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px;" xml:lang="EN-US">*Honorary Consul of Brazil in Seattle</span></div>
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Pedro Augusto Leite Costahttp://www.blogger.com/profile/05991876460866530132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7080316358416133190.post-46108754781431254602012-12-28T20:45:00.002-08:002024-01-06T11:10:25.385-08:00A INFORMAÇÃO LIBERTA (NA PRISAO)<br /><span style="font-family: verdana;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1ByjX2j0KCx7qni5hQUP89M_T7FZEoDYZrhYqHkfAtn5j7htiK61OQbNzK7cPpBjxETvrUbTpT-yOKhcSn3tJpLhrLzzKha5DepTOJUbLiYdvPr7cM_-7G1U7hfBOqY9QF-AluFsi8TOuB_6_wN7YNGyjcxtGDB7grvpAQurcTWElB4mu0tV0OVYu1hRV/s1280/maxresdefault.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1ByjX2j0KCx7qni5hQUP89M_T7FZEoDYZrhYqHkfAtn5j7htiK61OQbNzK7cPpBjxETvrUbTpT-yOKhcSn3tJpLhrLzzKha5DepTOJUbLiYdvPr7cM_-7G1U7hfBOqY9QF-AluFsi8TOuB_6_wN7YNGyjcxtGDB7grvpAQurcTWElB4mu0tV0OVYu1hRV/s320/maxresdefault.jpg" width="320" /></a></div>
Paul Wright, um pacato soldado que matou um traficante para extorquir dinheiro em 1987, utiliza a informação como arma. Condenado a 25 anos de cadeia em Federal Way, aqui perto de Seattle, mofava no xadrez até ter a idéia de lançar um jornal, o Prison Legal News, com notícias que seu público cativo (em todos os sentidos) mais gosta de ler: como sair detrás das grades ou como se defender dos guardas prisionais.<br />
O <a href="https://www.prisonlegalnews.org/default.aspx">Prison News</a>, fundado há 22 anos com 300 dólares que acumulou trabalhando atrás das grades, hoje é uma revista mensal de 56 páginas com assinantes em todos os 50 Estados norte-americanos e em diversos outros países. A revista é o epicentro de uma fundação, a Human Rights Defense Center, que ajuda os prisioneiros a voltar à sociedade através da informação - e de muitos advogados.<br />
Mais ainda, é um libelo contra o maior e mais sofisticado sistema prisional do mundo, com 7,2 milhões (3.1% da população) de prisioneiros, incluindo regimes semi-aberto ou de liberdade condicional, quase US$ 100 bilhões em custos e muita reclamação contra maus tratos, estupros e violências de toda ordem.<br />
Mas a birra de Wright é contra o envolvimento da chamada dos empresários no sistema, tanto no gerencimento das cadeias (US$ 36 mil por ano, para cada prisioneiro, em média), como na utilização de mão de obra prisional por muitas empresas americanas, muitas vezes às escondidas.<br />
Microsoft e Starbucks, também de Seattle, empacotam produtos atrás das grades. Outra de Seattle, a Boeing, faz peças de aviões. Planet Holywwod, Eddie Bauer e Union Bay fabricam roupas baratas. Até a Nintendo utiliza os criminosos sexuais na prisão de Twin Rivers para empacotar vídeo games - para crianças.<br />
Mas o pior mesmo foi quando Wright descobriu que um conservador republicano chamado Jack Metcalf estava utilizando prisioneiros para fazer campanha para o Congresso, e tendo como lema - acreditem - a pena de morte. Ou seja, muitos criminosos estavam fazendo campanha contra eles mesmos.<br />
A vida do Prision News não é nada fácil. Durante mais de duas décadas de existência, foi censurado em várias prisões de Estados como Florieda e Nova York por, como era de se esperar, ensinar os prisioneiros a conhecer seus direitos, sair das jaulas e voltarem à sociedade.<br />
A prisão, como se sabe, transborda de "inocentes", mas muitos deles já cumpriram as penas e ainda estão lá, outros foram trancafiados por obra do destino (erros que o exames de DNA estão corrigindo), e muitos deles estão lá por falta de orientação e, principalmente, um bom advogado.<br />
Ao voltar da Alemanha aos 21 anos, onde era um soldado da Polícia do Exército, tudo que Paul Wright queria fazer era seguir alguma carreira legal, especialmente fazer os outros cumprir as leis. O problema é que ele estava sem dinheiro e roubar um traficante, coisa não muito incomum no sistema policial, foi para ele a melhor oportunidade de fazer grana, e rápido. Previsivelmente, o traficante reagiu e ele o matou, sendo condenado a 25 anos na prisão de Federal Way, mesmo alegando legítima defesa.<br />
Já dentro do presídio de segurança máxima, o que desencadeou sua carreira de jornalista e empresário foi, aparentemente, fútil. Um dia, durante o café da manhã, o guarda entrou na sua cela e derramou no chão seu prato de cereal. Ele estava fazendo 42 centavos por hora e uma caixa de cereais custava US$ 3. "Então eu comecei a pesquisar por soluções jurídicas para me livrar daquele abuso, e assim comecei a me interessar pela legislação e pela defesa dos direitos dos prisioneiros".<br />
Numa era em que se anuncia o fim dos jornais, tal qual os conhecemos, bem como a indústria das relações públicas, no Brasil conhecida como assessoria de imprensa, Wright utilizou ambas as técnicas para criar um veículo de comunicação de nicho, os milhões de prisioneiros nos Estados Unidos, como uma audiência literalmente cativa, e ainda disparar press releases para toda a mídia quando seus colegas sofriam qualquer abuso, ou mesmo quando a circulação do Prision News era ameaçada. Foi assim que conseguiu matérias no Seattle Times e em boa parte dos jornalões americanos.<br />
Para Wright, que teve sua história contada no <a href="http://www.cjr.org/feature/cell_coverage.php?page=all">Columbia Journalism Review</a>, o problema da mídia é que os órgãos de comunicação estão mais interessados no crime para aumentar sua circulação e audiência, mantendo boas relações com as fontes da Polícia e os Procuradores, deixando de lado a crítica ao sistema. "Eles fazem poucas análises, muito menos pesquisas ou inquisições éticas", diz ele.
</span><br />Pedro Augusto Leite Costahttp://www.blogger.com/profile/05991876460866530132noreply@blogger.com0Seattle, WA, USA47.6062095 -122.332070847.2636815 -122.9775178 47.9487375 -121.68662379999999tag:blogger.com,1999:blog-7080316358416133190.post-42969949161678819422011-06-17T11:24:00.000-07:002024-01-06T11:12:27.036-08:00ELE NÃO ESPERA ACONTECER<div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><img alt="Resultado de imagem para jerry weintraub" class="cimg mimg" data-bm="108" data-thhnrepbd="1" height="374" src="https://th.bing.com/th/id/OIP.Ip9faed_d8XHelEY33TI2QHaOG?w=186&h=374&c=7&r=0&o=5&pid=1.7" style="color: #99323a;" width="186" /><span style="font-family: verdana;"><br />
<br />
<br /></span><span style="font-family: verdana;">A deliciosa biografia de Jerry Weintraub, um dos maiores executivos do show business americano, é uma aula de negócios na qual se aprende sorrindo.</span><br style="font-family: verdana;" /><span style="font-family: verdana;">Ele não espera acontecer</span></div><div><br style="font-family: verdana;" /><span style="font-family: verdana;">Pedro A.L. Costa | Para o Valor, de Seattle</span></div><div><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><div><span style="font-family: verdana;">Um dos agentes mais influentes de Hollywood, Weintraub teve Elvis Presley, Frank Sinatra, Bob Dylan, Led Zepellin, Carpenters e Neil Diamond em sua carteira de clientes<br />
Jerry Weintraub costuma dormir com papel e caneta no criado-mudo. No meio da noite, acorda e anota ideias, por mais loucas que sejam. Em 1969, acordou desejando ser empresário de Elvis Presley, naquele tempo uma espécie de deus cujo papa respondia pelo nome de Coronel Tom Sanders, seu agente. No dia seguinte, ligou para Coronel, falou do seu sonho e levou um sonoro não. No outro, continuou ligando, e assim o faria nos 364 dias seguintes. À véspera do Natal, ligou de novo para o Coronel.<br />
- Você quer mesmo fazer um show com meu rapaz?<br />
<br />
- Sim, Coronel, essa é a ideia.<br />
<br />
- Venha amanhã no meu hotel em Las Vegas e traga US$ 1 milhão.<br />
<br />
Weintraub, judeu do Bronx, Nova York, que, naquela época, vendia o almoço para comprar o jantar, quase desmaiou. Como iria arranjar US$ 1 milhão em menos de 24 horas? Começou a ligar para todo mundo, aproveitando o fuso horário com a Costa Oeste. Foi ridicularizado por muita gente - afinal, só a sua palavra de iniciante estava valendo -, mas, por sorte, chegou a um fã de Elvis que era dono uma rede de estações de rádio em Seattle, naquele tempo uma esquecida cidade no noroeste americano onde ainda se ganhava dinheiro com rádio. Acabou convencendo o empresário a lhe dar US$ 1 milhão sem mesmo tê-lo conhecido pessoalmente.<br />
<br />
No dia seguinte, já em Las Vegas, recebeu o dinheiro numa agência bancária. Quando soube que o dinheiro era para Elvis, o gerente tentou entrar na empreitada, como contador, mas também levou um não. Weintraub levantou-se, pôs o cheque de US$ 1 milhão no bolso do colete, pegou um táxi para o hotel, entregou o dinheiro ao Coronel, que, ainda incrédulo, passou seu protegido, Elvis Aron Presley, às mãos de Weintraub.<br />
<br />
Naquele momento, começaria uma das mais lucrativas histórias de negócios dos Estados Unidos: a volta do Imortal ao circuito de shows, depois de quase naufragar no ostracismo num mar de barbitúricos. Elvis ficou mais rico, o Coronel ficou mais rico e Weintraub viu a cor do seu primeiro milhão de dólares.<br />
<br />
Embora truculento, grosseiro, cara de mafioso, mas impecavelmente bem-vestido, Weintraub é adorado entre os artistas<br />
<br />
A notícia do renascimento de Elvis estourou nos Estados Unidos. Com o sucesso do Imortal, outro Imortal, Frank Sinatra ("por favor, me chame de Francis", disse ele) convocou Weintraub para ser seu agente. Foram programados dezenas de shows nos Estados Unidos, casa cheia o tempo todo, até um dia em que Sinatra falou que não mais faria shows, simplesmente porque não tinha paciência de cantar "My Way" ou "Flying to the Moon" todas as noites desde que se entendia por gente.<br />
<br />
Weintraub quase caiu de costas quando soube que Sinatra o estava demitindo, mas ali mesmo, entre um Dry Martini e um charuto na mansão do cantor em Bel Air, Los Angeles, começou a improvisar e convencer Sinatra da sua "nova e grande ideia". "Mas qual ideia, Jerry?", indagou.<br />
<br />
Sem saber o que fazer ou falar, Weintraub tomou um gole e inventou uma história de Sinatra cantar ao vivo, do alto de um ringue no Madison Square Garden, em Nova York, sem ensaios, para todas as TVs do mundo, naquele tempo uma missão (quase) impossível.<br />
<br />
Sinatra, para surpresa de Weintraub, topou, e em oito dias ("os oito dias mais intensos da minha vida") estava cantando para milhões de espectadores de diversos países. Seu único pedido foi que cinco pizzas ficassem à sua disposição no jatinho que o levaria de volta à Costa Oeste.<br />
<br />
Hoje, embora já na terceira idade, Weintraub é um dos mais glorificados agentes artísticos dos Estados Unidos. Além de Elvis e Sinatra, tinha Bob Dylan, Led Zepellin e John Denver (que ele mesmo descobriu e formou), Carpenters e Neil Diamond na sua carteira de clientes. Além de lançar sua biografia, "When I Stop Talking, You'll Know I'm Dead: Useful Stories from a Persuasive Man", um documentário da PBS (a TV pública americana) chamado "His Way", em contraposição ao sucesso de Sinatra "My Way", bateu recordes de audiência recentemente.<br />
<br />
Embora truculento, grosseiro, cara de mafioso, mas impecavelmente bem-vestido, é adorado entre os artistas, especialmente Brad Pitt, George Clooney, Andy Garcia e Matt Damon, seus clientes ("Treze Homens e um Novo Segredo") que toparam dar depoimentos no documentário, filmado a maior parte em sua mansão em Beverly Hills, na Califórnia. Trata-se do primeiro produtor a ter suas mãos gravadas na Hollywood Walk of Fame.<br />
<br />
Mas o mais peculiar da história é sua vida amorosa. Um dia, já rico, famoso e casado com a cantora Jane Morgan, 17 anos mais velha, Weintraub se envolveu com uma atriz e convidou-a para fazer sexo em sua mansão. Avisou seu motorista para que avisasse caso sua mulher chegasse. Sem saber como e por quê, sua mulher chegou sem avisar e encontrou Weintraub com outra na cama. Impávida, disse que teria de pagar a ela US$ 1 milhão caso quisesse evitar um dispendioso, problemático e por que não famoso divórcio. Weintraub não só topou o negócio como mais tarde se casaria com uma amiga, Susie Ekins, e manteria sob o mesmo teto duas mulheres, hoje amicíssimas.<br />
<br />
Ele adora mulheres, a começar pela sua mãe judia, Rose. Ela adorava Weintraub, Gary Grant e cavalos, nessa ordem. O agente artístico não só a pôs em filmes como figurante quando se tornou um dos maiores produtores executivos dos Estados Unidos ("produzir é resolver problemas"), mas fez que Grant aparecesse à frente dela e a levasse ao Jóquei Clube. Promessa feita, promessa cumprida.<br />
<br />
Weintraub nasceu embalado pela sorte: quando foi recusado num clube de golfe por ser judeu, em Kennebunkport, Maine, ficou extremamente chateado e contou o caso a um amigo. Uma hora depois, um tal de George W.H. Bush, naquela época um desconhecido empresário, mas depois presidente dos Estados Unidos, ligou pedindo desculpas. Tornaram-se grandes amigos para o resto da vida. "Quando ia a Washington DC", diz ele, "não ficava hospedado em hotéis: ficava na Casa Branca."<br />
<br />
"When I Stop Talking, You'll Know I'm Dead: Useful Stories from a Persuasive Man"<br />
<br />
Jerry Weintraub e Rich Cohen. Twelve, 304 págs., US$ 13,99</span></div>Pedro Augusto Leite Costahttp://www.blogger.com/profile/05991876460866530132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7080316358416133190.post-63322026952281364022011-05-27T07:24:00.000-07:002011-05-27T07:27:18.354-07:00Sexo, mentiras e política<meta charset="utf-8"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Helvetica, Arial, 'Bitstream Vera Sans', sans-serif; font-size: 11px; line-height: 19px; "><div id="content-top" class="region region-content_top" style="border-top-style: solid; border-right-style: solid; border-bottom-style: solid; border-left-style: solid; border-top-color: rgb(240, 240, 240); border-right-color: rgb(240, 240, 240); border-bottom-color: rgb(240, 240, 240); border-left-color: rgb(240, 240, 240); border-top-width: 1px; border-right-width: 0px; border-bottom-width: 1px; border-left-width: 0px; margin-bottom: 20px; margin-top: 15px; overflow-x: hidden; overflow-y: hidden; padding-top: 5px; padding-right: 0px; padding-bottom: 5px; padding-left: 0px; "><div class="news-info" style="color: black; font-size: 10px; float: left; width: 150px; line-height: 1.2em; "><div class="authorship"><span class="author" style="color: rgb(3, 101, 110); ">Pedro A. L. Costa</span> | <span class="veiculo">Para o Valor, de Seattle</span></div><div class="published-date">27/05/2011</div></div><div style="float: right; "><div id="ads-x08" style="float: left; margin-top: 0px; margin-right: 5px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; "><div id="block-text_resize-0" class="block block-text_resize region-odd even region-count-1 count-24" style="margin-bottom: 0px; margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-left: 0px; float: left; overflow-x: hidden; overflow-y: hidden; "><div class="block-inner"><div class="content" style="font-size: 0.9em; "><span style="margin-top: 0px; margin-right: 5px; margin-bottom: 0px; margin-left: 5px; vertical-align: top; ">Texto:</span><a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=7080316358416133190" class="changer" id="text_resize_decrease" style="text-decoration: none; height: 17px; width: 23px; background-image: url(http://static.valoronline.com.br/sites/all/themes/valoronline/img/font-control.png); background-attachment: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; background-color: initial; text-indent: -4000px; display: inline-block; vertical-align: top; margin-top: 1px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; background-position: 0px -18px; background-repeat: no-repeat no-repeat; "><sup>-</sup>A</a> <a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=7080316358416133190" class="changer" id="text_resize_increase" style="text-decoration: none; height: 18px; width: 23px; background-image: url(http://static.valoronline.com.br/sites/all/themes/valoronline/img/font-control.png); background-attachment: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; background-color: initial; text-indent: -4000px; display: inline-block; vertical-align: top; background-position: 0% 0%; background-repeat: no-repeat no-repeat; "><sup>+</sup>A</a><div id="text_resize_clear"></div></div></div></div></div><div id="block-openx-55" class="block block-openx region-odd even region-count-1 count-10" style="margin-bottom: 0px; margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-left: 0px; overflow-x: visible; overflow-y: visible; "><div class="block-inner"><div class="content"><div id="OAS_x06" style="position: relative; "><div id="Hidden_OAS_x06" style="display: inline; height: 20px; width: 80px; position: absolute; z-index: 10000; top: 34px; left: 402px; "></div></div><div id="beacon_479387dd9a" style="position: absolute; left: 0px; top: 0px; visibility: hidden; "><img src="http://ads.valoronline.com.br/www/delivery/lg.php?bannerid=155&campaignid=9&zoneid=71&loc=1&referer=http%3A%2F%2Fwww.valoronline.com.br%2Fimpresso%2Fcultura%2F111%2F432971%2Fsexo-mentiras-e-politica&cb=479387dd9a" width="0" height="0" alt="" style="border-top-width: 0px; border-right-width: 0px; border-bottom-width: 0px; border-left-width: 0px; border-style: initial; border-color: initial; border-style: initial; border-color: initial; width: 0px; height: 0px; " /></div></div></div></div><div id="block-valor_online-shareit1" class="block block-valor_online region-even odd region-count-2 count-11" style="margin-bottom: 0px; margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-left: 0px; float: right; overflow-x: hidden; overflow-y: hidden; "><div class="block-inner"><div class="content"><div class="share-links"><button class="button share ctools-use-modal-processed" title="Compartilhe nas redes sociais" style="font-size: 10px; border-top-style: none; border-right-style: none; border-bottom-style: none; border-left-style: none; border-width: initial; border-color: initial; padding-top: 0px; padding-right: 18px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; height: 16px; background-image: url(http://static.valoronline.com.br/sites/all/themes/valoronline/img/share-icons.png); background-attachment: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; background-color: initial; cursor: pointer; float: left; margin-top: 0px; margin-right: 2px; margin-bottom: 0px; margin-left: 2px; width: 80px; background-position: 100% 1px; background-repeat: no-repeat no-repeat; ">Compartilhar</button><button class="button print ctools-use-modal-processed" title="Imprimir notícia" style="font-size: 0px; border-top-style: none; border-right-style: none; border-bottom-style: none; border-left-style: none; border-width: initial; border-color: initial; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; height: 16px; background-image: url(http://static.valoronline.com.br/sites/all/themes/valoronline/img/share-icons.png); background-attachment: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; background-color: initial; cursor: pointer; float: left; margin-top: 0px; margin-right: 2px; margin-bottom: 0px; margin-left: 2px; width: 16px; text-indent: -4000px; overflow-x: hidden; overflow-y: hidden; background-position: 100% -25px; background-repeat: no-repeat no-repeat; ">Imprimir</button><button class="button mail ctools-use-modal-processed" title="Enviar por e-mail" style="font-size: 0px; border-top-style: none; border-right-style: none; border-bottom-style: none; border-left-style: none; border-width: initial; border-color: initial; padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; height: 16px; background-image: url(http://static.valoronline.com.br/sites/all/themes/valoronline/img/share-icons.png); background-attachment: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; background-color: initial; cursor: pointer; float: left; margin-top: 0px; margin-right: 2px; margin-bottom: 0px; margin-left: 2px; width: 16px; text-indent: -4000px; overflow-x: hidden; overflow-y: hidden; background-position: 100% -48px; background-repeat: no-repeat no-repeat; ">Enviar por e-mail</button></div></div></div></div></div></div><div id="content-area" style="color: rgb(35, 35, 35); font-size: 12px; line-height: 1.3em; margin-top: 1em; "><div id="content-area-noticia"><div id="node-432971" class="node node-type-noticia-impresso"><div class="node-inner"><div class="content"><p style="margin-top: 1em; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; "></p><div class="ml-image align-right ml-image-preset-media_library_default box" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 10px; margin-left: 10px; font-size: 0.9em; font-style: italic; line-height: 1.1em; border-top-width: 1px; border-right-width: 1px; border-bottom-width: 1px; border-left-width: 1px; border-top-style: none; border-right-style: none; border-bottom-style: none; border-left-style: none; border-top-color: rgb(238, 238, 238); border-right-color: rgb(238, 238, 238); border-bottom-color: rgb(238, 238, 238); border-left-color: rgb(238, 238, 238); padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; float: right; border-width: initial; border-color: initial; width: 112px; text-align: left; "><div class="author" style="color: rgb(102, 102, 102); font-size: 9px; font-style: normal; text-align: right; ">AP</div><a href="http://static.valoronline.com.br/sites/default/files/imagecache/media_library_bigimage//gn/11/05/foto27cul-901-pedro-d25.jpg" class="colorbox initColorbox-processed cboxElement" title="AP" style="text-decoration: none; "><div class="ml-magnifier" style="background-image: url(http://static.valoronline.com.br/sites/all/themes/valoronline/img/icon-enlarge-image.png); background-attachment: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; background-color: initial; height: 25px; position: absolute; width: 24px; background-position: 0% 0%; background-repeat: no-repeat no-repeat; "></div><img src="http://www.valoronline.com.br/sites/default/files/crop/imagecache/media_library_default/191/5/471/589/sites/default/files/gn/11/05/foto27cul-901-pedro-d25.jpg" alt="" title="" style="border-top-width: 0px; border-right-width: 0px; border-bottom-width: 0px; border-left-width: 0px; border-style: initial; border-color: initial; border-style: initial; border-color: initial; -webkit-box-shadow: rgb(184, 183, 183) 0px 0px 5px 1px; box-shadow: rgb(184, 183, 183) 0px 0px 5px 1px; margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; " /></a><div class="label">O caso de Strauss-Kahn, acusado de estupro, também entra na galeria de escândalos sexuais da história americana</div></div>O poder é o maior dos afrodisíacos, dizia o diplomata Henry Kissinger. Mas o que faz com que homens como Bill Clinton - e agora Arnold Schwarzenegger ou Dominique Strauss-Kahn - joguem para o ar carreiras, famílias e reputações em troca de minutos de prazer, geralmente nas alcovas do poder?<p style="margin-top: 1em; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; "></p><p style="margin-top: 1em; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; ">O dono da "Hustler", a mais pornográfica de todas as revistas pornográficas, Larry Flynt, responde que todos nós não passamos de seres humanos e, portanto, estamos sujeitos a uma tal de monoamina oxidase tipo A (irma), enzima que regula neurotransmissores como a dopamina. Quanto menor o nível de irma no corpo dos políticos, ou de qualquer outro poderoso, maior a disposição para correr riscos excitantes, que os libertem do cotidiano e da chatice das suas vidas pessoais.</p><p style="margin-top: 1em; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; ">Flynt, autor do recente best seller "One Nation Under Sex" (ou como a vida privada de presidentes, primeiras damas e seus amantes comanda a história dos Estados Unidos), paraplégico depois de levar um tiro de um supremacista, percorre os Estados Unidos como um paladino da defesa da Primeira Emenda à Constituição, que garante o direito de expressão a todos os cidadãos, seja lá qual for a mensagem ou o mensageiro.</p><p style="margin-top: 1em; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; ">Neste "road-show", Flynt aproveita para denunciar a "hipocrisia" que, a cada seis meses, segundo suas contas, invade os lares do país com um assunto que leva os americanos ao orgasmo coletivo: sexo na mídia, de preferência 24 horas por dia, sete dias por semana.</p><blockquote style="margin-top: 10px; margin-right: 17px; margin-bottom: 10px; margin-left: 3px; border-bottom-width: 1px; border-bottom-style: solid; border-bottom-color: rgb(187, 187, 187); border-top-width: 1px; border-top-style: solid; border-top-color: rgb(187, 187, 187); color: rgb(85, 85, 85); float: left; font-size: 14px; font-weight: bold; line-height: 1.3em; text-align: left; width: 133px; "><p style="margin-top: 1em; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; "><strong>A novela de escândalos sexuais percorre toda a história do país, chegando agora a Schwarzenegger e Strauss-Kahn</strong></p></blockquote><p style="margin-top: 1em; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; ">A novela de escândalos sexuais percorre toda a bicentenária história do país. Tentativas de estupro, filhos bastardos, namoros fortuitos, lesbianismo, videoteipes, escutas, sexo selvagem (em todas as posições e condições) e, mais recentemente, ataques a camareiras e babás acontecem repetidamente, de Thomas Jefferson a Barack Obama, atingindo agora o ex-governador da Califórnia e o também agora ex-diretor geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn.</p><p style="margin-top: 1em; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; ">Schwarzenegger, segundo Flynt, jamais será perdoado pelos americanos, como foi o ex-presidente Bill Clinton, "um homem que fez pelo sexo mais do que todos os outros presidentes reunidos". Já Strauss-Kahn teve o azar de dar vazão à sua volúpia em solo americano. Fosse na França, onde o ex-presidente François Miterrand tinha múltiplas amantes (uma até chorou junto à viúva no funeral), o caso da camareira teria passado despercebido, diz Flynt.</p><p style="margin-top: 1em; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; ">No livro, um catatau de 300 páginas que escreveu em coautoria com David Eisenbach, Flynt conta em detalhes a performance dos presidentes e de suas mulheres, cada um em seu canto, à sua hora e ao seu estilo, e argumenta que sexo é a mais avassaladora arma da política. Depois que a Guerra Fria acabou, dizem os autores, foi criado o inimigo número 1 da moral e dos bons costumes: o pulo do muro, a merenda antes do recreio, ou simplesmente o desejo (muitas vezes consumado) pela mulher (ou o homem) do próximo.</p><p style="margin-top: 1em; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; "></p><div class="ml-image align-right ml-image-preset-media_library_default box" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 10px; margin-left: 10px; font-size: 0.9em; font-style: italic; line-height: 1.1em; border-top-width: 1px; border-right-width: 1px; border-bottom-width: 1px; border-left-width: 1px; border-top-style: none; border-right-style: none; border-bottom-style: none; border-left-style: none; border-top-color: rgb(238, 238, 238); border-right-color: rgb(238, 238, 238); border-bottom-color: rgb(238, 238, 238); border-left-color: rgb(238, 238, 238); padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; float: right; border-width: initial; border-color: initial; width: 112px; text-align: left; "><div class="author" style="color: rgb(102, 102, 102); font-size: 9px; font-style: normal; text-align: right; ">Divulgação</div><a href="http://static.valoronline.com.br/sites/default/files/imagecache/media_library_bigimage//gn/11/05/foto27cul-902-pedro-d25.jpg" class="colorbox initColorbox-processed cboxElement" title="Divulgação" style="text-decoration: none; "><div class="ml-magnifier" style="background-image: url(http://static.valoronline.com.br/sites/all/themes/valoronline/img/icon-enlarge-image.png); background-attachment: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; background-color: initial; height: 25px; position: absolute; width: 24px; background-position: 0% 0%; background-repeat: no-repeat no-repeat; "></div><img src="http://static.valoronline.com.br/sites/default/files/imagecache/media_library_default/gn/11/05/foto27cul-902-pedro-d25.jpg" alt="" title="" class="imagecache imagecache-media_library_default" width="112" height="140" style="border-top-width: 0px; border-right-width: 0px; border-bottom-width: 0px; border-left-width: 0px; border-style: initial; border-color: initial; border-style: initial; border-color: initial; -webkit-box-shadow: rgb(184, 183, 183) 0px 0px 5px 1px; box-shadow: rgb(184, 183, 183) 0px 0px 5px 1px; margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; " /></a><div class="label">Woody Harrelson como Flynt, no filme de 1996</div></div><p style="margin-top: 1em; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; "></p><p style="margin-top: 1em; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; ">Essa fixação em sexo, segundo Flynt, é a melhor e mais eficiente forma de entreter o público e, mais que tudo, de desviar a atenção dos problemas que o país enfrenta. "Está na hora de deixarmos nosso moralismo político e focalizarmos os problemas reais que ameaçam nossa nação", adverte.</p><p style="margin-top: 1em; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; ">Nas aparições públicas, Flynt anda de cadeira de rodas de ouro maciço, pinta o cabelo, veste-se impecavelmente e fala com dificuldade. Teve um derrame decorrente dos efeitos colaterais dos remédios que toma para amainar dores. Deixa o coautor David Eisenbach, que é gay e já escreveu um livro sobre homossexualismo e poder, falar quase o tempo todo nas entrevistas coletivas sobre as orgias na Casa Branca e em outras sedes governamentais. Só não abre mão quando o assunto é Clinton, "meu favorito", segundo ele.</p><p style="margin-top: 1em; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; ">Na época da estagiária Monica Lewinsky, que quase culminou com o impeachment do presidente, Flynt ofereceu US$ 1 milhão para quem denunciasse qualquer congressista que também tivesse ciscado na horta alheia. Acabou sendo uma peça decisiva na salvação do presidente, quando começaram a pipocar casos no Capitólio. Clinton deixou a Casa Branca aplaudido, com 68% de aprovação, ao passo que os republicanos, inclusive Newt Gingrich, hoje pré-candidato a presidente, ainda lutam para se livrar do porão da história.</p><p style="margin-top: 1em; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; ">Flynt e Eisenbach revelam que foi Monica Lewinsky quem começou a seduzir o presidente. Levantou parte do seu terninho azul para se mostrar a sua excelência na chamada Ala Oeste da Casa Branca. Duas noites depois, já fazia sexo oral com Clinton no Salão Oval, mesmo quando o presidente falava com congressistas ao telefone e usava charutos como acessório sexual. O romance duraria um ano e meio e só teria sido presenciado pelo serviço secreto.</p><blockquote style="margin-top: 10px; margin-right: 17px; margin-bottom: 10px; margin-left: 3px; border-bottom-width: 1px; border-bottom-style: solid; border-bottom-color: rgb(187, 187, 187); border-top-width: 1px; border-top-style: solid; border-top-color: rgb(187, 187, 187); color: rgb(85, 85, 85); float: left; font-size: 14px; font-weight: bold; line-height: 1.3em; text-align: left; width: 133px; "><p style="margin-top: 1em; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; "><strong>As depressões de Abraham Lincoln são associadas à sua infelicidade no casamento depois de dormir na mesma cama com um amigo</strong></p></blockquote><p style="margin-top: 1em; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; ">O turbilhão que se seguiu à descoberta do caso acuou Clinton, que já naquela época tentava acabar com um terrorista chamado Osama bin Laden, destruir um grupo radical (Al Qaeda) e aprovar um novo plano de saúde para os americanos. O escândalo em que o presidente se meteu tirou-lhe das mãos a oportunidade de mudar a história, como faria Barack Obama quase duas décadas depois.</p><p style="margin-top: 1em; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; ">Clinton não era uma máquina sexual como John F. Kennedy, que tinha enxaquecas noturnas caso lhe faltasse sexo com alguma mulher, não só a primeira dama. Mas, segundo relato de Jennifer Flowers e Paula Jones, outras vítimas da sua volúpia, era fenomenal na arte de satisfazer suas parceiras. "Foram apenas sete minutos, mas os sete minutos mais intensos de minha vida", relembra Jennifer.</p><p style="margin-top: 1em; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; ">O mundo se acostumou a ver primeiras damas resignadas com os orgias de seus maridos, como Hillary Clinton postando-se ao lado de Bill Clinton e acusando "a conspiração da direita" para destruí-lo com falsas acusações. Mas nem todo mundo foi como Hillary.</p><p style="margin-top: 1em; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; ">Jackie Kennedy, que perguntava elegantemente ao marido de quem era aquela lingerie que estava debaixo do travesseiro, "pois esta não é do meu tamanho", era filha de pais separados e, segundo Flynt, jamais suportaria a dor de ser humilhada em público pelas traições do marido, mesmo depois de infectada com chlamydia, que lhe provocou abortos. Por vingança, teve relações com outros parceiros mesmo depois de seu casamento com John, seja em estrebarias, com o ator William Holden, no iate Chiristina com o magnata grego Aristóteles Onassis, com o ex-presidente da Fiat Gianni Agnelli, em Ravelo, Itália, e com o seu cunhado Robert Kennedy - tórrido romance que só terminou quando ele morreu com dois tiros na cabeça, num hotel em Los Angeles. Diz Flynt que, caso o presidente Kennedy não tivesse sido assassinado em Dallas, a Casa Branca assistiria ao primeiro divórcio da história antes da eleição de 1964.</p><p style="margin-top: 1em; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; "></p><div class="ml-image align-right ml-image-preset-media_library_default box" style="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 10px; margin-left: 10px; font-size: 0.9em; font-style: italic; line-height: 1.1em; border-top-width: 1px; border-right-width: 1px; border-bottom-width: 1px; border-left-width: 1px; border-top-style: none; border-right-style: none; border-bottom-style: none; border-left-style: none; border-top-color: rgb(238, 238, 238); border-right-color: rgb(238, 238, 238); border-bottom-color: rgb(238, 238, 238); border-left-color: rgb(238, 238, 238); padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; float: right; border-width: initial; border-color: initial; width: 112px; text-align: left; "><div class="author" style="color: rgb(102, 102, 102); font-size: 9px; font-style: normal; text-align: right; ">Divulgação</div><a href="http://static.valoronline.com.br/sites/default/files/imagecache/media_library_bigimage//gn/11/05/foto27cul-903-pedro-d25.jpg" class="colorbox initColorbox-processed cboxElement" title="Divulgação" style="text-decoration: none; "><div class="ml-magnifier" style="background-image: url(http://static.valoronline.com.br/sites/all/themes/valoronline/img/icon-enlarge-image.png); background-attachment: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; background-color: initial; height: 25px; position: absolute; width: 24px; background-position: 0% 0%; background-repeat: no-repeat no-repeat; "></div><img src="http://www.valoronline.com.br/sites/default/files/crop/imagecache/media_library_default/0/5/473/592/sites/default/files/gn/11/05/foto27cul-903-pedro-d25.jpg" alt="" title="" style="border-top-width: 0px; border-right-width: 0px; border-bottom-width: 0px; border-left-width: 0px; border-style: initial; border-color: initial; border-style: initial; border-color: initial; -webkit-box-shadow: rgb(184, 183, 183) 0px 0px 5px 1px; box-shadow: rgb(184, 183, 183) 0px 0px 5px 1px; margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; " /></a><div class="label">Flynt diz que a fixação dos americanos em sexo é a melhor e mais eficiente forma de entreter o público e, sobretudo, de desviar a atenção dos problemas do país</div></div><p style="margin-top: 1em; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; "></p><p style="margin-top: 1em; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; ">Outra ativa militante dos leitos ex-conjugais foi Eleanor Roosevelt, que, desiludida com as abertas traições do marido Franklin, enamorou-se da jornalista Lorena Hickok, do "The New York Times" e depois da Associated Press, a primeira jornalista a assinar uma manchete de primeira página. O amor foi tão forte que Eleanor convidou-a a morar na Casa Branca, num quartinho contíguo ao seu. O romance lésbico durou até a morte de Eleanor, em 1962, e mudou radicalmente a vida da primeira dama, que, a partir de então, tornou-se militante dos direitos sociais. Por influência da amante, promoveu 348 entrevistas coletivas durante os 12 anos da Presidência do marido, escreveu 8 mil artigos na coluna "My Day" e é considerada uma das pessoas mais admiradas do século XX. A adversidade conjugal e o amor gay, por si só revolucionário para a época, transformaram-na numa heroína.</p><p style="margin-top: 1em; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; ">A preferência pelo mesmo sexo perseguiu o 16º presidente americano, Abraham Lincoln, o homem que acabou com a escravidão e reunificou o país depois da Guerra da Secessão. Suas intensas depressões são associadas à infelicidade do casamento tardio com Mary Todd, depois de morar e dormir na mesma cama com o amigo Joshua Speed em Springfield, Illinois. Flynt lembra que outro grande amor da vida de Lincoln foi o capitão David Derickson, do 150º regimento, a uma milha da Casa Branca. Lincoln adorava matar o tempo com os soldados e acabou convidando o capitão para acompanhá-lo como guarda-costas, cocheiro e, na ausência da primeira dama, cobertor.</p><p style="margin-top: 1em; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; "></p><div class="ml-image align-left ml-image-preset-media_library_default box" style="margin-top: 0px; margin-right: 10px; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; font-size: 0.9em; font-style: italic; line-height: 1.1em; border-top-width: 1px; border-right-width: 1px; border-bottom-width: 1px; border-left-width: 1px; border-top-style: none; border-right-style: none; border-bottom-style: none; border-left-style: none; border-top-color: rgb(238, 238, 238); border-right-color: rgb(238, 238, 238); border-bottom-color: rgb(238, 238, 238); border-left-color: rgb(238, 238, 238); padding-top: 0px; padding-right: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; float: left; border-width: initial; border-color: initial; width: 112px; text-align: left; "><div class="author" style="color: rgb(102, 102, 102); font-size: 9px; font-style: normal; text-align: right; ">AP</div><a href="http://static.valoronline.com.br/sites/default/files/imagecache/media_library_bigimage//gn/11/05/foto27cul-904-pedro-d25.jpg" class="colorbox initColorbox-processed cboxElement" title="AP" style="text-decoration: none; "><div class="ml-magnifier" style="background-image: url(http://static.valoronline.com.br/sites/all/themes/valoronline/img/icon-enlarge-image.png); background-attachment: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; background-color: initial; height: 25px; position: absolute; width: 24px; background-position: 0% 0%; background-repeat: no-repeat no-repeat; "></div><img src="http://static.valoronline.com.br/sites/default/files/imagecache/media_library_default/gn/11/05/foto27cul-904-pedro-d25.jpg" alt="" title="" class="imagecache imagecache-media_library_default" width="112" height="140" style="border-top-width: 0px; border-right-width: 0px; border-bottom-width: 0px; border-left-width: 0px; border-style: initial; border-color: initial; border-style: initial; border-color: initial; -webkit-box-shadow: rgb(184, 183, 183) 0px 0px 5px 1px; box-shadow: rgb(184, 183, 183) 0px 0px 5px 1px; margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; " /></a><div class="label">Monica Lewinsky demonstra seu entusiasmo por Clinton em festa nos jardins da Casa Branca: o caso, que durou ano e meio, só teria sido presenciado pelo serviço secreto</div></div><p style="margin-top: 1em; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; "></p><p style="margin-top: 1em; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; ">Mas foi a partir da década de 1970, com mídia perdendo o pudor e revelando casos que anteriormente eram reservados aos mexericos, que a coisa pegou fogo. Depois de Clinton, o governador de Nova Jersey, Jim McGreevey, revelou que era gay e renunciou ao cargo em 2004. Dois anos depois, o republicano Mark Foley, combatente defensor das crianças, foi pego mandando textos sobre masturbação para estagiários adolescentes do seu gabinete. Em 2007, o senador Larry Craig, de Idaho, foi preso depois de tentar fazer sexo num banheiro público do aeroporto. Em 2008, o governador Elliot Spitzer abandonou o governo de Nova York depois de ter relações sexuais com uma prostituta em Nova York sob o pseudônimo de "Cliente Número 9" (aliás, a cafetina era brasileira). Em 2009, o governador da Carolina do Sul, Mark Sanford, desapareceu por uns dias e revelou que estava nos braços de uma amante, na Argentina. E há o caso do candidato democrata à Presidência, John Edwards, que engravidou uma cinegrafista durante a campanha eleitoral, enquanto sua mulher estava com câncer.</p><p style="margin-top: 1em; margin-right: 0px; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; ">Para Larry Flynt, o que acontece na vida privada dos políticos não diz respeito a ninguém, desde que o sexo seja consensual. Só falta, segundo ele, os americanos perceberem que são cidadãos de uma nação como todas as outras, onde o sexo existe, é prazeroso e, enquanto existir, também existiremos. A outra opção é ser como Jimmy Carter, o 39º presidente americano, considerado por Flynt o único santo que ocupou a Casa Branca. Carter uma vez declarou que traiu sua mulher, mas só em pensamento.</p></div></div></div></div></div></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7080316358416133190.post-63844373963884596532010-02-24T10:17:00.000-08:002010-02-24T10:17:55.263-08:00Brazil inaugurates consulate in NorthWest<a href="http://www.theinformationcompany.net/brazil-inaugurates-consulate-in-northwest/">Brazil inaugurates consulate in NorthWest</a>Pedro Augusto Leite Costahttp://www.blogger.com/profile/05991876460866530132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7080316358416133190.post-44013122911464168802009-11-24T11:19:00.000-08:002009-11-24T11:19:11.829-08:00Se mandando para o espaço, literalmenteSeattle - A Virgin Galactic já está batendo recordes de vendas de<br />
passagens para viagens de turismo espacial a partir de 2012. Cada<br />
passagem está custando US$ 200 mil, mas para garantir o lugar basta<br />
pagar US$ 20 mil. O vôo sub-orbital, que no início será realizado<br />
apenas uma vez por semana, sairá do Aeroporto Espacial no deserto do<br />
Novo México, atingirá uma altitude de 50 mil pés e, lá em cima, sob o<br />
impulso de um foguete, a espaçonave (SpaceShip II) se desprenderá da<br />
nave mãe (VMS Eve) e chegará em 90 segundos na estratosfera (360 mil<br />
pés), onde os seis astronautas-passageiros e mais dois pilotos poderão<br />
brincar sob a gravidade zero viajando a três vezes a velocidade do<br />
som.<br />
Depois de vagar lá em cima por alguns minutos, a nave recolherá<br />
suas asas verticalmente na preparação para entrar na atmosfera sem<br />
qualquer atrito ou calor. Quando descer a 60 mil pés, suas asas<br />
voltarão à posição original, de forma a pousar no Aeroporto Espacial.<br />
Até agora, 300 passagens foram vendidas desde 2005, arrecadando mais<br />
de US$ 60 milhões. A empresa não revela os nomes dos passageiros. A<br />
passagem é considerada barata, "cem vezes menos cara do que a paga<br />
pelo último turista espacial" na Rússia, argumenta a Virgin Galatic.<br />
A empresa, do bilionário britânico Sir Richard Branson, é a<br />
primeira linha aérea espacial do mundo. Surgiu a partir da bem<br />
sucedida experiência da Virgin Atlantic na Europa e nos Estados Unidos<br />
e do sonho do empreendedor norte-americano Burt Rutan, da Scaled<br />
Composites, que com a sua SpaceShip I ganhou o prêmio de US$ 10<br />
milhões da X Prize Foundation por fazer dois vôos orbitais privados<br />
com naves reutilizáveis num espaço de 14 dias. A fundação, bancada por<br />
bilionários como Paul Allen, sócio de Bill Gates que sofre de câncer,<br />
também oferece prêmios na área de genoma humano, automóveis<br />
alternativos e vôos lunares.<br />
As viagens orbitais da Virgin pretendem mostrar a eficiência da<br />
iniciativa privada no setor, hoje dominado pela estatal Nasa e pelos<br />
governos da Rússia e China, ambos consumindo bilhões de dólares dos<br />
contribuintes. "Estas viagens não serão o início da colonização de<br />
Marte", diz o piloto de testes Peter Siebold, "mas os irmãos Wright<br />
(pais da aviação aqui nos Estados Unidos) também não tinham o Boeing<br />
747 Jumbo em seus planos quando voaram pela primeira vez seu avião" -<br />
Tudo se originou daquele grande passo, disse ela à revista Wired. Um<br />
dia, completa, viajar pelo espaço será tão natural quando andar de<br />
roda gigante.<br />
Se dá medo de viajar de avião, imagina dar uma volta no espaço.<br />
"Segurança é a coração do design e será o centro da operação da Virgin<br />
Galactic", diz a empresa. "A SpaceShip II terá múltiplos níveis de<br />
redundância em todos os sistemas-chave de forma a atingir robustez em<br />
cada fase do vôo", adianta. "A experiência da Virgin em aviação,<br />
aventura, turismo de luxo e design moderno (...) farão do vôo uma<br />
operação tranquila e uma experiência única de vida". Até agora, pelo<br />
menos 82 mil pessoas já se registraram no website da empresa.<br />
Tanto a nave mãe quanto a nave espacial são uma maravilha<br />
tecnológica. A VMS Eve é a maior nave do mundo construída totalmente<br />
de materiais compostos, com cabos de fibra de carbono que não se<br />
expandem ou contraem em diferentes e extremas temperaturas. Suas<br />
turbinas, "leves e potentes", são capazes de voar quase 20 mil pés<br />
acima dos jatos comerciais. As cabines são maiores, mais confortáveis<br />
e robustas (7,5 pés de diâmetro) com diversas janelas para os turistas<br />
astronautas aproveitarem a vista e rolarem no ar na gravidade zero. O<br />
custo de fabricação chegará a US$ 400 milhões.<br />
Para viajar, os astronautas turistas terão que passar por diversos<br />
obstáculos: cursos, checkup médico, sessões no simulador e na<br />
centrifugadora, aprender a apertar ou soltar os cintos de segurança lá<br />
em cima etc. A idéia, segundo a empresa, é certificar de que o<br />
passageiro, além do dinheiro, tenha também condições físicas e mentais<br />
de aguentar a experiência.<br />
Lá em cima, sob o intenso silêncio, como diz a empresa, os<br />
felizardos terráqueos terão a experiência que até agora poucos seres<br />
humanos tiveram: ver a Terra de cima e se certificarem de que ela é<br />
mesmo azul.Pedro Augusto Leite Costahttp://www.blogger.com/profile/05991876460866530132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7080316358416133190.post-21563213251427864122009-10-01T13:02:00.001-07:002009-10-01T13:02:48.509-07:00Pensando Midias SociaisCheck out this SlideShare Presentation: <div style="width:425px;text-align:left" id="__ss_2090206"><a style="font:14px Helvetica,Arial,Sans-serif;display:block;margin:12px 0 3px 0;text-decoration:underline;" href="http://www.slideshare.net/BobWollheim/pensando-midias-sociais" title="Pensando Midias Sociais">Pensando Midias Sociais</a><object style="margin:0px" width="425" height="355"><param name="movie" value="http://static.slidesharecdn.com/swf/ssplayer2.swf?doc=mdiassociaisbrainstorupload-090929100947-phpapp01&stripped_title=pensando-midias-sociais" /><param name="allowFullScreen" value="true"/><param name="allowScriptAccess" value="always"/><embed src="http://static.slidesharecdn.com/swf/ssplayer2.swf?doc=mdiassociaisbrainstorupload-090929100947-phpapp01&stripped_title=pensando-midias-sociais" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="355"></embed></object><div style="font-size:11px;font-family:tahoma,arial;height:26px;padding-top:2px;">View more <a style="text-decoration:underline;" href="http://www.slideshare.net/">presentations</a> from <a style="text-decoration:underline;" href="http://www.slideshare.net/BobWollheim">Bob Wollheim</a>.</div></div>Pedro Augusto Leite Costahttp://www.blogger.com/profile/05991876460866530132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7080316358416133190.post-37954139378393361422009-09-19T16:53:00.000-07:002009-09-19T16:53:00.741-07:00A morte do intermediário, do vendedor, do atravessador,Seattle - Aos poucos, lentamente, quase imperceptivelmente, está morrendo uma legião de profissões centenárias com as quais a gente se acostumou a conviver: jornalistas, professores, agentes, lambe lambe, amoladores de facas, sapateiros e costureiros sob medida. Com a revolução da internet descobrimos que, em primeiro lugar, não precisamos deles. Podemos acessar notícias, por exemplo, direto das fontes. Os professores, por outro lado, descobriram que seus alunos não se interessam pelo conteúdo das aulas porque podem interagir com conteúdos fantásticos na internet, e sem a ajuda do professor. Estou lendo um dos melhores livros que já saíram sobre o fenômeno da internet, o <a href="http://www.amazon.com/Trust-Agents-Influence-Improve-Reputation/dp/0470743085/ref=sr_1_1?ie=UTF8&s=books&qid=1253404291&sr=8-1-spell">Trust Agents</a>, escrito por dois blogueiros, Julian e Chris, com os quais tive oportunidade de tomar uma cerveja (belga) aqui em Seattle. Muito bem escrito, o livro descreve como a rede está mudando a nossa forma de nos relacionarmos com o mundo e, principalmente, como vamos ganhar dinheiro daqui para frente - se é que dinheiro também não vai deixar de existir.Pedro Augusto Leite Costahttp://www.blogger.com/profile/05991876460866530132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7080316358416133190.post-21281206273879861952009-07-22T06:31:00.000-07:002015-07-15T16:39:00.071-07:00MENOS JORNALISMO, MAIS CONVERSA<div align="justify">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgbkcCMeQKPpq2Luby38TXFebHZcXzKL3SzXTs-zecrd5q1FCNyemm9apuulCzECXbamTuQ9gtm7iQpZ6Ir_GrqQmKSPgbYXMrF9_jCUgquWdlOF3f1z5Xse1qHflXLxIk7oLAVP1Qvxoj/s1600-h/journalismnews_jpg_resized_x_300.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5361278680052969554" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgbkcCMeQKPpq2Luby38TXFebHZcXzKL3SzXTs-zecrd5q1FCNyemm9apuulCzECXbamTuQ9gtm7iQpZ6Ir_GrqQmKSPgbYXMrF9_jCUgquWdlOF3f1z5Xse1qHflXLxIk7oLAVP1Qvxoj/s320/journalismnews_jpg_resized_x_300.jpg" style="cursor: hand; float: left; height: 240px; margin: 0px 10px 10px 0px; width: 300px;" /></a>*Daniel Agrela e Mariane Pinho<br />
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Embora muita gente não aceite, o jornalismo – tal qual conhecemos – está morrendo. De fato, para quem sempre viveu a adrenalina de um fechamento de jornal fica difícil acreditar que a figura romântica do repórter, o nobre intermediário da notícia, esteja próxima do fim. Com a popularização da Internet, todo mundo está convidado a ser jornalista. As pessoas não precisam mais de alguém para selecionar suas notícias.</div>
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Negar essa realidade é sempre a primeira reação. É natural. Mas não há como refutar que o crescimento do meio online e a importância exercida atualmente pelas redes sociais trouxeram mais agilidade às informações e, é claro, atingiram em cheio as empresas de mídia, especialmente jornais e revistas. Nem mesmo os cortes de pessoal, intensificados ao longo da última década para amenizar essa inevitável crise, possibilitaram a recuperação dos veículos impressos, que perdem leitores a cada dia. </div>
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Para fugir dessa tendência e abocanhar novos assinantes, os maiores impressos de São Paulo prepararam recentemente uma série de propagandas no horário nobre da TV. A Folha convocou os principais jornalistas da casa para participar de sua propaganda. Já o Estadão faz a seguinte pergunta: “quanto vale o seu conhecimento?”, dando ao leitor a opção de pagar o quanto quiser pela assinatura no primeiro mês. Ambos os periódicos tentam valorizar seus produtos, oferecendo conteúdo exclusivo, analítico e mais aprofundado. </div>
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Na verdade, os jornais sempre sofreram com a falta de instantaneidade das informações, prerrogativa do rádio, da TV e, mais recentemente, da internet – que vem tomando o espaço não só da mídia impressa, mas de todos os meios de comunicação tradicionais. </div>
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Enquanto os jornais investem em matérias analíticas, as revistas nas investigativas e a televisão no poder da imagem, a internet faz de tudo: podcast, vídeo e texto informativo e reflexivo. Ela cresce 21% ao ano, enquanto a taxa de crescimento dos outros meios se estabiliza ou cai. Cada vez mais, a Web se consolida como o centro do conhecimento descentralizado, um espaço da conversa multidirecional em que todos falam de tudo. </div>
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Talvez por isso a figura do jornalista como intermediário entre a informação e o público esteja em declínio. A força exercida pelas redes sociais como blogs, Orkut, LinkedIn, Facebook e Twitter já pôde ser percebida em diversos acontecimentos, como os relatos enviados por cidadãos iranianos no auge dos últimos conflitos, em um país com sérias restrições à cobertura jornalística tradicional. Isso prova que para uma notícia vir à tona não é preciso que haja um jornalista <em>in loco</em> para relatar os fatos. Eles podem vir diretamente da fonte, por meio de um blog, por exemplo.</div>
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O fato é que o jornalismo passa por um momento de transição, em que os veículos tentam se adequar à nova realidade digital. A internet caminha para abranger todas as áreas das nossas vidas e isso inclui a forma com que informamos e somos informados. É por isso que o futuro do jornalismo está na conversa. A notícia não estará mais nas mãos apenas dos jornalistas: ela está nas redes sociais, onde todos podem informar e debater. Quem estiver fora dessa discussão, também vai morrer. Precisamos nos adaptar.<br />
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* Daniel Agrela e Mariane Pinho são jornalistas e atuam como PR Digital na Cia da Informação.</div>
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