Distante, despovoado e empoeirado dos filmes de cowboy, o Estado de Arkansas, ao sul do rio Mississipi, no coração do chamado cinturão bíblico dos Estados Unidos, sempre foi conhecido como o reino dos frangos, porcos e bois por ser, há muitos anos, o maior fabricante de proteína animal no mundo.
Há um pouco mais duas décadas, no entanto, o Estado ganhou celebridade por abrigar a maior empresa mundial, o Wal Mart, criado por Sam Walton, de Bentonwille, e William Jefferson "Bill" Clinton, o 42º presidente norte-americano, da cidade de Hope. Clinton está tão onipresente no Arkansas quanto sua mulher, Hillary, está na liderança das pesquisas de opinião para a sucessão de George W. Bush.
O que pouca gente sabe é que o Brasil é a maior estrela no radar de negócios do Arkansas. Sentado em bilhões de dólares dos Rockfeller, que se mudaram para cá no século passado, ou na riqueza trazida por empresas como a Tyson Foods, processadora de carnes, ou da transportadora de caminhões J. B. Hunt, ambas gigantes globais, governo, universidade e a iniciativa privada se uniram para conquistar o Brasil.
Por quê? A primeira resposta é o etanol, mas a partir daí as possibilidades são infindáveis. “Por sermos uns dos estados mais centrais dos Estados Unidos, termos um eficiente sistema de transporte e estarmos próximos aos portos de Houston, no Texas, e Nova Orleans, na Louisiana, nos consideramos candidatos naturais para receber e distribuir o notável combustível brasileiro”, diz John Kadyszewski, da Winrock International, uma fundação mantida pelos Rockfeller e sediada no Estado.
Aqui vão algumas oportunidades para as empresas brasileiras no Arkansas (pronuncia-se arcanssá, com o “r” bem puxado, e significa na linguagem indígena “povo do rio abaixo”):
- Aeronáutica – O estado tem fábricas da francesa Dassault Falcon Jet e das americanas Lockheed Martin e Raytheon. A ênfase é na finalização da produção de aviões. Para quem produz ou transforma peças para a indústria aeroespacial, como o cluster de São José dos Campos ao redor da brasileira Embraer, é uma excelente oportunidade para diversificar o portfólio de clientes.
- Logística – Com 100 aeroportos, 26 ferrovias e recentes investimentos de US$ 1 bilhão em suas estradas, Arkansas não só tem as duas maiores empresas transportadoras do mundo, como a J. B. Hunt, mas também 2,4 mil quilômetros de rios que levam aos principais portos norte-americanos. Para o pessoal de logística no Brasil, um lugar na metade do caminho entre o México e o Canadá, ou entre as Carolinas e a Califórnia, é um paraíso ainda a ser explorado.
- Educação - Energizada como doações de bilhões de dólares dos acionistas da Wal Mart e da Tyson Foods, a Universidade do Arkansas é líder em setores tão díspares quanto realidade virtual e nanotecnologia. Com anuidades que não passam de US$ 5 mil dólares, ínfimas se comparadas a outras instituições norte-americanas, a instituição quer atrair suas congêneres brasileiras com programas de intercâmbio de estudantes e professores. Uma das grandes atrações da Universidade é o Clinton School of Public Service, que oferece MBA para líderes que queiram fazer o bem.
- Wal Mart – A maior empresa do mundo, com 1,9 de funcionários, vendas de US$ 349 bilhões e presente em 14 países, é um país em si. Tornar-se fornecedor do Wal Mart, embora tenha de se passar pelo calvário das negociações ditadas pelo mantra “economizando para os clientes, e assim melhorando suas vidas”, é um passaporte para o sucesso. Só nos arredores de Bentonville, cerca de 12.500 fornecedores disputam os espaços para ficar mais perto da maior compradora de produtos do mundo.
- Biotecnologia – Criada por incubar empresas de biotecnologia com o dinheiro das patentes científicas, a Bioventures já tem no currículo sucessos das descobertas no tratamento do mieloma (câncer no plasma sanguíneo), prolongamento da vida de pacientes com câncer, recuperação de tecidos e outras maravilhas da genética. Já criou 19 empresas e detém hoje 165 patentes.
“O Brasil é candidato natural a ser um dos nossos grandes parceiros”, diz W. Dan Hendrix, CEO do World Trade Center de Arkansas, o centro de uma máquina unida, abastada e eficiente que trabalha 24 horas por dia, sete dias por semana, para atrair investimentos e outros negócios para o Estado. Hendrix é também um fundraiser profissional. Já conseguiu um bilhão de dólares para a Universidade do Arkansas.
Há um pouco mais duas décadas, no entanto, o Estado ganhou celebridade por abrigar a maior empresa mundial, o Wal Mart, criado por Sam Walton, de Bentonwille, e William Jefferson "Bill" Clinton, o 42º presidente norte-americano, da cidade de Hope. Clinton está tão onipresente no Arkansas quanto sua mulher, Hillary, está na liderança das pesquisas de opinião para a sucessão de George W. Bush.
O que pouca gente sabe é que o Brasil é a maior estrela no radar de negócios do Arkansas. Sentado em bilhões de dólares dos Rockfeller, que se mudaram para cá no século passado, ou na riqueza trazida por empresas como a Tyson Foods, processadora de carnes, ou da transportadora de caminhões J. B. Hunt, ambas gigantes globais, governo, universidade e a iniciativa privada se uniram para conquistar o Brasil.
Por quê? A primeira resposta é o etanol, mas a partir daí as possibilidades são infindáveis. “Por sermos uns dos estados mais centrais dos Estados Unidos, termos um eficiente sistema de transporte e estarmos próximos aos portos de Houston, no Texas, e Nova Orleans, na Louisiana, nos consideramos candidatos naturais para receber e distribuir o notável combustível brasileiro”, diz John Kadyszewski, da Winrock International, uma fundação mantida pelos Rockfeller e sediada no Estado.
Aqui vão algumas oportunidades para as empresas brasileiras no Arkansas (pronuncia-se arcanssá, com o “r” bem puxado, e significa na linguagem indígena “povo do rio abaixo”):
- Aeronáutica – O estado tem fábricas da francesa Dassault Falcon Jet e das americanas Lockheed Martin e Raytheon. A ênfase é na finalização da produção de aviões. Para quem produz ou transforma peças para a indústria aeroespacial, como o cluster de São José dos Campos ao redor da brasileira Embraer, é uma excelente oportunidade para diversificar o portfólio de clientes.
- Logística – Com 100 aeroportos, 26 ferrovias e recentes investimentos de US$ 1 bilhão em suas estradas, Arkansas não só tem as duas maiores empresas transportadoras do mundo, como a J. B. Hunt, mas também 2,4 mil quilômetros de rios que levam aos principais portos norte-americanos. Para o pessoal de logística no Brasil, um lugar na metade do caminho entre o México e o Canadá, ou entre as Carolinas e a Califórnia, é um paraíso ainda a ser explorado.
- Educação - Energizada como doações de bilhões de dólares dos acionistas da Wal Mart e da Tyson Foods, a Universidade do Arkansas é líder em setores tão díspares quanto realidade virtual e nanotecnologia. Com anuidades que não passam de US$ 5 mil dólares, ínfimas se comparadas a outras instituições norte-americanas, a instituição quer atrair suas congêneres brasileiras com programas de intercâmbio de estudantes e professores. Uma das grandes atrações da Universidade é o Clinton School of Public Service, que oferece MBA para líderes que queiram fazer o bem.
- Wal Mart – A maior empresa do mundo, com 1,9 de funcionários, vendas de US$ 349 bilhões e presente em 14 países, é um país em si. Tornar-se fornecedor do Wal Mart, embora tenha de se passar pelo calvário das negociações ditadas pelo mantra “economizando para os clientes, e assim melhorando suas vidas”, é um passaporte para o sucesso. Só nos arredores de Bentonville, cerca de 12.500 fornecedores disputam os espaços para ficar mais perto da maior compradora de produtos do mundo.
- Biotecnologia – Criada por incubar empresas de biotecnologia com o dinheiro das patentes científicas, a Bioventures já tem no currículo sucessos das descobertas no tratamento do mieloma (câncer no plasma sanguíneo), prolongamento da vida de pacientes com câncer, recuperação de tecidos e outras maravilhas da genética. Já criou 19 empresas e detém hoje 165 patentes.
“O Brasil é candidato natural a ser um dos nossos grandes parceiros”, diz W. Dan Hendrix, CEO do World Trade Center de Arkansas, o centro de uma máquina unida, abastada e eficiente que trabalha 24 horas por dia, sete dias por semana, para atrair investimentos e outros negócios para o Estado. Hendrix é também um fundraiser profissional. Já conseguiu um bilhão de dólares para a Universidade do Arkansas.
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