Estréia esta semana nos Estados Unidos o segundo – e mais polêmico ainda – documentário de Jamie Johnson, 29 anos, o premiado herdeiro da Johnson & Johnson que está fazendo da sua vida uma luta para denunciar a única coisa que tanto os ricos quanto os pobres gostam: dinheiro.
“The One Percent”, apresentado sob aplausos no TriBeCa Film Festival, é um documentário de 80 minutos sobre os desafios que os Estados Unidos enfrentam ao ter apenas um por cento da sua população controlando a metade da riqueza nacional.
O filme apresenta o comentarista Robert Reich, Bill Gates Sr., Milton Friedman (que acusou Johnson de socialista e abandonou as filmagens) e alguns bilionários, contrabalanceando com cenas que mostram efeito do furacão Katrina sobre a população pobre do Sul dos Estados Unidos.
Em 2003, Jamie, uma espécie de Michael Moore dos ricos, já tinha irritado seus amigos (e a própria família) ao lançar Born Rich, transmitido pela rede HBO. Na apresentação, frisou-se que documentário era “sobre os filhos dos ricos e dirigido por um deles”.
O herdeiro entrevista seus amigos e conhecidos sobre a experiência de viver sem restrições financeiras de nenhuma espécie. Fez tanto sucesso com a iniciativa que ganhou dois prêmios Emmy, incluindo melhor direção para não ficção, e uma aparição no programa de Oprah Winfrey na TV, onde foi entrevistado ao lado da neta do bilionário Warren Buffet, hoje o homem mais rico do mundo.
Depois de lançar “The One Percent”, Jamie sofreu ainda mais ameaças e acusações dos entrevistados e citados, inclusive da J&J e de seu pai James Loring Johnson, que o acusaram de tê-los retratado injustamente. O cineasta, no entanto, descobriu, durante as filmagens, que seu pai tinha ajudado a custear um documentário sobre o apartheid e outras injustiças na África do Sul. À época, a reprimenda da família foi tão forte que seu pai jamais voltou a fazer filmes, preferindo pintar paisagens e ler o dia inteiro.
Numa entrevista ontem na NPR, Jamie Johnson revelou que o dinheiro, ou o excesso dele, sempre foi um tabu nas reuniões familiares. Seu pai costumava dizer: “Porque você está falando sobre dinheiro? Se alguém te perguntar sobre isto, diga que não é verdade, diga que não temos parentesco com a família que fundou a Johnson & Johnson”.
Pessoas ricas, diz Jamie na NPR, geralmente relutam em falar sobre dinheiro, particularmente antigos milionários, aqui chamados Old Money, e WASPs (abreviatura em inglês para branco, anglo saxão e protestante). Mesmo assim, ele diz que este tabu nunca o intimidou.
“A fortuna da minha família está aumentado mais rápido do que nunca – somos parte de um pequeno número de famílias que tem a maioria da riqueza nacional -, mas ter-se tanto na mão de tão poucos não pode ser bom para a América”, diz.
O documentário contrapõe cenas de country clubes, seminários para se evitar a alta taxação do governo ou cursos de como ter acesso a presidentes da República, e cenas de deprivação, como Nova Orleans sendo inundada durante o furacão katrina.
Uma das melhores cenas é Jamie, com um microfone escondido, perseguindo seu pai num country clube e perguntando sobre o que ele achava da riqueza. Ele, perdendo a paciência, responde: “Eu não posso te dar todas as soluções para os problemas do mundo”.
“The One Percent”, apresentado sob aplausos no TriBeCa Film Festival, é um documentário de 80 minutos sobre os desafios que os Estados Unidos enfrentam ao ter apenas um por cento da sua população controlando a metade da riqueza nacional.
O filme apresenta o comentarista Robert Reich, Bill Gates Sr., Milton Friedman (que acusou Johnson de socialista e abandonou as filmagens) e alguns bilionários, contrabalanceando com cenas que mostram efeito do furacão Katrina sobre a população pobre do Sul dos Estados Unidos.
Em 2003, Jamie, uma espécie de Michael Moore dos ricos, já tinha irritado seus amigos (e a própria família) ao lançar Born Rich, transmitido pela rede HBO. Na apresentação, frisou-se que documentário era “sobre os filhos dos ricos e dirigido por um deles”.
O herdeiro entrevista seus amigos e conhecidos sobre a experiência de viver sem restrições financeiras de nenhuma espécie. Fez tanto sucesso com a iniciativa que ganhou dois prêmios Emmy, incluindo melhor direção para não ficção, e uma aparição no programa de Oprah Winfrey na TV, onde foi entrevistado ao lado da neta do bilionário Warren Buffet, hoje o homem mais rico do mundo.
Depois de lançar “The One Percent”, Jamie sofreu ainda mais ameaças e acusações dos entrevistados e citados, inclusive da J&J e de seu pai James Loring Johnson, que o acusaram de tê-los retratado injustamente. O cineasta, no entanto, descobriu, durante as filmagens, que seu pai tinha ajudado a custear um documentário sobre o apartheid e outras injustiças na África do Sul. À época, a reprimenda da família foi tão forte que seu pai jamais voltou a fazer filmes, preferindo pintar paisagens e ler o dia inteiro.
Numa entrevista ontem na NPR, Jamie Johnson revelou que o dinheiro, ou o excesso dele, sempre foi um tabu nas reuniões familiares. Seu pai costumava dizer: “Porque você está falando sobre dinheiro? Se alguém te perguntar sobre isto, diga que não é verdade, diga que não temos parentesco com a família que fundou a Johnson & Johnson”.
Pessoas ricas, diz Jamie na NPR, geralmente relutam em falar sobre dinheiro, particularmente antigos milionários, aqui chamados Old Money, e WASPs (abreviatura em inglês para branco, anglo saxão e protestante). Mesmo assim, ele diz que este tabu nunca o intimidou.
“A fortuna da minha família está aumentado mais rápido do que nunca – somos parte de um pequeno número de famílias que tem a maioria da riqueza nacional -, mas ter-se tanto na mão de tão poucos não pode ser bom para a América”, diz.
O documentário contrapõe cenas de country clubes, seminários para se evitar a alta taxação do governo ou cursos de como ter acesso a presidentes da República, e cenas de deprivação, como Nova Orleans sendo inundada durante o furacão katrina.
Uma das melhores cenas é Jamie, com um microfone escondido, perseguindo seu pai num country clube e perguntando sobre o que ele achava da riqueza. Ele, perdendo a paciência, responde: “Eu não posso te dar todas as soluções para os problemas do mundo”.