Seattle – A Jackson School of International Studies, da Universidade de Washington, anunciou ontem a criação de seu Centro de Estudos Brasileiros. O centro, que pretende ser a melhor e mais completa instituição do gênero em todo os Estados Unidos, será o elo que reunirá a cultura, a iniciativa privada e a mídia brasileira em toda a Costa Oeste norte-americana, desde a Califórnia até o Estado de Washington. Além da própria reitoria da Universidade, Fiesp, Boeing, Microsoft e Starbucks – as maiores empresas da região - estão entre os primeiros apoiadores da iniciativa.
Através da oficialização, o Centro já pode receber doações dedutíveis do imposto de renda de empresas, governos, associações e outras instituições, tanto brasileiras e norte-americanas. “O Centro nasce da necessidade de aumentarmos o entendimento do Brasil na região, a fim de que os empresários, formadores de opinião e outros líderes se dêem conta das potencialidades culturais e econômicas de uma das maiores potências mundiais, o Brasil”, disse o professor Jonathan Warren, um dos fundadores.
O Centro foi criado depois da visita da missão brasileira da Fiesp à Costa Oeste dos Estados Unidos, em outubro do ano passado, liderada pelo empresário Roberto Giannetti da Fonseca. “Os Estados Unidos são os maiores parceiros comerciais do Brasil, mas as possibilidades desta região estão sendo pouquíssimo exploradas pelos empresários brasileiros”, diz ele. “Daí a razão de criarmos um Centro que, mais do que cultura e educação, provenha informações negociais para os empresários brasileiros a partir de Seattle”.
Depois da oficialização, representantes do Comitê Organizador do Centro receberão na semana que vem um plano de negócios, as propostas de nomes para a criação do conselho diretor e as necessidades iniciais de fundos, calculadas entre US$ 100 mil e US$ 1 milhão. Os recursos virão de empresas apoiadoras, do governo do Estado de Washington e ainda de programas federais de incentivos ao comércio externo norte-americano, bem como de empresas e instituições brasileiras que desejam fazer ou aumentar seus negócios na Costa Oeste dos Estados Unidos.
A instituição já conta com uma sala e computadores na Jackson School da Universidade de Washington, bem como com o trabalho integral de coordenador, o economista Jay Freistadt, especialista em economia brasileira. O desenvolvimento dos trabalhos já pode ser visto no site http://jsis.washington.edu/brazil/about.shtml. Dois dos primeiros projetos, o envio de estagiários norte-americanos para empresas brasileiras, bem como um curso virtual para a formação de empreendedores, já estão em andamento.
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