A lenda de Bruce Lee continua viva - e faturando como nunca.
Por Pedro Augusto Leite Costa, de Seattle (Originalmente publicado na Veja.com)
Seattle - 42 anos depois da sua morte, vítima de aneurisma celebral, o lutador-filósoro--escritor e ator Bruce Lee ainda fatura quase 7 milhões de dólares anuais em direitos autorais: está entre as 20 falecidas celebridades que mais faturam no mundo, perdendo para ídolos como Michael Jackson, Elvis Presley e Marilyn Monroe. Tornou-se tema de game na Apple, motivo de culto dos cinéfilos em mais de 17 filmes e documentários, atração turística em Seattle (seu túmulo é visitado por mais de 10 mil turistas, todos os anos) e, agora, o centro de uma magnífica exposição que começou a itinerância no Wing Luke Museu, na parte asiática da cidade, e que vai visitar diversos países do mundo, inclusive o Brasil.
Filho de cantor de ópera de antiga colônia britânica de Hong Kong, Lee - nascido Jun-fan - nasceu em San Francisco mas mudou-se para Seattle, onde teve dois filhos, um dos quais - Brandon - morto por um tiro acidental dentro de um estúdio de gravação. Sua mulher, Linda, e a filha, Shannon vivem aqui e trabalham na Fundação que leva o seu nome. Bruce, que nos filmes costumava lutar contra 30 oponentes de uma só vez, foi o responsável por trazer as artes marciais para o Ocidente, quebrando preconceitos contra os asiáticos perante a sociedade norte-americana e, mais ainda, tornando-se um dos maiores ícones da cultura mundial na década de 60.
Nos filmes, Lee é apresentando como vingador, purista, ao estilo do cowboy que volta para destruir o mal e, melhor ainda, conquistar a garota dos seus sonhos. Como muita gente, ele tornou-se um dos maiores lutadores de artes marciais para sobreviver à luta de gangs em Hong Kong, onde passou boa parte da sua infância e adolescência. Com o tempo, reuniu 25 estilos e criou sua própria escola, Jee Kune Do. Passou então, a ensinar artes marciais para quem quisesse - homens, mulheres e crianças, tornando-se um dos maiores divulgadores da arte, até iniciar seu próprio negócio através de franchising.
Franzino, pouco mais de um metro e meio e 64 quilos, Lee também é o resultado de intensa disciplina e aplicação aos treinamentos. Chegava fazer mais de mil flexões todas as manhãs, algumas com apenas o polegar como sustentáculo. Foi também o inventor one inch punch, o soco com o polegar da mão direita que abatia o inimigo, e também com o qual se apoiava também para fazer flexões.
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