Larry King, nascido Lawrance Harvey Zeiger, o entrevistador-mor dos Estados Unidos, líder de audiência da CNN, com milhões de espectadores diários em todo o mundo, vai fazer 50 anos de entrevistas (cerca de 40 mil, segundo suas estimativas) em abril.
Nesta semana, em sua mansão em Pasadena, na Califórnia, ele disse que celebrará este meio século de perguntas com uma “big” programação na emissora, fundada pelo lendário Ted Turner: uma semana de entrevistas com Bill Clinton, Ophra Winfrey, Angelina Jolie e, como atração principal, ele mesmo. Será colocado na parede por Katie Couric, a âncora do CBS, a maior estrela da TV americana.
King, um homem que fumava três maços de cigarro por dia, teve um ataque cardíaco e hoje dirige uma fundação que socorre gente com problemas no coração, comanda o mais antigo programa de entrevistas que se tem notícia. Começou na CNN em 1987, mas vive de perguntas desde maio de 1957, quando largou a vassoura de uma rádio de Miami (ele era uma mistura de faxineiro e auxiliar de serviços gerais) e foi colocado no ar.
Pouco atraente, voz estridente e costumeiros deslizes gramaticais, o ex-entregador da UPS faz sucesso há cinco décadas fazendo perguntas. Só isso. Com óculos de fundo de garrafa, cotovelos na mesa e suspensórios vermelhos, ele não opina, não conversa ficado, não bate-boca e, o que deveria ser óbvio para todos os jornalistas, deixa o entrevistado falar. Faz perguntas instantâneas, à queima roupa, que apenas funcionam como fio condutor da conversa.
“O segredo de minha longevidade no ar é guardar para mim minhas opiniões e meu temperamento”, diz King, que vai fazer 74 anos. Ele já pensa antecipadamente em renovar o contrato com a CNN, que vence em 2009. Raramente vê TV, não usa internet e, todos os dias, leva seus filhos à escola (King foi casado oito vezes e tem seis filhos), na Califórnia, para onde se mudou para ficar mais perto das celebridades, que inundam seu programa.
Outro segredo de Larry é mais óbvio ainda: colocar o telespectador no centro do espetáculo. Todas as noites (o programa é transmitido às 9 horas na Costa Leste) dá espaço para perguntas via telefone ou email. Em seu website, Larry já deixa preparado um lugar para que a audiência lhe envie perguntas, nem sempre agradáveis aos entrevistados. No site também pode-se obter as transcrições de todas as entrevistas feitas.
Uma das atrações do programa é o trailler antes e depois de cada intervalo comercial. Pode ser o trecho de um filme, cenas de um show ou um discurso. Este expediente faz com que o telespectador se insira no contexto da conversa e se familiarize com o entrevistado. O nome do entrevistado e suas declarações mais polêmicas aparecem no letreiro durante todo o programa.
Foi por estes letreiros que King foi processado diversas vezes, pois muitos deles trazem pontos de vista ou opiniões preconceituosas a respeito do convidado ou da convidada.
Larry sempre foi absolvido com base na Primeira Emenda da Constituição norte-americana (Liberdade de Expressão), o que lhe dá o privilégio de editar as entrevistas como bem quiser.
Durante estes 50 anos, King teve a oportunidade de conviver, mesmo que por rápidos momentos, com celebridades de dois séculos, desde Eleonor Roosevelt e John Kennedy, até Tony Blair, Jerry Steinfield ou Monica Lewinsky. Já emprestou sua voz (e às vezes sua imagem) a mais de 20 filmes e desenho animados. Recentemente, gravou sua participação em Sherek 3.
Filho de judeus que emigraram do leste europeu, ele é, de tempos em tempos, ridicularizado pelos concorrentes ou pelos humorísticos por sua avançada idade à frente do programa. Um de seus maiores concorrentes, David Letterman, já colocou vídeos no ar mostrando King se transformar numa múmia, ou às vezes no esqueleto.
Na entrevista que deu a um jornal canadense, o Toronto Sun, King revelou quais celebridades ainda quer entrevistar. O Papa Bento XVI e Fidel Castro (antes que ele saia desta para uma melhor, segundo ele). O que você perguntaria a Fidel, indagou o repórter: “o que falhou, o que deu errado, por que o comunismo acabou”, sugeriu. King não perde uma chance. Há sempre uma pergunta no ar.
Nesta semana, em sua mansão em Pasadena, na Califórnia, ele disse que celebrará este meio século de perguntas com uma “big” programação na emissora, fundada pelo lendário Ted Turner: uma semana de entrevistas com Bill Clinton, Ophra Winfrey, Angelina Jolie e, como atração principal, ele mesmo. Será colocado na parede por Katie Couric, a âncora do CBS, a maior estrela da TV americana.
King, um homem que fumava três maços de cigarro por dia, teve um ataque cardíaco e hoje dirige uma fundação que socorre gente com problemas no coração, comanda o mais antigo programa de entrevistas que se tem notícia. Começou na CNN em 1987, mas vive de perguntas desde maio de 1957, quando largou a vassoura de uma rádio de Miami (ele era uma mistura de faxineiro e auxiliar de serviços gerais) e foi colocado no ar.
Pouco atraente, voz estridente e costumeiros deslizes gramaticais, o ex-entregador da UPS faz sucesso há cinco décadas fazendo perguntas. Só isso. Com óculos de fundo de garrafa, cotovelos na mesa e suspensórios vermelhos, ele não opina, não conversa ficado, não bate-boca e, o que deveria ser óbvio para todos os jornalistas, deixa o entrevistado falar. Faz perguntas instantâneas, à queima roupa, que apenas funcionam como fio condutor da conversa.
“O segredo de minha longevidade no ar é guardar para mim minhas opiniões e meu temperamento”, diz King, que vai fazer 74 anos. Ele já pensa antecipadamente em renovar o contrato com a CNN, que vence em 2009. Raramente vê TV, não usa internet e, todos os dias, leva seus filhos à escola (King foi casado oito vezes e tem seis filhos), na Califórnia, para onde se mudou para ficar mais perto das celebridades, que inundam seu programa.
Outro segredo de Larry é mais óbvio ainda: colocar o telespectador no centro do espetáculo. Todas as noites (o programa é transmitido às 9 horas na Costa Leste) dá espaço para perguntas via telefone ou email. Em seu website, Larry já deixa preparado um lugar para que a audiência lhe envie perguntas, nem sempre agradáveis aos entrevistados. No site também pode-se obter as transcrições de todas as entrevistas feitas.
Uma das atrações do programa é o trailler antes e depois de cada intervalo comercial. Pode ser o trecho de um filme, cenas de um show ou um discurso. Este expediente faz com que o telespectador se insira no contexto da conversa e se familiarize com o entrevistado. O nome do entrevistado e suas declarações mais polêmicas aparecem no letreiro durante todo o programa.
Foi por estes letreiros que King foi processado diversas vezes, pois muitos deles trazem pontos de vista ou opiniões preconceituosas a respeito do convidado ou da convidada.
Larry sempre foi absolvido com base na Primeira Emenda da Constituição norte-americana (Liberdade de Expressão), o que lhe dá o privilégio de editar as entrevistas como bem quiser.
Durante estes 50 anos, King teve a oportunidade de conviver, mesmo que por rápidos momentos, com celebridades de dois séculos, desde Eleonor Roosevelt e John Kennedy, até Tony Blair, Jerry Steinfield ou Monica Lewinsky. Já emprestou sua voz (e às vezes sua imagem) a mais de 20 filmes e desenho animados. Recentemente, gravou sua participação em Sherek 3.
Filho de judeus que emigraram do leste europeu, ele é, de tempos em tempos, ridicularizado pelos concorrentes ou pelos humorísticos por sua avançada idade à frente do programa. Um de seus maiores concorrentes, David Letterman, já colocou vídeos no ar mostrando King se transformar numa múmia, ou às vezes no esqueleto.
Na entrevista que deu a um jornal canadense, o Toronto Sun, King revelou quais celebridades ainda quer entrevistar. O Papa Bento XVI e Fidel Castro (antes que ele saia desta para uma melhor, segundo ele). O que você perguntaria a Fidel, indagou o repórter: “o que falhou, o que deu errado, por que o comunismo acabou”, sugeriu. King não perde uma chance. Há sempre uma pergunta no ar.
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