Aos ilustres nomes do título acima adiciona-se, agora, o de Stephen Colbert, o maior humorista americano da atualidade, que semana passada anunciou ser candidato à Presidência dos Estados Unidos por ambos os maiores partidos, Republicano e Democrata. Colbert registrou-se quarta-feira pela Carolina do Norte, o Estado onde foi criado, e com sua força – seu programa The Colbert Report é um dos mais vistos na TV americana – é capaz de atrapalhar o caminho de muita gente, da mesma forma que advogado dos consumidores Ralph Nader roubou votos do democrata Al Gore e deu a presidência americana ao republicano George W. Bush em 2000.
Tião era um macaco, Cacareco um rinoceronte, mas Colbert é diferente. Ao lado de Jon Stuart, do The Daily Show, representa uma incrível tendência na política americana: os eleitores preferem se informar sobre política em programas que ridicularizam os políticos. A política tradicional, aquela que os gregos elegeram como a atividade mais importante do ser humano, ficou restrita aos sonolentos debates da TV e nas mãos de poucos eleitores (30% da população) que ainda se dispõem a sair de casa e votar.
Em seu programa de meia hora no final da noite no Comedy Central, Colbert desdenha de todo mundo, especialmente dele mesmo. Ele era um obscuro ator quando começou a trabalhar para o The Daily Show, onde fez sucesso como correspondente sênior na Casa Branca entre 1997 a 2005. A receptividade foi tão grande que o próprio Jon Stuart convidou (e produziu) um programa para ele, o The Colbert Report, uma paródia ao programa do porta-voz da direita, Bill O’Reilly, do The O’Reilly Factor, na Fox News.
` Colbert começou a chamar atenção dos políticos quando iniciou uma série de entrevistas com boa parte dos congressistas americanos no Capitólio, e freqüentemente parecia dormir à frente dos deputados ou fazer perguntas sem nexo que deixavam os parlamentares perplexos. Os próprios deputados e senadores se ofereciam para aparecer no programa, confiando na alta audiência. Mas a coisa ficou tão ridícula que a liderança do Partido Democrata recomendou que os deputados evitassem o programa para não ridicularizar o Parlamento.
O sucesso do comediante só aconteceu entre o grande publico quando, no tradicional jantar da Associação dos Correspondentes da Casa Branca, chocou o presidente Bush com piadas desrespeitosas para um chefe de Estado, seja ele qualquer. De repente, sua audiência subiu cerca de 30% no Comedy Central. Afinal, Colbert não tem compromisso com ninguém, nem com ele mesmo. Se autodescreve como “bem intencionado, pouco informado...um idiota de alto nível”, ao mesmo tempo “egomaníaco, xenófobo e anti intelectual”.
Uma pesquisa da Public Opinion Strategies mês passou descobriu que Colbert receberia 2.3% dos votos democratas, mais do que Bill Richardson, Christopher Dodd, Dennis Kucinich e Mike Gravel, que disputam com Hillary Clinton e Barack Obama a indicação do partido para a presidência dos Estados Unidos. Ele receberia 13% se sua candidatura fosse independente contra Rudy Giuliani, o favorito dos Republicanos, ou mesmo contra Hillary Clinton.
Os resultados são especialmente contundentes entre jovens de 18 a 29 anos, onde Colbert tem 28% da preferência do eleitorado. Um comentarista de TV chegou a dizer que ele estaria à frente dos todos os demais candidatos agora em meados de novembro. No Facebook, o site de relacionamento mais famoso do mundo, ele tem um fã clube de mais um milhão de jovens, e é considerado o grupo que mais cresce em toda a história do site – 83 pessoas por minuto.
Colbert diz já ter 15 milhões de dólares no caixa de campanha, através de doações do Doritos, a fritura vendida pela Pepsi. Já disse que, se eleito, “será tão bom para o país quando Doritos é para o seu corpo”. Os aspectos legais da campanha – se ele pode ou não ser candidato, principalmente- já dividem democratas e republicanos. Muitos blogueiros o chamam de “O Retrocesso Colbert”, por invadir o território político cruzando a linha da sátira e, assim, bagunçando todo o processo.
Colbert presidente pode ser uma sátira exagerada, como no filme “O Homem do Ano”, com Rob Willians. Mas ele já foi eleito pela revista Time uma das celebridades mais influentes de 2006, enquanto o New York Magazine o escolheu como uma das mais influentes personalidades da mídia. Em 2007, foi eleito pelo U.S. Comedy Arts Festival como A Personalidade do Ano e Um dos mais sexy homens vivos, entre outros prêmios. A coisa ainda está na brincadeira, mas como na história do bode na sala, está começando a incomodar. Seriamente.
Tião era um macaco, Cacareco um rinoceronte, mas Colbert é diferente. Ao lado de Jon Stuart, do The Daily Show, representa uma incrível tendência na política americana: os eleitores preferem se informar sobre política em programas que ridicularizam os políticos. A política tradicional, aquela que os gregos elegeram como a atividade mais importante do ser humano, ficou restrita aos sonolentos debates da TV e nas mãos de poucos eleitores (30% da população) que ainda se dispõem a sair de casa e votar.
Em seu programa de meia hora no final da noite no Comedy Central, Colbert desdenha de todo mundo, especialmente dele mesmo. Ele era um obscuro ator quando começou a trabalhar para o The Daily Show, onde fez sucesso como correspondente sênior na Casa Branca entre 1997 a 2005. A receptividade foi tão grande que o próprio Jon Stuart convidou (e produziu) um programa para ele, o The Colbert Report, uma paródia ao programa do porta-voz da direita, Bill O’Reilly, do The O’Reilly Factor, na Fox News.
` Colbert começou a chamar atenção dos políticos quando iniciou uma série de entrevistas com boa parte dos congressistas americanos no Capitólio, e freqüentemente parecia dormir à frente dos deputados ou fazer perguntas sem nexo que deixavam os parlamentares perplexos. Os próprios deputados e senadores se ofereciam para aparecer no programa, confiando na alta audiência. Mas a coisa ficou tão ridícula que a liderança do Partido Democrata recomendou que os deputados evitassem o programa para não ridicularizar o Parlamento.
O sucesso do comediante só aconteceu entre o grande publico quando, no tradicional jantar da Associação dos Correspondentes da Casa Branca, chocou o presidente Bush com piadas desrespeitosas para um chefe de Estado, seja ele qualquer. De repente, sua audiência subiu cerca de 30% no Comedy Central. Afinal, Colbert não tem compromisso com ninguém, nem com ele mesmo. Se autodescreve como “bem intencionado, pouco informado...um idiota de alto nível”, ao mesmo tempo “egomaníaco, xenófobo e anti intelectual”.
Uma pesquisa da Public Opinion Strategies mês passou descobriu que Colbert receberia 2.3% dos votos democratas, mais do que Bill Richardson, Christopher Dodd, Dennis Kucinich e Mike Gravel, que disputam com Hillary Clinton e Barack Obama a indicação do partido para a presidência dos Estados Unidos. Ele receberia 13% se sua candidatura fosse independente contra Rudy Giuliani, o favorito dos Republicanos, ou mesmo contra Hillary Clinton.
Os resultados são especialmente contundentes entre jovens de 18 a 29 anos, onde Colbert tem 28% da preferência do eleitorado. Um comentarista de TV chegou a dizer que ele estaria à frente dos todos os demais candidatos agora em meados de novembro. No Facebook, o site de relacionamento mais famoso do mundo, ele tem um fã clube de mais um milhão de jovens, e é considerado o grupo que mais cresce em toda a história do site – 83 pessoas por minuto.
Colbert diz já ter 15 milhões de dólares no caixa de campanha, através de doações do Doritos, a fritura vendida pela Pepsi. Já disse que, se eleito, “será tão bom para o país quando Doritos é para o seu corpo”. Os aspectos legais da campanha – se ele pode ou não ser candidato, principalmente- já dividem democratas e republicanos. Muitos blogueiros o chamam de “O Retrocesso Colbert”, por invadir o território político cruzando a linha da sátira e, assim, bagunçando todo o processo.
Colbert presidente pode ser uma sátira exagerada, como no filme “O Homem do Ano”, com Rob Willians. Mas ele já foi eleito pela revista Time uma das celebridades mais influentes de 2006, enquanto o New York Magazine o escolheu como uma das mais influentes personalidades da mídia. Em 2007, foi eleito pelo U.S. Comedy Arts Festival como A Personalidade do Ano e Um dos mais sexy homens vivos, entre outros prêmios. A coisa ainda está na brincadeira, mas como na história do bode na sala, está começando a incomodar. Seriamente.
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