Virada na eleição presidencial norte-americana esta semana. Barack Obama, 46 anos, negro, havaiano criado na Indonésia, um conciliador que faria inveja a Tancredo Neves, superou Hillary Clinton e agora é o democrata favorito (30% das preferências) no cáucus de Iowa no início de janeiro, a “porta de entrada” para a Casa Branca. Do lado republicano, o pastor batista Mike Huckabee, 52 anos, ex-governador do Arkansas, que é contra o aborto, o casamento homossexual e pesquisas com embriões humanos, saiu de 8% para 24% nas pesquisas, podendo superar o também extrema-direita Mitt Romney, até agora o favorito no Estado.
A virada de Huckabee, anunciada às vésperas do feriado de ação de Graças, foi atribuída ao conservadorismo dos eleitores religiosos de Iowa. Já a ascensão de Obama decorre, principalmente, do cansaço do eleitorado com os “dois países” que se formaram depois da eleição de George W. Bush: as costas Leste e Oeste, progressistas, e os estados centrais, conservadores. Em termos nacionais, a ex-primeira dama Hillary Clinton, cuja plataforma está centrada na reforma do sistema de saúde, ainda domina a preferência dos democratas, ao passo que o ex-governador de Nova York, Rudy Giuliani, que se auto proclama o salvador da cidade depois de 11 de setembro, é o favorito entre os republicanos com o seu discurso antiterrorismo.
Embora os candidatos ainda tenham de passar por primárias importantes, como New Hampshire e Carolina do Sul, está cada vez mais clara a divisão do eleitorado. O advogado Obama repete a história do pastor Martin Luther King, Jr. saindo da obscuridade com apenas um – e grandioso – discurso, durante a convenção democrata de 2004, quando fez uma apologia do nome do país, Estados Unidos da América, que segundo ele sugere a união de todas as raças, credos e nacionalidades. O discurso entrou na galeria dos grandes momentos do Partido Democrata e fez com que ele se tornasse, dois anos depois, o primeiro candidato a receber proteção integral do Serviço Secreto.
Já Huckabee parece ter nascido de um livro de auto-ajuda. Gaba-se de ter perdido cerca de 50 quilos em três meses, e acha que a criminalidade diminui através do medo dos bandidos diante de “cidadãos armados”. Recentemente, anunciou a adesão à sua campanha de atores de filmes violentos ou lutadores de luta livre. É favor da pena de morte e da guerra no Iraque.
Huckabee nunca fumou ou bebeu. Depois de ter sido diagnosticado com diabetes em 2003 e ter sido avisado por seus médicos de que morreria no máximo dentro de 10 anos, fez regime, correu maratonas como de Nova York e, ainda, elegeu o perigo da obesidade como tema central de seus dois governos no Arkansas. Lá, traindo o mantra republicano, elevou os impostos e é criticado até hoje por isto. Obama, por outro lado, ainda fuma escondido dos eleitores e, no passado, experimentou maconha e cheirou cocaína. Desde pequeno, segundo sua autobiografia, publicada quando ainda estava na casa dos 30 anos, embala o sonho de ser presidente. Filho de pai queniano e mãe do Kansas, divorciados quando ele tinha dois anos, viveu a infância em Jacarta, Indonésia (o namorado de sua mãe é de lá) formou-se por Harvard e, depois do John F. Kennedy, é o político mais novo a ingressar no Senado norte-americano. Sua plataforma, embora conservadora sobre vários aspectos, traz elementos novos, como um provável diálogo com o Irã e Síria, caso seja eleito presidente.
A virada de Huckabee, anunciada às vésperas do feriado de ação de Graças, foi atribuída ao conservadorismo dos eleitores religiosos de Iowa. Já a ascensão de Obama decorre, principalmente, do cansaço do eleitorado com os “dois países” que se formaram depois da eleição de George W. Bush: as costas Leste e Oeste, progressistas, e os estados centrais, conservadores. Em termos nacionais, a ex-primeira dama Hillary Clinton, cuja plataforma está centrada na reforma do sistema de saúde, ainda domina a preferência dos democratas, ao passo que o ex-governador de Nova York, Rudy Giuliani, que se auto proclama o salvador da cidade depois de 11 de setembro, é o favorito entre os republicanos com o seu discurso antiterrorismo.
Embora os candidatos ainda tenham de passar por primárias importantes, como New Hampshire e Carolina do Sul, está cada vez mais clara a divisão do eleitorado. O advogado Obama repete a história do pastor Martin Luther King, Jr. saindo da obscuridade com apenas um – e grandioso – discurso, durante a convenção democrata de 2004, quando fez uma apologia do nome do país, Estados Unidos da América, que segundo ele sugere a união de todas as raças, credos e nacionalidades. O discurso entrou na galeria dos grandes momentos do Partido Democrata e fez com que ele se tornasse, dois anos depois, o primeiro candidato a receber proteção integral do Serviço Secreto.
Já Huckabee parece ter nascido de um livro de auto-ajuda. Gaba-se de ter perdido cerca de 50 quilos em três meses, e acha que a criminalidade diminui através do medo dos bandidos diante de “cidadãos armados”. Recentemente, anunciou a adesão à sua campanha de atores de filmes violentos ou lutadores de luta livre. É favor da pena de morte e da guerra no Iraque.
Huckabee nunca fumou ou bebeu. Depois de ter sido diagnosticado com diabetes em 2003 e ter sido avisado por seus médicos de que morreria no máximo dentro de 10 anos, fez regime, correu maratonas como de Nova York e, ainda, elegeu o perigo da obesidade como tema central de seus dois governos no Arkansas. Lá, traindo o mantra republicano, elevou os impostos e é criticado até hoje por isto. Obama, por outro lado, ainda fuma escondido dos eleitores e, no passado, experimentou maconha e cheirou cocaína. Desde pequeno, segundo sua autobiografia, publicada quando ainda estava na casa dos 30 anos, embala o sonho de ser presidente. Filho de pai queniano e mãe do Kansas, divorciados quando ele tinha dois anos, viveu a infância em Jacarta, Indonésia (o namorado de sua mãe é de lá) formou-se por Harvard e, depois do John F. Kennedy, é o político mais novo a ingressar no Senado norte-americano. Sua plataforma, embora conservadora sobre vários aspectos, traz elementos novos, como um provável diálogo com o Irã e Síria, caso seja eleito presidente.
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