Se o Google fosse uma fábrica de automóveis, não fabricaria carros. Deixaria que um bando de chineses fabricasse veículos simples, elétricos, eficientes, fáceis de dirigir, disponíveis em qualquer lugar e.... de graça. O GoogleMobile seria o resultado da colaboração de milhões de internautas, que poderiam sugerir qualquer acessório, como um plug para Ipod ou Blackberry, e rodariam sob o patrocínio de um anunciante qualquer. Melhor ainda, sairiam sempre numa versão beta, de forma que possam ser melhorados infinitamente - e a qualquer momento.
No livro "What Would Google Do", o jornalista Jeff Jarvis, também professor da City University of New York Graduate School of Journalism, faz esta e outras incômodas perguntas cujas respostas sugerem um mapa para atravessarmos a pior crise desde 1929, o grande desastre econômico de todos os tempos, a implosão da economia mundial tal qual a conhecemos ou, simplesmente, o início de uma nova era para a humanidade.
Jarvis chegou até a sentar-se com o pessoal de Detroit (Ford, GM, Chrysler) para dizer que os fabricantes de automóveis, hoje falidos, são mais desconectados dos seus consumidores do que funcionário público exigindo reconhecimento de firma. Quase apanhou. No mundo de hoje, diz, deixe o consumidor trabalhar. Ele quer influir, colaborar, conversar, participar, inovar, enfim (já repararam como todo mundo hoje está dizendo "enfim"?) - ser parte integrante do produto ou serviço.
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