Para a geração baby-boomer – aquela que nasceu depois da Segunda Guerra Mundial, viu o homem chegar à Lua e cresceu ao som de Bob Dylan na vitrola – Steven Paul Jobs foi o melhor espécime que a raça humana já criou no mundo empresarial. O cinqüentão Jobs, que faz aniversário agora em fevereiro, mudou os rumos da humanidade pelo menos em cindo ocasiões: inventou o computador pessoal na garagem de sua casa em 1976, lançou as bases da Internet com uma empresa chamada Next há quase 30 anos, comprou a Pixar (Toy Story, Procurando Nemo) em 1986, lançou o iPod em 2002 e, na semana passada, passou a ser o maior acionista individual da Walt Disney Company, com US$ 7,4 bilhões em ações.
Como num conto de fadas, Jobs, filho adotivo, pai de quatro crianças e sobrevivente de um câncer de pâncreas, é um exemplo de como a vida dá voltas e não exige juventude para fazer sucesso. O homem nunca usou terno e gravata. Invariavelmente, surge de tênis new balance surrados, calça jeans, camisa preta de gola rolê e barba por fazer quando apresenta novos produtos da Apple, a empresa que criou, foi expulso pelo próprio board e voltou de forma triunfal na década de 1990. Quando sai das capas de revistas, é chamado de Mr. Future. Nos anúncios em outdoors, conclama o mundo a pensar de maneira diferente (think diferent). Para toda a indústria de tecnologia, é o enfant terrible que lança as flechas para o futuro.
A partir de agora, como sucessor de Walt Disney na maior fornecedora de entretenimento de computadores do mundo (a Apple superou a Dell em valor de mercado), Jobs tem o poder de controlar o conteúdo (filmes, músicas, parques temáticos, marcas, etc.) e a forma de distribuição que vai dominar o mercado, através do Ipods ou de computadores de mão, os chamados handhelds. Daqui a alguns anos os historiadores citarão Jobs como um homem que reuniu, a um só tempo, o poder de controlar o conteúdo que você vai assistir e, mais ainda, de que forma fazê-lo.
Como todo ser humano, no entanto, Jobs tem o seu lado, diríamos, excêntrico. Adepto de um estilo gerencial antigo (manda que pode, obedece quem tem juízo), trabalhar ao seu lado, segundo dizem, é a sensação mais próxima de viver o inferno na Terra. Mandão, arrogante, superdotado, Jobs dá de dez a zero em Bill Gates no papel mola propulsora dos negócios. Só que, ao invés do estilo nerd de Gates, Jobs faz o estilo criativo, estiloso, uma espécie de músico de Bremen que atrai fãs (e consumidores) dos quatros cantos do mundo. Não come nenhuma carne de mamíferos, só se alimenta de peixes de vegetais e é tido como um pai presente e atuante.
Sua vida particular é um mistério. Fala com a mídia apenas raramente, sobre o pressuposto de que seus produtos falam por si mesmo. Discreto, é rodeado por um time pensante 24 horas por dia. Descendente de sírios, namorou Joan Baez pelo simples fato de que Baez foi namorada de Bob Dylan. Comprou um apartamento no edifício San Remo, em Nova York, um dos endereços mais caros do mundo, redecorou-o por quase 10 anos e depois o vendeu para o superstar Bono. Mas nada que se equipare à mansão colonial em estilo espanhol de 14 quartos que comprou em Woodside, aqui na Costa Oeste. Deixou que a filha de Bill Clinton, Chelsea, ficasse lá até encontrar um lugar melhor perto de Stanford, onde estudou.
Seu maior triunfo é criar o tipo de produto que o consumidor ama, uma mistura irretocável de design e tecnologia. Foi assim com o Apple II, o Macintosh, o Ipod e, agora, com o Mickey Mouse e Pato Donald, como colaboradores. Salário? Esqueça. Ganhando US$ 1 anualmente na Apple, Steven Jobs é conhecido, segundo o Guiness Book, como o CEO mais mal pago em todo o mundo. Mas, de vez em quando, ganha presentes do board da Apple, como um jato GulfStream e milhões de dólares em opções de ações.
Obviamente Jobs não se tornou rico, famoso, criativo e legal do dia para noite. Segundo se atesta em boa parte de pelo menos seis biografias escritas, o homem deve grande parte de seu sucesso a um public relations, ou assessor de imprensa nos Estados Unidos, chamado Regis Mckenna. Ao ser contratado ainda em 1976 para ser o PR da Apple, Mckenna criou um ícone que iria tornar-se uma referência para todas as gerações de baby-boomers.
Como num conto de fadas, Jobs, filho adotivo, pai de quatro crianças e sobrevivente de um câncer de pâncreas, é um exemplo de como a vida dá voltas e não exige juventude para fazer sucesso. O homem nunca usou terno e gravata. Invariavelmente, surge de tênis new balance surrados, calça jeans, camisa preta de gola rolê e barba por fazer quando apresenta novos produtos da Apple, a empresa que criou, foi expulso pelo próprio board e voltou de forma triunfal na década de 1990. Quando sai das capas de revistas, é chamado de Mr. Future. Nos anúncios em outdoors, conclama o mundo a pensar de maneira diferente (think diferent). Para toda a indústria de tecnologia, é o enfant terrible que lança as flechas para o futuro.
A partir de agora, como sucessor de Walt Disney na maior fornecedora de entretenimento de computadores do mundo (a Apple superou a Dell em valor de mercado), Jobs tem o poder de controlar o conteúdo (filmes, músicas, parques temáticos, marcas, etc.) e a forma de distribuição que vai dominar o mercado, através do Ipods ou de computadores de mão, os chamados handhelds. Daqui a alguns anos os historiadores citarão Jobs como um homem que reuniu, a um só tempo, o poder de controlar o conteúdo que você vai assistir e, mais ainda, de que forma fazê-lo.
Como todo ser humano, no entanto, Jobs tem o seu lado, diríamos, excêntrico. Adepto de um estilo gerencial antigo (manda que pode, obedece quem tem juízo), trabalhar ao seu lado, segundo dizem, é a sensação mais próxima de viver o inferno na Terra. Mandão, arrogante, superdotado, Jobs dá de dez a zero em Bill Gates no papel mola propulsora dos negócios. Só que, ao invés do estilo nerd de Gates, Jobs faz o estilo criativo, estiloso, uma espécie de músico de Bremen que atrai fãs (e consumidores) dos quatros cantos do mundo. Não come nenhuma carne de mamíferos, só se alimenta de peixes de vegetais e é tido como um pai presente e atuante.
Sua vida particular é um mistério. Fala com a mídia apenas raramente, sobre o pressuposto de que seus produtos falam por si mesmo. Discreto, é rodeado por um time pensante 24 horas por dia. Descendente de sírios, namorou Joan Baez pelo simples fato de que Baez foi namorada de Bob Dylan. Comprou um apartamento no edifício San Remo, em Nova York, um dos endereços mais caros do mundo, redecorou-o por quase 10 anos e depois o vendeu para o superstar Bono. Mas nada que se equipare à mansão colonial em estilo espanhol de 14 quartos que comprou em Woodside, aqui na Costa Oeste. Deixou que a filha de Bill Clinton, Chelsea, ficasse lá até encontrar um lugar melhor perto de Stanford, onde estudou.
Seu maior triunfo é criar o tipo de produto que o consumidor ama, uma mistura irretocável de design e tecnologia. Foi assim com o Apple II, o Macintosh, o Ipod e, agora, com o Mickey Mouse e Pato Donald, como colaboradores. Salário? Esqueça. Ganhando US$ 1 anualmente na Apple, Steven Jobs é conhecido, segundo o Guiness Book, como o CEO mais mal pago em todo o mundo. Mas, de vez em quando, ganha presentes do board da Apple, como um jato GulfStream e milhões de dólares em opções de ações.
Obviamente Jobs não se tornou rico, famoso, criativo e legal do dia para noite. Segundo se atesta em boa parte de pelo menos seis biografias escritas, o homem deve grande parte de seu sucesso a um public relations, ou assessor de imprensa nos Estados Unidos, chamado Regis Mckenna. Ao ser contratado ainda em 1976 para ser o PR da Apple, Mckenna criou um ícone que iria tornar-se uma referência para todas as gerações de baby-boomers.
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