Alta, loira, olhos azuis da cor do mar e uma voz que estraçalha os interlocutores, a norte-americana Julie Roehm tinha tudo para ser feliz. Um marido honrado e trabalhador, dois filhos pequenos, uma carreira meteórica no marketing e, acima de tudo, um recente emprego de US$ 1,7 milhão anuais (incluindo luvas, bônus e participações) no Wal Mart, a rede de supermercados que só ainda não dominou o mundo porque não é um país – é apenas uma rede de supermercados.
Por estas armadilhas do destino, Roehm só não contava conhecer seu colega de trabalho Sean Womack, com quem começou a desenvolver um tórrido caso durante o processo de escolha da nova agência da rede, a Draft-FCB, numa conta de US$ 580 milhões. Durante esta mistura de amor e negócios, aceitou dos publicitários animadas noites de hotel, drinks enebriantes e jantares romanescos, entre outros agrados: não se separava o sonho da razão.
Roehm, uma urbanóide de Detroit, no norte dos Estados Unidos, encontrou em Sean a animação que queria na longínquo, sulista e puritano Arkansas. “Tenho duas grande prioridades trabalhando aqui”, confessou ela num e-mail revelado recentemente, “e você está no topo delas, Sean”. “Sinto a necessidade de estar dentro dos seus pensamentos, já que não posso estar com você’, respondeu o amante apaixonado.
O que se segue é uma mistura de sexo e mentiras (e alguns video-tapes) que deixaria rubro Nelson Rodrigues, que sob o pseudônimo de Susana Flag escreveu a coletânea (e também uma obra-prima) “Meu Destino é Pecar” no extinto Diário Carioca.
Roehm, ou simplesmente Julie, 36 anos, já ia feliz da vida rodando as lojas da rede quando recebeu um telefonema urgente de Bentoville, Arkansas, cidade pacata que abriga a “sem-janelas” e cinza sede do Wal Mart, conclamando-a a retornar ao seu escritório no jatinho da empresa.
Quando chegou, quase petrificada por aquele frio na espinha de quem advinha o pior, Julie foi para a sala da diretoria onde ouviu, por 45 minutos, centenas de perguntas sobre o processo de escolha da Draft-FCB. Quando saiu, já arrasada e louca para ir embora, teve de enfrentar por mais um hora dois capangas da Wal Mart com perguntas que nem o Ratinho faria em seu programa no SBT.
Julie ainda ficou mais quatro longos dias na empresa, até que numa manhã uma pessoa “muito afável” dos Recursos Humanos acompanhou-a ao estacionamento, pegou seu crachá, o Palm Treo, o cartão de crédito (e débito) corporativo e despachou-a para a casa. “No meio dos carros, debaixo daquel sol brilhante, me perguntava: o que sinto sobre isto tudo? Algo como um grande alívio”, revelou mais tarde aos jornalistas.
Alívio para ela, mas não para o Wal Mart. Julie ganhou reputação de irascível e irritável como diretora de Marketing Communications do Grupo Chrysler, onde introduziu conceitos extremamente femininos (e coloridos) em novos formatos de propaganda durante o SuperBow, a final do campeonato americano de futebol onde 30 segundos de glória valem de 2 a 3 milhões de dólares. Daí sua contratação para revolucionar o marketing da Wal Mart, tão sem graça feito sua sede no Arkansas.
Ela (e o amante) estão processando a rede em alguns milhões de dólares por não terem recebido os “direitos” depois da demissão (você já ouviu esta história antes?) , ao mesmo tempo em que a rede está processando-os por conduta imoral no exercício de cargo (receber os famosos “cala-bocas”), como também proporem à agência vencedora uma “parceria” em futuros negócios.
Julie, que atualmente passa os dias examinando as propostas de filmes e livros sobre o seu caso, disse recentemente que as trocas de e-mails entre ela e o colega de trabalho “são perfeitamente explicáveis”, como na história do batom na cueca.
Já Sean recolheu-se ao seu antigo anonimato e está enfrentando a ferocidade da ex-patroa, que está ajudando a imprensa (e os advogados) a descobrir os mais sórdidos detalhes do caso.
Julie ainda não decidiu seu futuro profissional, e nem se sabe como ela se entendeu com seu marido. No entanto, a julgar pelo seu passado, e como diria Nelson Rodrigues, seu destino é pecar.
Por estas armadilhas do destino, Roehm só não contava conhecer seu colega de trabalho Sean Womack, com quem começou a desenvolver um tórrido caso durante o processo de escolha da nova agência da rede, a Draft-FCB, numa conta de US$ 580 milhões. Durante esta mistura de amor e negócios, aceitou dos publicitários animadas noites de hotel, drinks enebriantes e jantares romanescos, entre outros agrados: não se separava o sonho da razão.
Roehm, uma urbanóide de Detroit, no norte dos Estados Unidos, encontrou em Sean a animação que queria na longínquo, sulista e puritano Arkansas. “Tenho duas grande prioridades trabalhando aqui”, confessou ela num e-mail revelado recentemente, “e você está no topo delas, Sean”. “Sinto a necessidade de estar dentro dos seus pensamentos, já que não posso estar com você’, respondeu o amante apaixonado.
O que se segue é uma mistura de sexo e mentiras (e alguns video-tapes) que deixaria rubro Nelson Rodrigues, que sob o pseudônimo de Susana Flag escreveu a coletânea (e também uma obra-prima) “Meu Destino é Pecar” no extinto Diário Carioca.
Roehm, ou simplesmente Julie, 36 anos, já ia feliz da vida rodando as lojas da rede quando recebeu um telefonema urgente de Bentoville, Arkansas, cidade pacata que abriga a “sem-janelas” e cinza sede do Wal Mart, conclamando-a a retornar ao seu escritório no jatinho da empresa.
Quando chegou, quase petrificada por aquele frio na espinha de quem advinha o pior, Julie foi para a sala da diretoria onde ouviu, por 45 minutos, centenas de perguntas sobre o processo de escolha da Draft-FCB. Quando saiu, já arrasada e louca para ir embora, teve de enfrentar por mais um hora dois capangas da Wal Mart com perguntas que nem o Ratinho faria em seu programa no SBT.
Julie ainda ficou mais quatro longos dias na empresa, até que numa manhã uma pessoa “muito afável” dos Recursos Humanos acompanhou-a ao estacionamento, pegou seu crachá, o Palm Treo, o cartão de crédito (e débito) corporativo e despachou-a para a casa. “No meio dos carros, debaixo daquel sol brilhante, me perguntava: o que sinto sobre isto tudo? Algo como um grande alívio”, revelou mais tarde aos jornalistas.
Alívio para ela, mas não para o Wal Mart. Julie ganhou reputação de irascível e irritável como diretora de Marketing Communications do Grupo Chrysler, onde introduziu conceitos extremamente femininos (e coloridos) em novos formatos de propaganda durante o SuperBow, a final do campeonato americano de futebol onde 30 segundos de glória valem de 2 a 3 milhões de dólares. Daí sua contratação para revolucionar o marketing da Wal Mart, tão sem graça feito sua sede no Arkansas.
Ela (e o amante) estão processando a rede em alguns milhões de dólares por não terem recebido os “direitos” depois da demissão (você já ouviu esta história antes?) , ao mesmo tempo em que a rede está processando-os por conduta imoral no exercício de cargo (receber os famosos “cala-bocas”), como também proporem à agência vencedora uma “parceria” em futuros negócios.
Julie, que atualmente passa os dias examinando as propostas de filmes e livros sobre o seu caso, disse recentemente que as trocas de e-mails entre ela e o colega de trabalho “são perfeitamente explicáveis”, como na história do batom na cueca.
Já Sean recolheu-se ao seu antigo anonimato e está enfrentando a ferocidade da ex-patroa, que está ajudando a imprensa (e os advogados) a descobrir os mais sórdidos detalhes do caso.
Julie ainda não decidiu seu futuro profissional, e nem se sabe como ela se entendeu com seu marido. No entanto, a julgar pelo seu passado, e como diria Nelson Rodrigues, seu destino é pecar.
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