Chega amanhã a Seattle o senador democrata por Illinois Barack Obama, o político afro-americano que parece “andar sobre as águas” e revoluciona a política tradicional com um discurso ameno, conciliador e pacifista.
Obama (difícil não confundir com Osama) é candidatíssimo à presidência dos Estados Unidos em 2008, disputando a indicação do vitaminado Partido Democrata (que provavelmente fará maioria em ambas as casas do Congresso no próximo dia sete de Novembro) com Hillary Clinton, senadora por Nova York e ex-primeira-dama do país.
Segundo o Seattle Times, os ingressos para assistir Obama lançar seu último livro, a Audácia da Esperança, esgotaram-se em pouco mais de uma hora. Alguns foram vendidos no câmbio negro no site Ebay por até 150 dólares. Obama é o novo fenômeno da política americana.
Nascido no Havaí e filho de pai keniano e mãe americana, Barack não é negro nem branco, rico ou pobre, elistista ou proletário, direitista ou esquerdista. Escolado nas dificuldades de ter crescido entre ambiguidades, faz sucesso num país dividido e cansado de guerras, de fanatismos religiosos, de ódios raciais e de bancar, ao mesmo tempo, os papéis de mocinho e bandido do mundo.
Seus primeiros 15 minutos de fama ocorreram num histórico discurso conciliatório durante a convenção democrata que escolheu John Kerry como candidato à Presidência do partido democrata em 2004.
Ganhou tanto tempo na mídia quanto o próprio candidato oficial. Seu estilo de ser, segundo os fãs democratas, lembra o irmão de John Kennedy, Bobby Kennedy, o candidato presidencial abatido a tiros em Los Angeles em 1968.
Magro e com cara de anjo, é o segundo mais novo senador do país. Estudou em Haward, onde formou-se “magna cum laude” e tornou-se o primeiro aluno negro a presidir a Haward Law Review. Ao mesmo tempo, é um campeão dos direitos humanos, da luta contra a Aids e da assistência governamental aos veteranos.
Já confessou ter fumado maconha e usado cocaína, até mesmo – supremo pecado - “ter participado de reuniões socialistas”. Sempre com os pés em dois mundos, estudou nas melhores escolas do Hawaí, viveu na África e nos Estados Unidos, mas na adolescência sua mãe vivia dos bilhetes do bolsa-família norte-americanos, os food stamps.
Obama acredita que a dificildade em rotulá-lo como pertencente a um determinado grupo ou categoria social explica sua incansável busca para entender e reconciliar visões opostas. “Este país”, disse ele, “está preparado para uma política transformadora, tal como a fizeram John Kennedy, Ronald Reagan e Franklin Roosevelt”, vaticina.
Por transitar tão bem entre republicanos e democratas, entre a direita e a esquerda, entre pobres e ricos, entre os estados liberais (azuis) e conservadores (vermelhos), Barack parece um embaixador entre a casa grande e a senzala, como definiu estes dois mundos o nosso Gilberto Freire.
Capa da revista Time na semana passada, sob o título “O Próximo Presidente”, Obama fala macio, pausadamente, entremeando desconfortáveis silêncios quando lhe fazem alguma pergunta mais direta, como “o Sr. Concorrerá à presidência em 2008? “.
-Quando eu acabar de lançar meu livro, vou começar a pensar em como poderei ser mais útil ao meu país e como vou conciliar tudo isto sendo um bom pai e um bom marido, tegiversa.
Quando colocado na parede, explica: “Olha, não é do meu estilo ofender as pessoas ou ser controvertido só por ser controvertido – isto é ofensivo e contraproducente – faz as pessoas ficarem na defensiva e mais resistentes à mudanças, disse ele à revista.
Ou outra resposta que faria corar a neutralidade extinto PSD mineiro: “meu objetivo é descobrir pontos em comum que possam servir de base para uma discussão”.
Em seu lado humano e mortal, Obama faz campanha descendo a lenha no Congresso, encharcado de políticos profissionais, discursos enfadonhos e comportamentos aéticos, além de assaltos sexuais, rapinagem e lobistas sem limites.
Obama, diz a Time, faz uma coisa rara hoje em dia: respeita a inteligência dos eleitores.
Obama (difícil não confundir com Osama) é candidatíssimo à presidência dos Estados Unidos em 2008, disputando a indicação do vitaminado Partido Democrata (que provavelmente fará maioria em ambas as casas do Congresso no próximo dia sete de Novembro) com Hillary Clinton, senadora por Nova York e ex-primeira-dama do país.
Segundo o Seattle Times, os ingressos para assistir Obama lançar seu último livro, a Audácia da Esperança, esgotaram-se em pouco mais de uma hora. Alguns foram vendidos no câmbio negro no site Ebay por até 150 dólares. Obama é o novo fenômeno da política americana.
Nascido no Havaí e filho de pai keniano e mãe americana, Barack não é negro nem branco, rico ou pobre, elistista ou proletário, direitista ou esquerdista. Escolado nas dificuldades de ter crescido entre ambiguidades, faz sucesso num país dividido e cansado de guerras, de fanatismos religiosos, de ódios raciais e de bancar, ao mesmo tempo, os papéis de mocinho e bandido do mundo.
Seus primeiros 15 minutos de fama ocorreram num histórico discurso conciliatório durante a convenção democrata que escolheu John Kerry como candidato à Presidência do partido democrata em 2004.
Ganhou tanto tempo na mídia quanto o próprio candidato oficial. Seu estilo de ser, segundo os fãs democratas, lembra o irmão de John Kennedy, Bobby Kennedy, o candidato presidencial abatido a tiros em Los Angeles em 1968.
Magro e com cara de anjo, é o segundo mais novo senador do país. Estudou em Haward, onde formou-se “magna cum laude” e tornou-se o primeiro aluno negro a presidir a Haward Law Review. Ao mesmo tempo, é um campeão dos direitos humanos, da luta contra a Aids e da assistência governamental aos veteranos.
Já confessou ter fumado maconha e usado cocaína, até mesmo – supremo pecado - “ter participado de reuniões socialistas”. Sempre com os pés em dois mundos, estudou nas melhores escolas do Hawaí, viveu na África e nos Estados Unidos, mas na adolescência sua mãe vivia dos bilhetes do bolsa-família norte-americanos, os food stamps.
Obama acredita que a dificildade em rotulá-lo como pertencente a um determinado grupo ou categoria social explica sua incansável busca para entender e reconciliar visões opostas. “Este país”, disse ele, “está preparado para uma política transformadora, tal como a fizeram John Kennedy, Ronald Reagan e Franklin Roosevelt”, vaticina.
Por transitar tão bem entre republicanos e democratas, entre a direita e a esquerda, entre pobres e ricos, entre os estados liberais (azuis) e conservadores (vermelhos), Barack parece um embaixador entre a casa grande e a senzala, como definiu estes dois mundos o nosso Gilberto Freire.
Capa da revista Time na semana passada, sob o título “O Próximo Presidente”, Obama fala macio, pausadamente, entremeando desconfortáveis silêncios quando lhe fazem alguma pergunta mais direta, como “o Sr. Concorrerá à presidência em 2008? “.
-Quando eu acabar de lançar meu livro, vou começar a pensar em como poderei ser mais útil ao meu país e como vou conciliar tudo isto sendo um bom pai e um bom marido, tegiversa.
Quando colocado na parede, explica: “Olha, não é do meu estilo ofender as pessoas ou ser controvertido só por ser controvertido – isto é ofensivo e contraproducente – faz as pessoas ficarem na defensiva e mais resistentes à mudanças, disse ele à revista.
Ou outra resposta que faria corar a neutralidade extinto PSD mineiro: “meu objetivo é descobrir pontos em comum que possam servir de base para uma discussão”.
Em seu lado humano e mortal, Obama faz campanha descendo a lenha no Congresso, encharcado de políticos profissionais, discursos enfadonhos e comportamentos aéticos, além de assaltos sexuais, rapinagem e lobistas sem limites.
Obama, diz a Time, faz uma coisa rara hoje em dia: respeita a inteligência dos eleitores.
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